Katherine Russell é tão doce quanto geniosa. Na noite da festa de casamento de seu irmão Estevão, Kat se vê presa no elevador com um desconhecido no fim da noite. Arrasada com o termino de seu antigo relacionamento, Kat sucumbe a atração e se entreg...
Após o nosso momento de sinceridade, ambos resolvemos quebrar o clima e falar de coisas banais. Alguns assuntos se tornaram proibidos entre nós, como o nosso "jogo" ou as coisas da família que Joseph havia me contado. Não que ele tivesse me pedido para não falar nada, mas aparentemente ambos resolvemos que eram assuntos que não deveriam ser falados.
Após algum tempo, as tais roupas de Joseph chegam e ele as troca. Enquanto eu me arrumo para ir para a empresa. Hoje o dia será cheio de reuniões importantes e eu não posso me atrasar. Ambos nos despedimos sem mais delongas. Pegamos o elevador juntos e Joseph para no andar de sua casa, já eu sigo para o térreo onde pegarei meu carro. Ao descer, comprimento Mary que já está a postos lá em baixo, e sigo em direção a empresa. Hoje o dia vai ser longo.
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A segunda passa rapidamente, a terça como num piscar de olhos, a quarta mais ainda. Todos os dias Joseph me mandava algum tipo de mensagem para me deixar vermelha. Coisas como: "vamos colorir nossa amizade?"; "Sonhei com você essa noite"; " Já estou com saudades". No fundo eu sabia que era maior parte zoação da parte dele, mas o que me preocupava era que em relação aos sonhos, eu os vinha tendo, e em relação a saudade dele, eu realmente estava. Mas a minha pergunta era: será que eu sinto falta dele realmente ou apenas sinto falta de mim quando estou com ele? Porque era claro para mim a diferença da Katherine com Joseph e sem Joseph. Com ele eu me sentia mais protegida, mais aceita, mais livre para falar e fazer o que eu quisesse. Não que eu não me sentisse assim com outros amigos queridos, mas Joseph era diferente, talvez porque de início eu não o enxerguei como amigo. Bem, talvez fosse bom não ficar tão perto dele assim, eu preciso realmente cortar relações, e tomar medidas drásticas.
Hoje já era quinta feira e eu devo viajar na sexta a tarde para a Austrália, afinal o coquetel da Russell seria no sábado à noite. Então abro meu email para ver se as passagens já estavam confirmadas. Ao abrir a caixa de entrada uma mensagem me chama atenção, uma mensagem enviada por Joseph. Eu abro o email e leio:
" Mia bella, eu sei que existe um email profissional da empresa para isso, mas prefiro falar com você diretamente. Afinal, qual seria a vantagem de conhecer a ceo da sede Londres? Bem, preciso dos seus serviços. Posso encontrá-la hoje em um jantar... Prometo que minhas intenções são absolutamente profissionais, e nada tem a ver com a falta que estou sentindo de você e sua companhia. Espero um retorno, J.F"
Puta que pariu. Parece que realmente o destino quer que eu me encontre com ele! Todas as vezes que resolvo que vou ignorá-lo ou algo parecido, acontece alguma coisa. Será que ele realmente quer falar de negócios? Ou é apenas uma desculpa para me ver? Será que eu devo ir? Ou não? A quem estou querendo enganar... eu não sei se devo ir, mas eu com toda certeza gostaria de vê-lo. Merda Katherine! Nem parece que só tem duas semanas desde que nos conhecemos! Negócios, são negócios. Digo a mim mesma na justificativa da aceitação do convite. Era isso! Eu iria. Eu então respondo o email.
"Tudo bem, iremos jantar. Apenas negócios. Me mande o endereço de onde te encontrar e o horário..."
Alguns poucos minutos se passaram e Joseph responde:
"Mal posso me conter tamanha alegria! Eu passo na sua casa as 20hrs! Vamos ao The Ledbury! E ah, espero que goste dos presentes."
Instantaneamente minha mente pergunta: que presentes? E como se invocasse alguma coisa o telefone de meu escritório toca e é Emma ao telefone dizendo que chegou algo para mim e que apenas eu poderia pegar e assinar. Joseph. O nome dele vem instantaneamente em minha mente. Isso só poderia ser coisa dele. Então eu respondo dizendo que já vou. E mais ansiosa do que gostaria de dizer, vou correndo para a recepção assinar a encomenda. Após alguns segundos, localizo o entregador que faz questão de ver minha documentação, e logo após os procedimentos vejo uma caixa branca pequena, e outra média. O rapaz me entrega as duas e eu vou correndo para o escritório abri-las.
A maior estava com um bilhete escrito: "Abra-me primeiro." Então obedeço as instruções e as abro. Existia primeiro um pedaço de papel branco, como uma carta. Então eu a abri e li o que estava escrito:
"Kat, minha musa, espero que goste desse presente. É para seu total desfrute e diversão. Jogue sozinha! J.F"
Jogar? A curiosidade está me consumindo... eu vasculho o restante da caixa. Uma tosse descontrolada toma posse de meu corpo quando me dou conta do que é... um quebra cabeça. Sim, mas com a foto de Joseph seminu! Na caixa tem o que seria a imagem completa e as peças juntas imitando a imagem. Bom Deus! Isso só poderia ser coisa de Joseph mesmo. Após a tosse sessar, pego a caixa menor mas mãos e a encaro. O que será que tem aí? Ansiosa, abro-a logo e dou de cara com um papel branco com algo escrito; assim como a carta anterior, a letra de Joseph está ali. Desta vez está escrito:
"Kat, eu sei que pode parecer um presente estranho para um amigo, mas em minha defesa eu vi em um manequim e instantaneamente minha mente pensou em você, sendo assim pensei: porque não levar para ela? Espero que goste. Sei que vai ficar uma delicia em você. Obs: Espero ter o prazer de te ver nela um dia. Sempre disponível a você, J.F"
Eu não poderia acreditar nisso. É simplesmente uma lingerie vermelha, toda bordada, maravilhosa. Pelo menos ele tem bom gosto, mas saber que ele tem esses pensamentos sobre mim me deixa com calor e apreensiva para nosso encontro hoje.
Eu vou olho para os presentes e um sorriso brota em meu rosto. Que espécie de homem é Joseph? Mandando lingerie e um quebra-cabeça dele semi nu para uma amiga? Eu resolvo respondê-lo:
"Joseph, não sabia que era tão vaidoso a esse ponto. Mas devo dizer que sei reconhecer um homem bonito, e nem intérprete isso como um passo para colorir nossa amizade, apenas um fato puramente racional. De qualquer forma, obrigada pelo presente. Algum rapaz gostará bastante dessa lingerie. Te aguardo a noite."
Sorrio satisfeita pela provocação embutida na mensagem. Joseph tem esse poder sobre mim, essa vontade de provocá-lo é quase irracional! Não é que eu realmente tivesse em mente algum rapaz para mostrar aquela lingerie, mas era porque eu sabia que ele não iria gostar. Após poucos minutos a resposta dele aparece:
"Algum rapaz já gostou dessa lingerie, eu. E gostarei mais ainda quando você me der a oportunidade de arrancá-la de seu corpo com os dentes."
Uma empolgação toma conta de mim e a cena de Joseph com a boca em meu corpo passa claramente em minha cabeça. Meu corpo traidor responde na mesma hora o estímulo da imagem e logo fico empolgada com a ideia. Merda, merda, merda! Será que sempre será assim? Vamos ver hoje à noite. Movida de audácia, audácia essa despertada por ele, eu respondo:
"Joseph querido, às vezes tenho a impressão de que você apenas fala... tenho ouvido muitas processas nesse últimos quatro dias... que eu espero que não as cumpram ok? Não é um incentivo. Ou talvez seja."
Mas é claro que eu estava incentivando ele, eu poderia estar louca e o deixando louco nesse mesmo momento. Porque por hora eu o repúdio e quero que ele suma da minha vida, e em outra hora eu o provoco e o estímulo à continuar. Isso tudo porque, devo confessar, flertar com ele me faz bem. E eu mal posso esperar por hoje à noite.
