Capitulo 42 - Reunião

1K 88 174
                                    

Residência da Bishamon, 17h20...

Hiyori

Estávamos todos (eu, o Daikoku, o Yato, a Kofuku e o Yukine) sentados numa grande mesa que havia numa das salas da residência da Bishamon. A Aiha (uma das regalias dela, como o cabelo cor-de-rosa) estava na mesma sala que nós enquanto esperávamos que a Bishamon voltasse.

Do nada, uma luz de teletransporte surgiu e ela apareceu na sala, juntamente com o Kazuma. "E então, Bisha?" A Kofuku perguntou, levantando-se da sua cadeira. A mesma suspirou e olhou para o Yato antes de falar.

"Dei o meu melhor para convencer os outros Deuses a aceitarem a Hiyori, e acho que consegui fazê-los acreditar que ela não vai causar problemas." A Bishamon explicou de braços cruzados e não consegui esconder o meu sorriso. "Isso quer dizer que não precisamos de cortar os laços com ela?" O Yukine perguntou, tão contente quando teu.

"Por enquanto, não. Mas talvez um dia eles voltem atrás na sua decisão e decidam fazê-lo, mas por agora acho que não há problema em tê-la por perto." A Bishamon explicou enquanto olhava para mim. Eu e a Kofuku abraçamo-nos enquanto guinchavamos como umas crianças, mas a verdade é que estávamos todos muito felizes por eu poder ficar com o Yato e os outros, pelo menos um pouco mais.

"Muito obrigado, Bishamon." Agradeci-lhe e levantei-me da minha cadeira, dando-lhe um grande abraço. Não sei porque o tinha feito, mas era a forma mais carinhosa e grandiosa que tinha de lhe mostrar o meu agradecimento.

"Bishamon..." O Yato chamou-a e levantou-se da sua cadeira, enfiando as mãos nos bolsos do seu casaco. "O-Obrigado..." Ele disse de forma envergonhada, mas ainda a encará-la. "Apenas cala-te." Ela grunhiu e crozou os braços. "Mas eu acabei de te agradecer, é assim que me tratas?!" O Yato reclamou e eu e a Kofuku acabamos por nos começar a rir. Eles não se dão bem, mas ao mesmo tempo conseguem ser os maiores aliados.

"É bom ter-te por cá." O Kazuma aproximou-se de nós com um sorriso. "Obrigado, mesmo que não me lembrasse de vocês ia sentir falta de toda esta animação." Comentei e ele voltou a sorrir.

"Veena." O rapaz aproximou-se dela, o que fez o Yato e a Bishamon pararem de reclamar um com o outro. O mesmo segredou qualquer coisa ao ouvido da sua Deusa, que pareceu surpreendida com o pedido dele. "Muito bem, e que tal lancharem connosco?" Ela perguntou, pelos vistos o Kazuma sabia mesmo como lidar com ela.

"Sim!" A Kofuku guinchou e vi o Daikoku sorrir. Espero que ela não cause problemas na residência da Bishamon, por ser uma Deusa da Pobreza...

As Regalias da Bishamon foram aparecendo pela sala com vários carrinhos cheios de comida, por isso eu também me ofereci para ajudar. Já que também íamos comer desta comida, não fazia sentido serem eles os únicos a ajudar.

Fui até à cozinha e ajudei a Aiha a fazer um bolo foi bastante divertido porque nos sujamos todas com farinha. Mas felizmente quando o bolo foi para a mesa toda a gente gostou dele e elogiaram-nos bastante. Foi uma tarde bem passada, sem dúvida. Foi muito melhor do que ir ao encontro com os amigos da Ami...

"Tragam-me mais álcool!" Ouvi a Bishamon gritar. "Para mim também!" O Yato também gritou, pelos vistos já estavam ambos bêbedos. Da última vez que eles se embebedaram o Yato acabou a beijar a Bishamon (ainda que tenha sido indirectamente)...

"Fala baixo! Não estás em tua casa, Deus idiota..." A loira reclamou e o Yato grunhiu, dando mais um gole diretamente da garrafa de álcool. "Eu só estou a pedir mais bebida, sua louca." Ele grunhiu e ela gritou. "O quê?! Chamaste-me louca?!" Ela gritou ainda mais alto e acabei por me forçar a rir.

"Isto não vai acabar nada bem, para variar..." O Kazuma comentou, sentado ao meu lado. Do meu outro lado estava a Kofuku, que comia bolachas e nem se interessava pelo que estava a acontecer à sua volta. "Espero que eles não se acabem a beijar, como da outra vez." Lamentei e também resolvi comer bolachas.

"Acho que desta vez isso não vai acontecer." O Yukine comentou, sentado no lugar à minha frente. "Como podes ter tanta certeza?" O Kazuma também parecia confuso, tal como eu. "Bem, o Yato gosta da Hiyori, por isso..." O louro disse e engasguei-me com a bolacha que estava a comer. "Não digas isso, Yukine!" Reclamei com ele depois de parar de tossir. "Não acreditas, Hiyori?" A Kofuku perguntou, afinal ela estava atenta ao que se passava à volta dela.

"É óbvio que o Yato não gosta de mim dessa forma, ele é demasiado mulherengo para se apaixonar. Ele tem relações especiais com todas as raparigas que conhece: com a Maki, a Tomone, a Bishamon, tu, eu..." Expliquei à Kofuku e ela sorriu.

"O Yato não tem assim tantas relações especiais, e o que sente por ti é diferente. É maior." A Kofuku disse toda sorridente. "Claro, claro..." Reclamei e cruzei os braços.

"Por falar nisso, onde está a Maki?" O Daikoku perguntou depois de comer mais uma bolacha que a Kofuku lhe tinha dado. "Agora que falas nisso..." O Kazuma disse e todos começamos a procurá-la com o olhar, mas ela claramente não estava na sala.

"Talvez ela tenha ido ao quarto-de-banho." A Kofuku atirou e acabei por concordar com ela. "Espero que a sanita a engula." O Yukine grunhiu baixo mas toda a gente ouviu, por isso tive de fazer um esforço muito grande para não me rir. Ele tinha sido muito engraçado!

"Yato!" Ouvi a voz dela gritar e olhei para a porta do salão. E lá estava ela, a correr para os braços do Deus bêbedo. "Vim assim que me disseram que estavas cá!" Ela guinchou e abraçou-o, mas ele ficou quieto e continuou a beber com a Bishamon. "Maki, não agarres esse verme." A loira reclamou e olhei para o Yukine, ele já parecia irritado por ver a Maki.

"O que é que posso fazer? Não posso ficar chateado depois de ter manchado o Yato... Tenho que aguentar e ver a Maki a roçar-se nele." O loiro disse e comeu uma das bolachas que a Kofuku estava a dar ao Daikoku. Deve ser difícil para ele ter que controlar os seus sentimentos desta maneira...

"Pobre Yukine..." A Deusa dos cabelos cor-de-rosa disse com uma expressão triste. "Não te preocupes, talvez o Yato perceba que me magoa..." Ele disse e comeu outra bolacha, ele parecia bem calmo tendo em conta tudo o que estava a dizer.

"Eu posso tentar falar com ele." O Kazuma ofereceu-se. "Deixa estar... Só preciso que me ajudes a ficar mais forte, para continuar a ser a Regalia preferida do Yato." O loiro disse com um sorriso confiante, para ser sincera ele estava a sair-se muito bem na sua missão de "parecer feliz".

"Certo, podes contar comigo." O Kazumi sorriu-lhe e voltei a olhar para o Yato. "Vamos lá, sua velha maluca. Vamos ver quem bebe mais!" O mesmo desafiou a Bishamon. "Vamos a isso!" Ela concordou e as suas Regalias trouxeram mais um monte de garrafas de vinho.

Os 2 começaram a beber como loucos e vi que a Maki tentou atrair a atenção do Yato, mas ele ignorou-a completamente.

Gostava de saber se tinha sido por causa da bebedeira ou se foi mesmo intencional...

Noragami - Férias de NatalWhere stories live. Discover now