Lauren

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-Loli! Loli! - Paulo pulou no meu colo, rindo. Logo ele desceu e começou à correr atrás da irmã do Carlos.

Depois do café da manhã, e da catástrofe da pegadinha da Hanna, decidimos fazer um piquenique na beira do lago, ao invés de almoçar. Vini e Nick conversavam sentados à beira do lago, juntos de Carlos. Uma ideia logo me veio à mente.

-Paulo! Luiza! Venham aqui um pouco - em instantes, os dois pestinhas de seis anos estavam olhando para mim, sentados ao meu lado. Disse à eles o que fazer e sorri, esperando que eles colocassem o plano em ação.

Enquanto Luíza inventava uma desculpa para os três se levantarem, Paulo estava escondido atrás de uma árvore, juntando cachos de mamona e distribuindo para Hanna, Julie e eu. As duas olharam para mim e eu apontei os garotos com um aceno de cabeça antes de gritar:

-Agora! - Luíza correu para perto de Hanna, pegando algumas mamonas de seu cacho e nos ajudando. Uma chuva de mamonas foi para cima dos garotos, que tentavam se defender usando os braços e proteger o rosto com as mãos.

-Isso não vale! - gritou Carlos, mas ninguém lhe deu ouvidos. As risadas das meninas eram mais altas, espontâneas, assim como a minha.

-Vai ter vingança! - gritava Nick. O mais engraçado foi ver Carlos se desequilibrar e cair no lago, puxando Vini e Nick com ele. Corremos para a beira do lago, para ver se eles estavam bem, porém, fomos surpreendidas, eu, Hanna e Julie, quando as crianças nos empurraram na água também, nos fazendo cair em cima dos meninos.

-Bem feito! - gritou Vini, quando voltei a submergir. Revirei os olhos e joguei água na sua cara, porém, ele mergulhou antes e a água atingiu Carlos. A partir daí, começamos uma guerra de água, que se tornou uma briga de galo logo depois.

Hanna subiu nas costas de Nick e Julie fez o mesmo com Carlos. O objetivo era derrubar a outra dupla na água sem cair e a vantagem tinha que ser de dois pontos, porém, ninguém se lembrava de contar os pontos, então, só paramos quando todos se deram por vencidos pelo cansaço.

Lá pelas quatro da tarde, quando o sol começava a deixar tudo alaranjado, juntamos as coisas e voltamos para dentro, mas eu logo saí novamente, me sentando no gramado, esperando para poder ver o espetáculo que o sol poente fazia todas as vezes, brincando com as ondas do lago e tremeluzindo nas folhas das árvores, que balançavam com o vento.

Sonho de Açúcar Where stories live. Discover now