Capítulo Dezessete

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A noite londrina estava linda. A lua brilhava no céu estrelado e o vento frio beijava nossos rostos. Eu me aconchego mais em mim devido ao clima enquanto aguardo o táxi que Joseph chamou. Ele me olha lentamente e a noite ganha um brilho especial sobre seus olhos azuis, vejo ele se aproximar de mim e não recuo, seus olhos se fixam nos meus e novamente me sinto hipnotizada por seu olhar. Joseph se aproxima de mim e mesmo com alguns centímetros de distância sinto seu calor.

Eu não sei se é culpa das inúmeras taças de vinho, ou de mim mesma, mas eu apenas acabo com o espaço entre nós e o abraço forte. Joseph em silêncio me aperta contra seu peito. Suas mãos alisam meus cabelos com carinho. Me aconchego ainda mais em seus braços e uma sensação de bem estar me atinge tão forte que simplesmente não sei explicar. Eu fecho meus olhos e aproveito o momento, ali, com ele, nos braços dele, com o cheiro dele, seja lá o que isso signifique. Alguns poucos minutos se passaram e logo o táxi chega.

— Kat, o táxi chegou...

A voz de Joseph era um sussurro grave em minha mente. Eu levanto meus olhos aos dele e então fico sem graça pela minha atitude. Porque o abracei desse jeito? Porque fiquei tão aconchegada assim? Droga. Isso está a cada minuto pior. É culpa do álcool, é a ação do vinho.

— Foi mal Joseph, estava com frio — sorrio.

Ele me encara como se soubesse que não era apenas frio mas não diz nada. Joseph simplesmente abre a porta do táxi para mim e me ajuda a entrar no mesmo. O caminho para casa é silencioso e pensativo, pelo menos da minha parte, a cada segundo eu penso sobre como minha amizade com Joseph está se desenvolvendo. E se isso realmente é uma amizade, pelo menos para mim. Eu não posso me enganar e dizer a mim mesma que é completamente amizade. Eu não fico excitada assim com meus amigos, não sinto um puta tesão com nenhum deles, muito menos tenho vontade de agarra-los assim do nada como eu queria fazer com Joseph agora. Álcool, culpa do álcool.

Nós chegamos finalmente em nosso prédio. Eu olho para Joseph que me apoia pelo braço na entrada do lobby e digo:

— Nossa Joss, como você é cavalheiro...

Dessa vez sou eu quem o encara profundamente e o mesmo apenas se vira para mim e sorri.

— Sério Kat? Que bom... Agora presta atenção no degrau.

— Degrau? Que degr...

Sem querer eu tropeço num degrau que, com toda certeza, deve ser novo aqui. Se já estivesse ali eu teria visto não? Ou será que já tava? Minha mente é uma confusão que não consigo compreender.

Eu me jogo contra Joseph e o mesmo me segura firme me levando para o elevador. Um sorriso meio bobo está no rosto dele, um que eu nunca havia visto.

— Josssssssss! Você está tão bonito sorrindo... acho que vou me apaixonar...

Joseph ia abrindo a boca para dizer algo mais eu não deixei. Coloco meio cambaleante a mão na boca dele o silenciando.

— Shiiiiiuuuuu! É brincadeira gato, não precisa se preocupar...

Joseph gargalha profundamente e eu não sei o porque. Eu falei algo engraçado?

— Na verdade não, você que é engraçada quando está bêbada! — Joseph diz.

— Puta que pariu, falei alto de novo! Cacete! Mas calma aí, eu não to bêbada!

Joseph está morrendo de rir ao meu lado e eu fico puta por ser o motivo da risada. Mas que merda, não se pode nem beber em paz nesse país. Mesmo que minha tolerância a álcool seja pequena e eu tenha me empolgado demais hoje... o que tem de errado nisso?

— Kat, mia bella, você está bêbada, e ótima, não se preocupe...

O elevador chega em meu andar e Joseph me ajuda a chegar na porta. Onde estão minhas chaves? Não tenho ideia. Meus olhos estão começando a pesar e pensar na minha cama me faz bem. Mas eu precisava entrar em casa...

— Jossssssss! Eu não sei onde estão as chaves! Eu preciso de chaves? Ou talvez eu possa dormir no corredor...

Meu corpo traidor me joga para cima de Joseph. Ele me segura com firmeza me fazendo ficar de frente para ele. Eu olho seu rosto com atenção e percebo que sua boca é muito atraente, principalmente com esse sorriso lindo. Perfeita para beijar.

Ouço um barulho de porta abrindo, e nem percebi que Joseph estava com minha bolsa e conseguiu abrir a porta de casa. Ao chegar em casa, um calor me invade e vou seguindo o caminho do quarto tirando a roupa. Ouço um barulho da porta que deve ter batido sozinha. Meu pé quase torce e quando vejo Joseph estava lá ao meu lado.

— Heeey! Você não pode me ver assim! — grito — Eu to de calcinha e sutiã!

Joseph parece rir e diz:

— Eu já te vi inclusive sem isso... sem problemas Kat.

Sinto seu olhar lascivo sobre mim. Parece que agora que eu disse ele realmente notou meu estado, não só notou como lembrou da situação em que eu estava sem nada. Nós enfim chegamos em meu quarto e me jogo diretamente na cama. Joseph se aproxima para me cobrir e falar alguma coisa. Mas uma força me toma e agarro o blazer de Joseph. Eu o puxo para a cama e para cima de mim e digo:

— Isso não é justo. Se eu to assim você tem que ficar também! — resmungo.

Novamente a boca dele esta muito perto e dessa vez eu não posso resistir. Colo nossos lábios profundamente e de repente nossas línguas estão grudadas e estralaçada uma na outra. Eu agarro Joseph com toda a força que ainda me resta e aprofundo o beijo.

— Kat... — ele sussurra.

Eu tiro o blazer dele e logo ele tira meu sutiã. Seus lábios se desprendem dos meus e logo vão para meus seios rígidos e pesados. Joseph coloca um deles na boca e logo os lambem. Minhas mãos vão nas costas dele, buscando um apoio. Gemidos começam a sair de minha boca.

— Joss. — digo.

Então Joseph se levanta e se desconecta de meu corpo. Tão rápido quanto um furacão ele pega seu blazer e o coloca se ajeitando. Ele me olha na cama, semi nua, ardente de desejo, vejo em seus olhos que ele me deseja também, mas então ele diz:

— Kat me perdoe, mas não podemos... você está bebada e eu não posso fazer isso com você assim... por mais que eu queira isso demais...

Ele olha para baixo e a prova de sua vontade está ali. O pau de Joseph estava duro e grande contra a calça dele. Eu poderia dizer a ele que eu também o queria, que eu também estava excitada e molhada para ele, mas isso implicaria em dizer que eu estava sóbria para escolher, e eu não estava. Então assenti para ele, sem questionar quando ele sai de meu quarto sem dizer mais nenhuma palavra. Alguns segundos depois ouço a porta da frente bater e fecho meus olhos pensando sobre como aconteceu isso, e como eu justificaria a minha iniciativa.

Que merda eu fiz?

KATHERINE - Livro Dois - Trilogia Russell's CompanyWhere stories live. Discover now