Capítulo Quarenta - Joseph

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Ontem os bebês de Olivia e Estevão nasceram, e eu sabia que ela viria para cá para ver os sobrinhos. Minha vontade era ir correndo para Katherine e dizer a ela que eu a amo. Mas porque eu não faço isso? Depois de muito refletir sobre o que Olívia me disse pensei, pensei, pensei e cheguei a conclusão de que ela estava certa e que eu deveria deixar Katherine caso achasse que poderia viver sem ela. Mas ai que mora o problema, eu simplesmente não posso! Não posso e não quero. E esses últimos dias me fizeram refletir que nada do que eu fiz com Daphne eu poderia fazer com Katherine, por que eu amo Katherine mais do que a mim próprio e eu preferiria morrer ao deixá-la como Thomás deixou Daphne. Eu pego no guarda roupa o anel que comprei para Katherine e coloco no bolso. 

Pego meu telefone para ligar para Olivia e perguntar sobre Katherine quando o mesmo toca. E coincidentemente é Olivia no telefone. 

  — Joseph? Joseph?

Sua voz é meio desesperada e um mal pressentimento aperta meu coração. Será que algo aconteceu com as crianças? Mio Dio.

— O que foi Olivia? Fala logo! 

— Katherine sofreu um acidente e está no hospital, por favor, eu estou com medo e... 

— Olivia, fala agora onde ela está! 

Olivia me passou o endereço e sem pensar em nada entro no carro desesperado e sigo em direção ao hospital. O transito de Sydney estava meio caótico e eu quase deixei o carro parado na rua para ir correndo para o hospital. Eu nunca orei tanto para Deus que alguém estivesse bem como oro nesse momento. Em alguns infinitos minutos, na minha concepção, eu consigo chegar ao hospital. E logo dou o nome de Katherine. Tudo que eu pensava era que a vida não seria injusta o suficiente para me tirar a mulher que eu amo antes que eu pudesse dizer que a amava. 

Eu devia estar com uma cara bem estranha pois a primeira coisa que a enfermeira disse foi: '' Senhor, precisa se acalmar ou vai deixar a paciente nervosa. Ela está ótima, fique tranquilo.''

Mas eu não conseguia me acalmar e quanto mais eu entrava naquele maldito hospital mais eu ficava nervoso e apreensivo. Quando eu entro no quarto, Katherine está bem, excelente, apenas um um pequeno arranhão na testa, sentada linda como sempre em uma poltrona preta. Tão miúda, envolta de um cobertor. 

— Joss, o que você está fazendo aqui?

Joss. Meu coração pulsa mais rápido ao ver que ela usou o apelido e não o nome. Será que ela não me odeia tanto assim mais? 

  — Graças  a Deus Kat! Olivia me disse que tinha sofrido um acidente, ela estava super nervosa e... 

Katherine começou a rir e eu simplesmente não entendo. O que foi? Qual o motivo da risada? Percebendo minha cara de interrogação, Kat diz:

— Parece Joseph que Olivia está armando para nós dois. Eu dei uma leve batida de carro, pois estava com pressa e não vi o moço, e liguei para Olivia para avisar mas disse que estava excelentemente bem! E então pelo visto ela te ligou e pela sua cara, deve ter dito que eu estava morrendo! 

Depois de perceber que fui manipulado, mas para o lado bom consigo soltar a respiração e me permito sorrir. Eu me aproximo de Katherine e falo:

— Katherine, eu não sei como você pode rir de uma coisa dessa, eu quase morro, quase provoquei vários acidentes... meu Deus. 

Ela suspira e para de sorri. Me encara no olhos e diz:

— Eu sei de tudo... de Thomás, de Daphne e da culpa que você considera sua... 

Eu nem me permito me assustar por que eu já imaginava quem tinha sido:

— Olivia te contou então?

— Sim.

— Entendeu agora o tipo de monstro que eu sou? — digo. 

Katherine se arruma na poltrona e estende as mãos para mim. Eu sento no acento ao seu lado e com as mãos dadas comigo ela diz:

— Joseph, amore mio, você não poderia ser um monstro, e simplesmente o fato de se preocupar tanto em não ser significa que você não é. E sinceramente, pelo que ouvi, você não teve culpa nenhuma! Sua irmã escolheu o caminho dela. Mas só tem uma coisa que não entendo, que promessa foi essa que você fez?

Meus músculos ficam tensos ao ouvir sobre a promessa e digo:

— No dia em que ela morreu, ela me disse mais uma vez que a culpa de tudo era minha, que eu era um monstro e que ela queria ir embora para se livrar de mim e Simon, mas antes de morrer em paz, ela queria que eu prometesse nunca mais fazer com nenhuma mulher o que fiz com ela, pois ninguém merecia a dor que ela sentia. Eu disse a ela que a amava e que não queria que isso acontecesse. Então ela me disse que eu nunca poderia amar então de novo, porque meu amor era destrutivo e eu destruiria a vida da mulher que amaria, e então ela entrou em pânico me chamando de monstro, me culpando por tudo, e simplesmente morreu. Morreu em meus braços, lutando contra mim e contra meu amor... Eu achava que meu amor e o de Simon poderiam curá-la... 

Lágrimas brotam em meus olhos ao lembrar no dia e eu sei que agora que Katherine sabe toda a verdade, toda a obscuridade da minha alma eu posso ser livre. 

— Joss, meu amor, seu amor é tudo para mim, para nós! Simon e eu, e sua mãe, e Olivia, Robert e todos que te amam! Sua irmã estava mal e ferida, e não entendia isso... Mas você tem muito amor para dar meu bem, deve ser cego para não enxergar isso... 

Eu pego Katherine da poltrona, me sento na mesma e a coloco em meu colo. Meus lábios se aproximam dos dela e nós nos beijamos profundamente. Nossas línguas se tomando, se declarando, aquela declaração perpétua. Nós nos separamos e eu encaro seus olhos esverdeados. 

  — Você é o meu amor e eu não sei o que fazer da minha vida sem você. Katherine, pelo amor de Deus, fica comigo para sempre. Eu amo você e quero ter filhos com você, quero estar ao seu lado todos os dias enquanto eu viver. E eu sei que eu sou egoísta demais por te querer só para mim por todos os dias da minha vida, mas eu simplesmente não suportar pensar em uma vida sem você nela. Eu te amo, eu te amo, eu te amo.  Eu sei que nem namoramos oficialmente, mas isso não importa, o que importa é o que nós vivemos... e vamos viver ainda... Você aceita esse homem cheio de defeitos e inseguranças, que sabe que não merece você mas que vai tentar todos os dias te fazer feliz?

Os olhos de Katherine estão cheios de lágrimas e ela balança a cabela freneticamente acenando positivamente. Eu a tiro de meu colo, e com cuidado a ponho de pé. Eu me ajoelho, tiro o anel de dentro do bolso e olhando para a cara inchada e chorosa de Katherine tive certeza do que estava fazendo. Ela é o amor da minha vida.  

  — Katherine, mia bella, amore mio, você aceita ser minha parceira, mãe dos meus filhos, minha companheira, minha igual enquanto nós vivermos? 

Ela se joga em meu colo acenando como louca bem na hora em que a enfermeira entra e diz:

— Que lindo casal! Parabéns,  mas senhorita Katherine, não esqueça que tem uma criança em sua barriga... 

Criança? Na barriga de Katherine?

  — Então... Sobre ser mãe dos seus filhos...  

Agora realmente foi o último de hoje meninas hahaha <3 

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Agora realmente foi o último de hoje meninas hahaha <3 

KATHERINE - Livro Dois - Trilogia Russell's CompanyWhere stories live. Discover now