Capítulo Vinte e Oito

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Nessa altura os lábios de Joseph já estavam nos meus. Eu me agarrava como se minha vida dependesse disso ao pescoço de Joseph, porque aparentemente eu não tinha forças para me manter em pé diante de um beijo como aquele. A língua de Joseph me devorava e eu me sentia incrível, quase adorada pelos lábios dele. Sua mão percorre meu corpo e em questão de segundos estou ardendo em chamas. Pensando que Simon, ou Violeta, poderiam aparecer em qualquer momento, me distancio de Joseph. Encaro seus olhos azuis que me avaliavam profundamente e por um momento esquecemos de falar. Apenas ficamos nos entreolhando ofegantes pelo beijo e sem saber o que dizer. Afinal, o que falar depois dessa declaração? Parece que eu não teria que pensar nisso, porque por intervenção divina, Simon e Violeta descem novamente nos fazendo virar para onde eles vinham.

  — Pai, estou pronto! — diz Simon aos pulos.

O menino estava radiante e dona Violeta estava com um sorriso também. Eu e Joseph nos apresamos em pegar as coisas de Simon e fomos em direção ao carro. Joseph coloca Simon numa cadeirinha no banco traseiro, enquanto vou me despedir de Violeta.

— Katherine, foi um prazer te conhecer... Espero que possa nos visitar em Londres, afinal somos vizinhos, torna tudo mais fácil.

Na minha cabeça aquilo só tornava tudo mais difícil. Mas é óbvio que eu não falaria aquilo e nem explicaria as implicações disso. Porém, o pior é que eu não sei o que responder. O que é que se fala para a mãe do cara que você gosta nessa situação? Então eu simplesmente disse:

— Mas é claro, espero que me visitem também!

Ela me abraçou e me beijou carinhosamente e depois de se despedir de Joseph e Simon entrou para casa e nós seguimos em destino ao Wild Life.

Chegando em Darling Harbour, Joseph compra os nossos ingressos para as três atrações do local, o Wild Life , o Sea World onde poderíamos ver espécies nativas de tubarões e peixes, e o Madame Tussauds, o museu de cera

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Chegando em Darling Harbour, Joseph compra os nossos ingressos para as três atrações do local, o Wild Life , o Sea World onde poderíamos ver espécies nativas de tubarões e peixes, e o Madame Tussauds, o museu de cera. Resolvemos começar pelo aquário e logo no começo Simon já começa a me explicar sobre os que ele mais gosta. Assim, mostramos nosso ingressos e adentramos ao local. Realmente é maravilhoso. Cada espécie diferente, com colorações distintas. Simon faz questão de me explicar tudo que sabe sobre cada um dos peixes nos tanques. Joseph complementa algo quando Simon pede e sempre o parabeniza pelas informações corretas do menino. Ele era um bom pai. Carinhoso, compreensivo, encorajador, tudo que um bom pai deveria ser...

— Tia Kat, agora vamos para a minha parte favorita! A dos tubarões!

— Ah eu também adoro tubarão sabia? Vamos lá, estou ansiosa.

Nos deslocamos em meio às outras pessoas no local até um lugar onde era um túnel de vidro, onde os tubarões e outras espécies de peixes e arraias passavam por cima e na lateral de nossas cabeças.

— Olha que lindo, e grande esse Simon!

Um tubarão passa ao nosso lado e Simon quase grita de empolgação. Ele gruda suas mãozinhas no vidro e olha hipnotizado para o local.

— Estou percebendo que não é só Simon que fica encantado aqui...

Joseph estava no meu lado e disse isso quase em meu ouvido. Eu me tiro meus olhos do tanque e me volto para a imensidão azul do olhar de Joss.

— Eu adoro a natureza! Pena que quase nunca tive tempo de me dedicar a realmente curti-la como se deve...

O olhar de Joseph me percorre e ele logo diz:

— Você ainda tem a vida inteira pela frente, Kat. Não é tarde para começar...

Continuamos seguindo o corredor, e o pensamento do que Joseph me diz fica refletindo em meu cérebro. Porque eu me privava de fazer as coisas que eu gostaria de fazer? Porque sempre tento me sabotar dessa maneira? Eu já não havia decidido que ia fazer o que quisesse? Talvez Joseph esteja certo.

— Geralmente eu estou, Kat.

Merda, merda.

— Você não é nem um pouco convencido não é? Vamos ver no fim disso...

Espero de coração que Joseph que não perceba o intuito que eu falei. É óbvio que eu estou falando que quero provar que ele pode se apaixonar por mim, mas não porque eu queira ganhar a maldita aposta, na verdade eu quero, mas não pela aposta em si, mas sim pela recompensa de ter ele ao meu lado no final disso.

— Veremos... — Joseph responde.

Eu não sei se ele entendeu ou não, mas não falou nada a mais que isso. Continuamos decorrendo o local e depois de muitos minutos falando e tirando fotos nos locais, chegamos ao final do local. Na saída, tem uma moça com uma câmera fotográfica, ela nos para e diz que gostaria de tirar uma foto nossa. Nós concordamos e fomos direcionados ao aquário gigante na saída, aquário que ia do teto até chão. Instintivamente, pego Simon no colo e o coloco entre mim e Joseph, que quase nos abraça. A moça bate a foto e sorri, dizendo que no fim do percurso final poderíamos ver. Passamos então por uma loja de conveniência e bem no final, outra menina nos procurou para nos mostrar a foto. A foto apareceu na tela e um aperto toma meu coração. O jeito como Simon se segurava em mim, o modo como Joseph nos "abraçava", o sorriso pleno em meu rosto, quase me convence que somos uma família de verdade.

— A foto ficou linda! Vocês gostariam de levá-la?

Nesse momento Simon vê alguma coisa do lado de fora e instintivamente, peço licença e vou com ele até lá. Ele vê um amiguinho na entrada do Museu de cera e me pergunta:

— Tia Kat, ali está o meu amigo Nicholas, posso ir lá falar com ele?

Como Joseph, por algum motivo ainda estava lá dentro, vejo que não tem nada demais em falar com o amigo e digo:

— Claro, vamos lá...

Eu pego a mão pequenina dele e juntos vamos até onde o menino estava com uma mulher. Os meninos logo se veem, e logo vão conversando e falando sobre as coisas deles. A moça em questão me cumprimenta e logo se abaixa para falar com Simon. Ele aperta a mão da jovem e ouço ela perguntar:

— E quem é essa moça linda que está com você?

Simon olha para mim e ainda de mãos dadas comigo fala para a mulher:

— Eu chamo ela de tia Kat, mas a vovó diz que em breve eu poderei chamar de mamãe...

KATHERINE - Livro Dois - Trilogia Russell's CompanyWhere stories live. Discover now