sexagésimo sexto

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27 de novembro de 2003 – Columbus, Ohio

OK, EU PASSEI A NOITE INTEIRA LENDO ESSE LIVRO E ELE É MUITO BOM!

Joe Keller tem dois filhos, o Chris e o Larry. O Steve tem dois filhos, Ann e George. As famílias eram bem próximas, e a Ann era namorada do Larry, e o George era amigo deles. Quando a Segunda Guerra começou, os filhos do Keller e George foram convocados para a Guerra.

O Keller é preso junto com o sócio dele (o Steve), mas aí o Keller acaba sendo absolvido enquanto o Steve fica na cadeia (pois foi o Steve que mandou as peças defeituosas, mas a mando do Keller, só que o Keller diz que Steve não falou com ele antes de mandar as peças).

Larry, filho de Joe, fica sabendo que o pai foi acusado de matar os pilotos, e se sente muuuuito envergonhado por isso. Ele escreve uma carta para Ann, dizendo que ela não devia esperar por ele. Em seguida, enquanto pilota um avião em uma missão, ele faz o avião cair, se suicidando. Aí ele é dado como desaparecido.

Três anos depois, quando a Guerra já tinha terminado, o Chris convida a Ann pra casa dos Keller porque ele quer pedi-la em casamento. Mas a senhora Keller ainda insiste que o Larry está vivo, em algum lugar. Ela fica acreditando em sinais astrológicos que ‘dizem’ que Larry não morreu. Todos os outros já aceitaram a morte de Larry e a senhora Keller ainda não, por isso eles constantemente brigam, os Keller dizendo que ela deveria esquecer o filho morto. Aí a mãe diz que os próprios Keller deveriam ser os primeiros a acreditar que Larry está vivo, senão o sangue do seu filho estaria nas mãos dos Keller.

Sério, eu poderia escrever páginas e mais páginas sobre All My Sons, mas acho melhor parar por aqui. Puxa, Arthur Miller! Agora entendo por que Josh estava tão animado com o After The Fall.

Na aula de Matemática, eu percebi que o Josh estava olhando pro meu gorro quase o tempo todo, então perguntei se ele queria usar um pouco. Ele disse que sim, então eu tirei de mim e coloquei na cabeça dele.

“Por que você tá usando isso todo dia?”, ele perguntou.

Eu não tinha uma explicação. Lembro que, quando eu tinha sete anos, costumava dormir com ele, já que eu acreditava que não iria ter pesadelos se dormisse com ele. Até que era verdade. Não lembro de ter tido nenhum pesadelo enquanto eu dormia com ele.

“Eu me sinto... Mais seguro usando ele”, eu respondi. Segurei a mão dele. Estava quentinha. Depois disso, a gente voltou a prestar atenção na aula.

Acho que vou voltar a dormir usando o meu gorro.

EU REALMENTE TIVE QUE LER ALL MY SONS

Goner (the one I'm not)Where stories live. Discover now