Trinta e Oito

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Alek olhava aquele homem de baixa estatura tentando compreender o que se passava ali, já eu, olhava com medo. A áurea daquele homem baixo, careca, barrigudo e de bigodes não era brincadeira.
– O que disse? — perguntou Alek.
– Você é surdo? Perguntei o que fazem em meu galpão!
– Seu? — Alek ri sem vontade.
Dois homens enormes trajando ternos pretos e óculos escuros apareceram atrás do menor, o que parecia o líder e aí, me dei conta de que estávamos lidando com uma gangue.
– Alek... — eu o cutuco — Não acho que estamos em vantagem aqui! — escondo-me atrás dele, afinal ele era o único que eu conhecia, o mais confiável e era homem.
– Acho melhor você responder, ou as coisas podem ficar feias para você e sua namoradinha. — ele diz sorrindo, exibindo seus dentes amarelos.
Alek me aperta contra ele, como se isso fosse capaz de nos salvar dessa enrascada.
O homem ergue as mãos e então os grandões que estavam atrás se aproximaram.
– Que ideia vocês tiveram de virem trepar em um galpão ein? Ainda nesse estado! Sinto muito dizer jovenzinhos, mas nem o prazer do pré-gozo irão ter! — o velho sorri e esfrega as mãos.
Os homens de terno preto se aproximam e puxam o Alek. Ele se desvencilha dos braços fortes e acerta um murro bem dado no queixo dele.
O homem urra de dor e volta com o nariz sangrando. O outro que era mais alto me agarra por trás.
– Aconselho você a ficar quietinho. — o mesmo diz com sua voz grave.
Vejo Alek tremer. Em seu momento de distração, o outro lhe desfere um murro na mandíbula e ele vai ao chão.
– Loirinho metido a besta!
– Alek, você está bem? Alek?! — eu o chamo. Ele levanta com uma expressão dolorida e eu suspiro aliviada.
– Bem-vindos ao meu porto de desova! — o velho diz.
– DESOVA? — eu e o Alek perguntamos em uníssono.

***

JUNG ON

Acordar mais uma vez e não ver a Elisa está sendo realmente difícil. Procuro o In Ho, mas, tudo o que vejo é um bilhete deixado para trás.
"Hyung, vejo que a vida me deu uma oportunidade. É verdade que quando Deus lhe tira algo ele sempre te mostra uma válvula de escape. Eu irei até a Elisa e farei o que é certo. Irei reparar o meu erro do passado. Caso não volte até a tarde, chame a polícia e os entregue esse endereço."
Ele foi atrás dela sozinho por minha culpa.
Ele não só tinha o louco do Alek para lidar, mas também um grupo de assassinos ou seja lá o que estivesse.
Meu corpo tremeu perante o pensamento. Tremeu igual as outras vezes que eu imaginava o Alek fazendo mal a minha Elisa. Mas agora eu temia mais: bandidos poderiam ter encontrado eles.
Uma dor lascinante tomou conta do meu corpo. Pensar em viver sem a Elisa era algo dolorido e massacrante.
Sentei na cama gemendo por conta dos dois buracos costurados em meu abdômen e resolvi por o cérebro para funcionar.
O que eu devia fazer? Qual atitude eu devia tomar? Essa seria a decisão mais difícil de toda a minha vida!
O tempo passou e uma hora foi embora.
Levantei e procurei alguma roupa. Vesti-me e sai de fininho no quarto.
Havia algum tipo de emergência e enfermeiros e médicos corriam de um lado para o outro naquele corredor.
Sai sem ser percebido. Tomei um táxi e fui até o apartamento. Corri para o escritório em meu apartamento, abri o cofre e peguei todo o dinheiro fora os talões de cheque os enfiando dentro de uma sacola. Com mais cuidado, peguei a arma que estava escondida no mesmo compartimento.
Depois do serviço militar, resolvi ter uma arma em casa. Nunca se sabe quando vamos precisar de uma, e nesse momento eu sentia que precisaria.
Peguei meu carro na garagem — o In Ho se lembrou de estaciona-lo — e fui direto à uma loja de celulares.
Comprei um celular, afinal o meu, Alek deu fim. Demorei a sair. Falei para a moça que só queria um simples, mas, acabou que saí com um de última geração, com um ano de plano pago e pago a vista.
Daqui até o endereço me dado, eram umas duas horas e meia, isso se eu fosse rápido.
Eu chegaria lá às quatro horas, ou pelo menos pensava assim.
Corri pelas pistas e quase bati o carro umas duas vezes devido a velocidade. Não tenho culpa se as estradas são feitas de curvas e não em linha reta!
Cheguei a ponte. Aquela ponte onde eu vi a Elisa pela última vez e senti que estaria perto.
Dirigi por uns quinze minutos na mesma estrada e encontrei a tal mata mencionada pelo In Ho. Encostei o carro e desci segurando a sacola no ombro e a arma na cintura, já devidamente carregada com o total de doze balas no pente.
Segui a estreita estrada de terra em meio às árvores e ouvi o canto dos pássaros. Formava para chover e mesmo sendo quase cinco da tarde já estava escurecendo. Meu coração indicava que algo bom não iria acontecer, mas, só me restava aguardar.

***

BAEK IN HO ON

Ainda era o mesmo galpão, só que mais acabado. Fazia algum tempo que eu não vinha aqui. Depois que fuji daquela gangue nunca mais ousei me misturar com essas coisas.
Empurrei a porta de madeira que logo denunciou minha chegada.
– Irei verificar, chefe. — ouvi alguém falar lá de dentro.
Quando vi quem era senti meu corpo gelar. O Soon Wook era o que mais me odiava na gangue do Byun. Nunca nos demos bem e ele sempre me odiou pelo chefe me achar mais inteligente.
– Ora, ora! Se não é o ratinho fujão. — ele riu sem vontade — Chefe, venha ver o que eu encontrei!
– In Ho, seu punk! Você não sabe o quanto eu te procurei seu desgraçado. — o homem de baixa estatura falou.
– Sei que está com um casal ai dentro. Quero que liberte a moça, ficarei em seu lugar.
– Pelo visto a conhece, mas, receio avisar que chego atrasado.  Ela já tem outro! — ele disse sussurrando como quem conta um segredo.
– Ela é minha amiga. Por favor, a liberte. Eu ficarei em seu lugar!
– E o que eu ganho com isso? — ele perguntou.
– Meus serviços.
Eu espero que o Jung venha atrás de nós. A esta altura, ele é a nossa última esperança!

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Oee gente linda! Vim aqui lhes dizer que amanhã tem cap novo e tem vos lembrar de clicar nessa linda estrelinha. Bem, até amanhã e bjus de luz ❤️

Casamento forçado: A descoberta do amor (EM REVISÃO)Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang