KATHERINE - Livro Dois - Trilogia Russell's Company

Capítulo Vinte e Nove - Joseph

GENTE, ME DESCULPEM A DEMORA PARA POSTAR, MAS EU ESTAVA SEM TEMPO NENHUM! SINTO MUITO, NÃO GOSTO DE DEIXAR VOCÊS NA MÃO! 

Não desistam de mim, eu amo vocês <3 

A situação estava completamente fora de controle. Fora do meu controle. Eu fiquei para trás por um momento, afim de pegar a maldita foto para Katherine como um presente, e quando chego encontro ela e Simon com o menino Nicholas e a tia dele, então só o ouço Simon dizer:

— Eu chamo ela de tia Kat, mas a vovó diz que em breve eu poderei chamar de mamãe...

Puta que pariu! O que inferno minha mãe está colocando na cabeça desse menino? E por que diabos uma parte do meu coração gostaria tanto que fosse verdade. A minha situação com Katherine está cada vez mais perigosa e eu sei que eu preciso me afastar. Preciso muito. Mas, em contrapartida, a minha vontade é estar cada vez mais perto. Um sinal de perigo soa em minha mente. Você não vai fazê-la feliz, ela será infeliz como Daphne e você a verá definhar sob seus cuidados, assim como sua irmã... Com toda minha força, ignoro os pensamentos que me levam a Daphne e me concentro na situação fora de controle a minha frente. Eu avanço chegando perto de Katherine e Simon e só vejo o rosto lívido de Kat, além da cara de frustração de Ayra.

  — Olá Nicholas — cumprimento o menino — Ayra... como vocês estão? 

Aparentemente, todos resolveram ignorar o acontecimento, e nem Ayra, que nitidamente estava raciocinando sobre os fatos, e nem Katherine fizeram maiores observações sobre a situação. Todos me cumprimentam e os meninos já estão falando algo entre si. Simon parece ignorar ou não ter noção da ''importância'' do que falou. Katherine fica sem saber como agir do lado da moça em questão depois de tudo. 

  — Vocês também vão ao museu? — Ayra pergunta.

  — Vamos. — respondo.

— Ai que bom Joseph, já tem um tempo que queremos sair, bom para colocarmos o papo em dia, não sei de você desde que foi para Londres. Quem sabe mais tarde depois de sairmos daqui, poderíamos tomar um drink? 

A mulher praticamente se joga em cima de mim, e posso ver a confusão passar nos olhos de Katherine ao observar a cena. Ayra é uma pedra em meu sapato que desde que nos conhecemos no grupo da família do colégio dos meninos, desde então ela tenta com todas as formas ficar comigo. 

  — Que pena Ayra, deixa para a próxima... eu e Katherine já temos planos para hoje a noite... Inadiáveis. 

Eu digo passando meus braços ao redor de Katherine, deixo meus olhos sobre os delas lentamente, e tentando pedir socorro através do mesmo... e ela percebe minha intensão. Kat se aconchega ao redor dos meus braços e diz sorrindo para mim:

  — Joss! Isso não se diz... 

Seu gritinho sai agudo e sua pele cora perante meu olhar. Essa é mia bella, brava ragazza! Claramente constrangida com a situação, Ayra desvia o olhar e diz:

  — Ah, hoje realmente não ia dar, lembrei que tenho um compromisso... Aliás, minha vez de entrar. Foi um prazer vê-los, e conhecê-la Katherine.  

A mulher nem dá tempo de nos despedirmos, ela simplesmente pega o menino e sai correndo para o interior do local. Assim que ela entra, eu e Katherine caímos no riso. E Simon logo vem para nós novamente e diz sem entender:

  — O que ouve papai?

Em meio as gargalhadas compartilhadas, eu digo: 

— Nada meu filho, não foi nada... 

A tarde passou em um piscar de olhos. Não me lembro, sinceramente, de uma tarde tão agradável assim faz tempo. Alguma coisa, provavelmente a presença de Katherine, trouxe um complemento para nós, até Simon parecia muito mais animado, Kat fingia ignorância sobre a maioria das coisas para deixá-lo mostrar seus conhecimentos... nas coisas que ele não sabia, ela então dava uma aula para ele, ele estava um pouco apaixonado por Katherine. Ele não convive com muitas outros mulheres sem ser minha mãe, as professoras e Olivia, essa última menos ainda. Quando Daphne faleceu, Simon tinha apenas dois anos, mas ela já não ligava para ele desde que nasceu, então ele mal tem lembranças positivas da mãe. Estamos voltando para o carro, e Simon diz:

  — Tia Kat, você pode ir comigo no banco de trás?

Os olhos do menino quase imploravam a Katherine para aceitar. O pequeno sem vergonha já sabia do poder de seus pequenos olhos azuis tão similares aos meus. Katherine me encara, e sorri, aparentemente feliz com a proposta, meu coração tamborila diante de seu sorriso e mal consigo agir. 

— Mas é claro Simon... Na vinda eu vim com seu pai, e a volta com você, nada mais justo. — Kat diz.

Observo ela se sentar no banco e abotoar Simon na cadeira como se fizesse isso todos os dias. Eu entro na frente e espero ambos se acomodarem para dar partida. Pelo espelho retrovisor, observo que Katherine faz carinho na cabeça de Simon. 

  — E ai filho, gostou? — pergunto. 

— Sim papai! — ele diz entre bocejos — Foi um dos melhores dias da minha vida!

O sorriso de Katherine não esconde os olhos cheios de água. O coração dessa mulher é incrível. Ela conheceu Simon hoje e o tratou o tempo inteiro como se fosse algo de uma vida inteira. Logo após alguns minutos de silêncio Katherine diz:

  — Ele apagou, tadinho, estava tão cansado... 

Eu sorrio com o cuidado contido na fala dela, pelo modo como ela tira os cabelos castanhos de Simon de seu rostinho, pelo modo casual como ela faz parecer que ele é dela. E eu sei, e sinto, que isso não é uma personagem para me mostrar alguma coisa, é simplesmente ela. 

— Queria te agradecer pelo dia, Kat. Ele realmente adorou... e eu também! —  confesso. 

Um sorriso lindo surge nos lábios de Katherine e ela diz:

— Não precisa agradecer... Eu também amei estar com vocês... Ele é um amor... — diz ela sobre Simon. 

— Mas o dia para nós ainda não acabou Kat... 

— Não?! — Ela diz surpresa.

— Não...  — respondo — Se bem me lembro, temos assuntos pendentes, algo a ver com uma piscina e você sem rou...

— Joseph! O Simon está aqui! 

— Ele está dormindo! — sorrio. 

— Mas pode acordar... — Kat responde — E para onde vamos... posso saber?

Eu sorrio para ela e digo sabendo que ela nem imagina o que vem por ai.

— Surpresa, mia bella. Surpresa.