Onze

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Ele realmente ficou comigo no quarto!

Ele pediu massa italiana e uma carne lá que não sei o nome. Pediu também morangos, chantilly e chocolate. Acho que ele pensou que me acalmaria. De verdade, eu estava de saco cheio daquele quarto, queria ir passear e conhecer a ilha de Jeju, mas, não queria dar o braço a torcer. Eu olhava para a Tv com expressão entediante e eu suspirava alto a cada minuto demonstrando que estava infeliz deitada em uma cama, dentro de um quarto enquanto poderia estar lá fora sentindo o calor do sol e a brisa em meu rosto.

- Você sabe que pode me pedir para passear. Garanto que serei um ótimo guia para você. – ele fala enquanto toca levemente meu antebraço.

Eu recuo incrédula. Ele nunca foi tão legal assim comigo, e isso era digno da minha total desconfiança.

- Não quero ficar te devendo nada... – finalmente quebrei o silêncio e o respondi secamente.

- Qual é! – ele se agitou em seu lado da cama. – Temos três dias na ilha de Jeju. Tá que é nossa lua de mel, mas considere isso como férias repentinas. Você não estaria me devendo nada, afinal eu também estaria curtindo o passeio com você... – ele diminui drasticamente o tom de voz como quem estivesse se arrependendo do que tinha dito. – Além do mais, quando voltarmos a Seoul, nossa rotina entediante vai começar: de casa à faculdade.

- Yoo Jung, qual o seu objetivo em estar sendo tão legal assim comigo? Você é um dos caras mais ignorantes e aspirado a arrogante que eu conheço. Ser gentil não é o seu forte.

- Segue minha linha de raciocínio. – ele me encara – Estamos casados, mesmo que nós não tenhamos casado apaixonados, mas, estamos casados e temos que ficar seis meses suportando um ao outro. Eu sei que fui bem idiota de início, mas eu repensei melhor e eu quero que sejamos amigos.

- Amigos? Corta essa! – não em tão pouco tempo.

Ele pega minha mão gentilmente e alisa o dorso fazendo movimentos circulares.

- Amigos. – ele diz.

- Tudo bem, eu vou te dar essa chance, mas, não faça eu me arrepender disso! Vamos guia turístico. – falei tentando sorrir.

Ele foi novamente para o banheiro com sua mala desajeitada deixando o quarto para eu poder me arrumar.

Troquei o short de tecido mole por uns jeans cós alto desgastados em conjunto a uma blusa mais soltinha listrada em preto e branco com estampa em strass e nos pés, resolvi calçar uns tênis da Mary Jane que tinha comprado em Seoul.

Peguei minha bolsa colocando meu novo cartão que estava escrito Elisa Jung – muito estranho eu sei – mas era um cartão black, meus documentos e meu celular. Tive o cuidado de procurar um elástico de cabelo caso o vento insista em mantê-lo em minha cara e um protetor solar para o rosto. Passei um gloss e pronto, estava arrumada.

Jung saiu do banheiro arrumado com seu cabelo penteado para frente. Ele se vestia meio nerd, mas preferiu ser mais ousado. Ele trajava um jeans preto estilo destroyed com uma camisa preta sem estampa alguma e nos pés usava um tênis da mesma cor estilo skatista. Quase que eu perguntava se ele era um emo gótico ou coisa parecida. Eu não me importava em ele se vestir como um nerd, mas assim estava muito melhor.

- Pegue seus óculos escuros. – ele disse enquanto pegava uma jaqueta, adivinhem... Preta.

- Você tá parecendo um revoltado. – eu sorri.

- Você tá bem normal, mas esse short não tá muito curto não? – ele sorri.

- Eu não acho. Vamos?

Casamento forçado: A descoberta do amor (EM REVISÃO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora