Vinte e Nove

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Oiie!! Desculpe o atraso, acho que acabei dormindo demais. Mas, cheguei a tempo de soltar esse capítulo. Boa leitura ^^

Eu vivia na casa dela. Era um ano mais velho que a menina ruiva saltitante. Minha mãe trabalhava na casa do Sr. Lewis e ela me levava junto. Mamãe também me incitava a não gostar da Sra. Lewis e afirmava que ela era má. Eu realmente não achava que ela era assim, mas na frente de mamãe eu tinha que agir de acordo, apesar de esconder a todos que era seu filho alegando ser filho da vizinha que tinha a pedido um favor. Ela também não gostava muito da Elisa, mas isso eu não escondia de ninguém: eu tinha uma enorme afeição pela garotinha de cabelos ruivos e olhos verdes. Sempre achei que suas sardas davam um toque mágico a beleza dela.

Muitas vezes brincávamos escondidos. Não por que o senhor Lewis não gostava, era só por que a mamãe me olhava feio. Eu realmente gostava dela, da presença dela, do sorriso, olhar, expressões engraçadas que ela fazia, a curiosidade e principalmente quando o vento batia em seus cabelos ruivos. Ela cheirava a frutas adocicadas e esse sempre foi meu cheiro preferido.

Crescemos assim, amigos, até chegar os 13 anos da Elisa. O dia em que a mãe dela fugiu de casa depois de uma discussão horrível com minha mãe.

Ela pegou a Lisa, entro no carro e saiu feito louca pelas estradas chuvosas. Minha mãe insistiu em ir atrás dela alegando que ia mostrar o verdadeiro lugar dela naquela casa.

Minha mãe seguiu por outra rota. Ela sabia muito bem aonde a senhora Lewis ia. Seu plano era matar mãe e filha, mas, o que ela não esperava é que em vez da filha morrer, ela foi quem morreu.

Como eu sei dessas coisas? Nas coisas da minha mãe, havia cartas e mais cartas que ela tinha trocado com o senhor Lewis e também diários escritos sobre vingança e ódio, sobre como era infeliz de trabalhar naquela casa e de ter que chamar a mãe da Elisa de senhora Lewis. Deixava bem explícito que aquele lugar de senhora era dela, e que eu era o primogênito. Alek Steves que tinha que ser Alek Lewis ele é o verdadeiro dono de tudo, ele é o primogênito. O ódio e amargura da minha mãe fizeram minha bile subir até a garganta deixando um gosto amargo horrível na minha boca. Como alguém pode ser tão infeliz assim, e como alguém pode odiar minha doce Elisa?

Por que somos irmãos?

Por quê? Por quê? Por quê?

No momento da sua morte eu chorei, mas, o choro cessou assim que lia as cartas e assim que eu vi minha linda Elisa chorar desesperada. Fingi não saber de nada sobre minha origem, e fingi estar tranquilo para poder tranquilizar ela. Eu não contava com que o senhor Lewis não me deixaria tocar na Elisa. Ele me mandou para longe, exigiu que eu estudasse fora e disse que pagaria tudo para mim, contanto que eu me saísse bem e voltasse para trabalhar com ele.

Eu me perguntava se ele sabia a verdade sobre mim, mas no fim de tudo, pareceu pena. Pena de mim e do que aconteceu comigo. Eu ignorei o fato de ser filho dele.

Foram sete anos fora. Sete anos sem vê-la. Nossa amizade esfriou e ela mudou. Já não era meu broto de rosa com perfume de frutas adocicadas, já não era tão pequena quando eu a encontrei na sua casa pouco tempo antes dela vir para Coréia e se casar. Ela cresceu, seu corpo mudou, virou mulher, uma linda mulher. Eu confesso que fiquei triste por não encontrar seu rosto do jeito que estava sete anos atrás, mas, fiquei mais triste por não ver de perto essa mudança acontecer. Há muito tempo atrás éramos melhores amigos, até pouco tempo fui seu empregado e talvez amigos e agora, com pesar no coração eu assumo que somos irmãos. Só assim eu posso salvá-la e posso abraça-la de novo. Suportar a ideia de que ela é de outro e que se entregou para o outro dói demais.

- Irmãos? – ela pergunta atônita.

- Sim Lisa. Eu escondi isso por muito tempo e agora eu quero que saiba.

- Mas como isso é... – ela não completa a frase – Meu pai sabe?

- Eu achava que não, mas, ele mesmo chegou até mim pouco tempo atrás alegando saber. Desde quando minha mãe trabalhava lá, ele sabia.

- E o que você planeja fazer me contando isso? Que eu esqueça tudo o que aconteceu e ai damos as mãos e cantamos cirandinha? – ela suspira fundo e me encara – Alek, você não passa de um amigo de infância e em nome a essas boas memórias, por favor, ignore isso.

- Mas Elisa... – ela me encara novamente e eu entendo o que esse olhar significa. Elisa está me removendo da vida dela.

Ela não entendeu, sabia que não entenderia. Droga! Droga! Droga! Por que merda eu fui abrir a boca?

Teria de efetuar meu plano b!

REVELAÇÕES!!!! E então o que será que irá acontecer? Honestamente, nem eu sei rsrs.

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Casamento forçado: A descoberta do amor (EM REVISÃO)Where stories live. Discover now