Trinta e Sete

2.3K 176 4
                                    


JUNG ON

- Então In Ho, me conta onde fica isso? – eu o sacudia desesperado.

Brevemente eu fiquei preocupado com a sua mão. Eu sabia o quão importante era o piano em sua vida, mas, logo a preocupação foi embora dando lugar ao desespero e a esperança de encontra-la.

- Como você disse, não muito longe daquela ponte. É um lugar totalmente deserto e... – eu ouvi o In Ho puxar uma respiração pesada e sua face assumiu uma expressão séria e ao mesmo tempo triste e preocupada – Sinto em dizer hyung, mas, acho que tanto a Lisa quanto ao irmão babaca dela podem estar correndo perigo. – ele completa.

Ele logo explica o motivo. O local onde o débil-mental a levou era bastante frequentado para desovas e acordos entre bandidos e o pior é que quase sempre, esses acordos terminavam em morte.

Meu desespero cresceu consideravelmente e tudo o que eu queria era sair dessa merda de hospital, mas, estar com dois buracos de bala no abdômen não está ajudando muito. Demoraria até eu poder sair daqui, mas, cada minuto que se passa, pode ser um minuto a menos para uma tragédia.

ELISA ON

Eu estava vivendo de pão e água. Estava fraca e sabia que estava pálida. Meus lábios rachados estavam sangrando devido à desidratação e assim uma semana se passou.

Pergunto-me se o Jung está bem, se ele sobreviveu. Lá no fundo do meu coração eu sei que ele está vivo e que virá me buscar, mas, minha mente e o Alek persistem em dizer o contrário.

Ele me tortura de um jeito que eu custo a acreditar que ele seja aquela criança que me disse palavras doces e que afagou meus cabelos no dia da morte da mamãe.

Nesses dias que se passou, ele tem forçado a barra comigo. Insiste dizendo que sou sua e que eu me renderei aos seus encantos e tenta sem conseguir me manipular usando suas táticas sexuais, mas tudo o que eu sinto é nojo.

Alek trouxe uma cama decente para cá, e todo dia me obriga a tomar banho gelado, vestir roupas indecentes e tenta me tocar. Ai é o ápice da loucura dele: Eu não reajo ao seu toque, seja aonde for. Já vomitei três vezes em cima dele. Não sei como ele consegue masturbar-se na minha frente. Eu fico cada vez mais horrorizada!

Ouço um barulho de correntes e vejo-o mais uma vez somente com seus jeans rasgados vindo em minha direção com uma afeição de aflição.

- Por quê? Só me diz o porquê. – ele me olha.

- Eu pergunto a mesma coisa... – tento ser indiferente e percebo que minha voz o afeta.

- Eu larguei muita coisa por você, Lisa. Odiei minha mãe por fazê-la chorar e acredita que até hoje eu nunca fui me despedir dela no cemitério ou onde aquela desgraçada esteja, nem eu seu velório, como único parente, eu fui. E sabe por quê? – eu neguei com a cabeça com uma expressão assustada – Porque aquela desgraçada fez você chorar. Ela te fez chorar Elisa! Estava tudo tão perfeito... Se não fosse por aquela infeliz, teríamos crescido juntos e você me amaria mais do que ama aquele panaca, quer dizer, pensa amar...

Eu não sabia o que responder. Quão doente a pessoa deve ser por odiar a própria mãe desse jeito? Tá que eu também não me simpatizava com ela, mas, o próprio filho? Ele prossegue.

- Não vou mentir, eu me achei estranho e achei errado querer você. Imaginar você como a mulher da minha vida era tão errado naquela época. Foi ai que decidi ir embora. – ele se aproxima tocando levemente meu rosto e então meu estomago já embrulha – O pai me ofereceu estudar no exterior e não vou mentir, demorou dias até eu tomar a decisão final. Oras! Eu não era ninguém e sozinho não teria forças o suficiente para te proteger e para sustentar a mim, você e a nossa família. Então eu fui para outro país estudar finanças para um dia retornar, assumir as empresas e me casar com você. Foi lá em Los Angeles que vi que não era errado te amar, que era um sentimento puro, transparente e doce. A coisa mais doce que eu já senti. – Alek aproxima sua boca da minha e eu estou atordoada por tudo que ele me contou.

Ele não era um psicopata. Estava ensandecido de ódio pela mãe e envergonhado de si mesmo. Por um momento ele agiu como uma pessoa sã e percebeu que era errado e renegou a si mesmo. Mas ele então volta assim. Ele não era psicopata, era louco. Precisava de tratamento, ajuda médica.

Quando dei por mim, Alek estava com seus lábios nos meus e eu realmente senti uma imensa vontade de chorar.

Ele pediu passagem com sua língua e eu estava tão absorta em meus pensamentos que cedi.

Era um beijo lento e experiente, mas, não me despertava emoção alguma. Eu pude o ver relaxado enquanto me beijava e então suas mãos percorreram meu corpo, mas, tudo o que eu sentia era nada.

O empurrei e ele me olhou com uma expressão interrogativa nos olhos. Dei-me conta do ocorrido e praguejei a mim mesma mentalmente. Como pude permitir isso?

- Alek... Desculpe-me, mas, eu realmente não posso. – sua expressão tranquila e interrogativa deu lugar a uma carranca bem brava.

- Por quê? Eu vi que você quis você permitiu! – e então ele faz birra como uma criança.

Segurei suas mãos e as puxei para o meu colo. Puxei o ar e procurei parecer tranquila.

- Eu não sinto nada quando você faz isso Alek. Quando me beija ou me toca. Você é ou era meu amigo e agora sei que é meu meio-irmão. Somos ligados pelo sangue, entende? Isso é errado, por favor, desista disso! – e então ele se desvencilha do meu aperto de mão e me estapeia.

- A ERRADA AQUI É VOCÊ! – então, ele da lugar ao Alek que eu conheci há esses dias atrás. Louco. – Não vejo nada errado em amar você! Você que está errada em repudiar o meu amor.

- É assim que você me ama? Eu estou grávida e olha como você tem cuidado de mim. Sequestrando-me, molestando, fora que atirou em duas pessoas. Você não é o meu A que costumava ser. Isso me dá medo, nojo, raiva e mágoa!

- Tudo o que você quer é ir correndo para aquele desgraçado e me deixar aqui só, ou melhor: ferrar minha vida! Desculpe-me senhorita Lewis, mas, ela já é bem ferrada e antes que dê cabo de mim eu acabo com vocês dois e esse monstro ai. – ele diz apontando para minha barriga.

- É senhora Jung e não ouse fazer mal à minha família Alek. – quando ele ia responder, desviamos nossa atenção para porta aberta.

- Mas que palhaçada é essa aqui? – uma voz grossa ecoa todo o ambiente e eu estremeço.

Oee gente <3 estamos nos capitulos finais desse neném aqui :( e então, estão gostando do rumo que a história está tomando? Realmente sinto muita falta da interação de vocês. Bem, não se esqueçam de clicar na estrelinha e lembrando que amanhã sairá um capítulo fresquinho! bjus de luze até a próxima!

Casamento forçado: A descoberta do amor (EM REVISÃO)Όπου ζουν οι ιστορίες. Ανακάλυψε τώρα