octogésimo terceiro

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21 de dezembro de 2003 – Columbus, Ohio

Eu sonhei com os pássaros essa noite. Na verdade, só havia um pássaro. Era um pássaro branco, mas ele voava ao meu lado. Eu estava andando pelo escuro, e esse pássaro voava comigo, como se me acompanhasse. Só que, depois de passar um tempo andando, eu percebi que o pássaro não conseguia mais me acompanhar. Ele estava voando bem devagar, como se estivesse cansado. Além disso, as penas dele começavam a ficar vermelhas.

Aí eu passei a andar mais devagar, mas não importava o quanto eu desacelerasse o passo, eu estava sempre deixando o pássaro pra trás e ele ficava cada vez mais vermelho. Eu tinha ficado desesperado, pois o pássaro branco (agora vermelho) estava perdendo as forças e eu não podia fazer nada.

Quando eu finalmente decidi que ia pegar o pássaro e carregar ele nos meus braços, ele tinha sumido. Aí eu acordei tremendo.

Ainda não contei a ninguém sobre esses sonhos. Eles são estranhos demais para que eu conte a alguém, até mesmo pro Josh. Claro que eu não tenho culpa de sonhar com essas coisas, mas prefiro fingir que esses sonhos nem existem. São só sonhos, não há problema nenhum nisso, apesar de eles me assustarem pra car*mba.

Hoje nevou bastante. O Josh me ligou, então a gente conversou bastante antes de a mãe dele chamá-lo pra almoçar. Eu ainda não ia almoçar, então fiquei assistindo desenho animado com a Maddie no sofá.

Talvez o Josh esteja certo. Essas férias vão ser bem chatas.


blasphemwhy nao deixa vaza

Goner (the one I'm not)Onde histórias criam vida. Descubra agora