sexagésimo sétimo

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28 de novembro de 2003 – Columbus, Ohio

Eu passei a noite escrevendo músicas, e gostei tanto de Drown que acabei levando pro Josh ler. Até disse que já tinha um arranjo pra ela, então ele pediu que eu cantasse. Eu não quis cantar.

“Então te dou um beijo se você cantar,” Josh falou. Eu congelei na hora. Acho que corei, assim como ele. “Na bochecha, claro,” ele disse, tentando se corrigir.

Eu falei “Você pode até me dar o beijo, mas não vou cantar”. Não cantei, e ele não me beijou. Bem que eu queria, mas eu teria que cantar pra ganhar aquele beijo. Sei que o Josh gostaria de me ouvir cantar, mas ainda tenho um pouco de vergonha de fazer isso.

Ele disse que gostou muito da letra de Drown e que se identifica com ela. A letra não é das mais felizes, mas eu meio que gosto quando ele fala que se identifica com o que eu escrevo. É como se estivéssemos ligados, de alguma forma.

Eu e Josh ligados. Isso é tão incrível de se pensar.

aaaaaaa

Goner (the one I'm not)Where stories live. Discover now