Capítulo Vinte e Cinco: Resgate, Prisão de Amor

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Marryweather

Ansiosamente, assisto o Brayan nervoso repassar a função de cada um e novamente os últimos detalhes da missão de amanhã, diferente de mim para ele não é um resgate e sim seu grande golpe contra Altair. Fico incomodada por ele me deixar de fora de toda a ação no seu projeto já arquitetado.

– E a minha participação? – pergunto assim que a reunião termina e nós voltamos a ficar sozinhos na sala.

– Você não irá. – responde ele saindo para o corredor, o sigo desapontada, com uma raiva crescente dentro de mim.

– Como assim? É claro que vou!

– Tente entender Esther, vai ser muito perigoso, não tem por que você ir... Você pode ficar segura aqui e ver Altair desmoronar.

– Não vou ficar de braços cruzados, se não for com você eu irei sozinha!

– E a Whithelly? O Jimmy ainda não terminou. – diz Brayan com uma expressão de que já havia previsto essa conversa.

Nós entramos no quarto que estou dividindo com a Whithelly, mesmo essa hora ela está novamente no laboratório do Jimmy para tirar aquele maldito aparelho, o Lide do soldado.

– Não vou deixar você se arriscar.

– Não preciso que me proteja, Sei me cuidar sozinha.

– Sei que sabe.

– Não temos que discutir isso, amanhã nós resolvemos. Agora descanse.

Assinto sem estar confiante com sua resposta, mas assim como ele deixo esse assusto para ser resolvido amanhã, o dia programado para atacarmos ΩMEGA e eu poderei salvar o Marshall do corredor da morte, tento não deixar tão transparente, mas tenho pensado muito nele. O Brayan deixa o quarto e eu me jogo na cama, estou realmente é cansada de não fazer nada.

O Brayan encosta a porta e ouço o estalo da fechadura trancando-se. Levanto rápido e vou até a porta, forço a maçaneta sem sucesso algum.

– Brayan abre esta porta!

– Pare de Lutar Marryweather, a Esther já morreu e não vou deixar você se arriscar por aquele cara. – Quando o Brayan descobriu que meu objetivo em ir hoje para ΩMEGA é salvar o Marshall? Não sei se subestimei o quanto ele me conhece ou se estou sendo tão previsível assim.

Olho pela fresta da fechadura e consigo ver o homem grandalhão que sempre anda com aquele rottweiler, com certeza dando uma de guarda para impedir que eu fuja, o Brayan planejou tudo isso, talvez desde que eu e a Whithelly viemos para cá.

Pela primeira vez reparo o quarto em que estou ele é extremamente fechado e a porta forte demais para um quarto. Contra minha vontade eu percebo que o Brayan já tinha intenção de me trancar aqui, vou para a única janela e tiro a cortina que a cobre e vejo grades com grossas barras fixadas a parede para impedir minha fuga, ele sabe que não é qualquer coisa que consegue me impedir de fazer o que quero.

Por vezes procuro uma maneira de sair, tento planejar uma fuga e grito frustrada, esbravejando xingamentos, mas nada que faço me dará novamente a liberdade que desejo, até que como uma criança cansada de fazer birra e chorar durmo assim como estou.

No meio da madrugada acordo me sentindo desconfortável com alguém segurando em meu braço, abro os olhos alerta e vejo o Brayan, ele está sentado ao meu lado, estava me observando dormir, vejo que meu braço bom está algemado, preso à barra da cama, assim como eu fiz com o Marshall, agora estou coberta.

Walking For Silence - InsurreiçãoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora