Vinte e Quatro

2.8K 210 8
                                    

Oi oi gente! Aqui cheguei eu com mais um capítulo para vocês. Bem, espero que gostem ^^

A semana passou-se correndo. Já era sábado o dia da festa do pai do Jung.

Depois daquele ocorrido com o In Ho, o Jung tem andado meio para baixo, mas, eu sempre estou lá para ajuda-lo. Já o Alek, esse eu não tenho mais notícias. Depois do papo sinistro de "você vai me amar e me dar valor" ele deu no pé. Ou tá com vergonha das merdas que disse ou foi direto para um manicômio.

Confesso que rodei as lojas de Seoul atrás de um vestido e os sapatos nem se falam.

Já estou me arrumando: Cabelos soltos ondulados de maneira nada natural, uma make pesada - tanto nos olhos quanto na boca, contornos também - vestido longo cor vinho de costas nuas e um decote considerável, em conjunto a uma sandália maravilhosa cheia de brilho. Decidi não por brincos senão ia parecer que estava indo para o carnaval e coloquei somente um colar discreto.

Desço as escadas e o Jung está me esperando na sala com seu terno perfeitamente passado e com seu cabelo arrumado de um jeito que o deixava mais lindo do que já era.

- Não sei se deixo meu marido sair hoje. Tá bonito demais para as outras verem.

- Digo o mesmo. - ele pega minha mão e a beija. - Vamos senhora?

Eu faço que sim com a cabeça e vamos embora.

A porta da limusine se abre e um dos vários funcionários me ajuda a sair.

A festa é em um enorme, iluminado e lindo salão aonde carros vem e vão a toda hora deixando os convidados da festa.

- Jung, Elisa. - o anfitrião da festa vem nos receber.

O negócio é que o cara me odeia e fica fazendo ceninha de família feliz. Mal sabem eles qual era o propósito desse casamento.

- Olá papai. - Jung diz sorrindo forçado.

- Olá Abonim. - abaixo a cabeça simbolizando respeito. (nota: Abonim significa pai mais para sogro)

- Sua esposa é realmente linda Jung! Fico feliz em tê-la escolhido para você. - mais falso que nota de três dólares.

Jung o ignora e logo alguém o chama. Ele parte em meio à multidão dizendo que vai voltar logo.

O Abonim me leva para uma das mesas onde o In Ho está sentado. De início eu não queria, mas, eu gostaria de ver a reação dele.

- Elisa... - ele olha para mim.

- Olá. - eu digo seca.

Não estou com ódio nem nada, mas era para eles serem irmãos. O Jung amava e confiava nele e o cara apronta uma dessas? Chame isso de ressentimento se quiser.

- Pelo visto o Jung contou para você o lado dele da história. - ele fala triste.

- Pelo o que eu ouvi, não teve lado algum. Os dois erraram e ambos se feriram, apesar de que eu vendo você aqui e agora, vejo que não se feriu tanto assim.

- Elisa! Pensei que fosse mais sensata. Por causa daquele cara, eu malmente posso tocar em um piano.

- E por sua causa In Ho, ele sofre até hoje. Ele confiou em você e é assim que retribui? "A, oi eu sou sustentado pelo pai idiota do Jung". Faça-me o favor!

- Que bom que ele se sente mal, mas isso não é nem um pouco do que aquele desgraçado merece. Saiba que eu vou ter a minha vingança! - ele diz de olhos serrados.

- Tente fazer algo contra o meu marido, e eu faço você nunca mais ver, tocar ou ouvir um piano. - digo exasperada.

Levanto-me da mesa o deixando sozinho e dou de cara com a sem-vergonha da irmã dele. Ela me olha com nojo e eu a ignoro.

Já se passaram vinte minutos e o Jung não aparece!

Saio do grande salão dando de cara com uma fina chuva que embaça meus olhos. De longe tenho a visão de um beco escuro e de um cara saindo de lá. Meu coração fica aflito e eu não entendo o porquê.

Tento ligar para o Jung e nada acontece. Seu telefone está desligado e eu estou aqui nessa chuva procurando por ele.

Reviro a festa e olho para o rosto de cada um dos convidados e ele não está lá. Onde diabos se meteu?

Meu peito dói e eu sinto que sei onde.

Atravesso a rua quase sendo atropelada. O trânsito está movimentado. Se eu virar essa esquina eu sinto que vou ver algo terrível. Dou passos curtos e rápidos e meu coração está a pulsar na minha garganta. Tento focar algo em meio aquela escuridão daquele beco e forço a vista para se acostumar à negra escuridão. Seoul é tão iluminada e porque aqui é escuro?

Sigo andando lentamente e vejo algo jogado no chão. Meus olhos embaçam e lágrimas quentes descem por meu rosto que logo esfriam devido à fina chuva fria.

- Jung?! - eu tento gritar horrorizada, mas tudo o que ouço é um ruído esganiçado que sai da minha boca.

Ele não se move. Eu me abaixo tentando localizar meu celular na minha bolsa e com as mãos tremendo consigo acionar a lanterna. Jung está todo ensanguentado e isso me lembra do seu passado com o In Ho.

- Jung meu amor, por favor, me responde! - meu vestido está com a barra toda molhada e a chuva começa a engrossar. - Jung! JUNG! JUNG! - eu começo a gritar desesperada.

- Sh-shii Lisa, eu estou aqui. - ele fala baixinho, mas fala com dificuldade.

- Quem fez isso com você meu amor? - eu pego sua cabeça e a acomodo no meu colo.

- Não sei. - ele tosse.

Um homem aparece no beco perguntando se eu preciso de ajuda, digo que sim e ele chama uma ambulância.

- Não se desespere, eu não vou morrer. - ele diz tentando levantar a mão. - O cara só me bateu relaxe.

- Como eu posso relaxar com você nesse estado?

A ambulância chega e ele é colocado dentro dela.

As pessoas da festa param para olha o ocorrido e depois ignoram.

Meu coração dói enquanto o vejo dentro daquela ambulância com os olhos fechados e o rosto inchado. Isso me lembra a minha mãe. Perder alguém é muito difícil, mas perder alguém por conta de uma tragédia é mais devastador ainda.

Jung abre seus pequenos olhinhos e me encara.

- Não fica assim, eu estou bem meu amor, são só ferimentos. - chegamos ao hospital. Eu acompanho sua maca até a entrada da emergência e só me deixam acompanha-lo até ali.

- Eu não te amei o suficiente ainda. - ele diz e a distância nos faz soltar as mãos. A porta se fecha e eu vejo tudo rodar além de uma forte dor de cabeça e tudo o que sinto é o chão gelado sob minha cabeça.

E ai, o que será que aconteceu? Acho que este capítulo foi escrito sobre uma grande influência de drogas, por que tô tentando entender e parece um bêbado contando *risos* O próximo cap será explicando o que houve. Quem será que vai dar uma força para eles dois? Hein? Até o próximo e bjus de luz <3

Casamento forçado: A descoberta do amor (EM REVISÃO)Where stories live. Discover now