Capitulo 13 - Mais uma Mancha

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Casa da Kofuku e do Daikoku, 18h45...

Hiyori

"Até amanhã." Despedi-me da Kofuku e do Daikoku e só aí é que reparei que o Yato e o Yukine não estavam em casa. "Onde foram os outros 2?" Perguntei antes de sair enquanto a Kofuku se sentava sobre uma almofada. "Acho que receberam um trabalho por isso saíram. Só devem voltar daqui a duas horas, por volta disso." A rapariga de cabelos cor-de-rosa disse e acenti.

"Então eu vou indo, até amanhã." Disse e saí de casa, percorrendo as varias ruas que se seguiam. Fiquei a observar as ligaduras que tinha na mão, o Yato achou melhor colocar algumas na zona onde tinha sido manchada, só para prevenir qualquer situação mais desagradável, como por exemplo uma infeção.

Tinha ficado com algumas dores depois de ter posto as ligaduras, mas não as iria tirar só para ver o que estava por baixo, pois já sabia que estava limpa, sem mancha.

Quando cheguei a casa ajudei a minha mãe a fazer o jantar e ainda estive a brincar um pouco com o Yaboku. Sim, agora o meu gatinho tinha oficialmente um nome, ainda que fosse o do Yato.

Yato

"E então, que trabalho é que temos desta vez?" O Yukine perguntou-me enquanto caminhavamos pelas ruas. "Uma senhora que consegue ver fantasmas disse que há uma tempestade perto de casa dela, por isso pediu-nos para a eliminarmos, com medo de que os fantasmas chegassem até sua casa." Expliquei, enterrando de seguida as mãos nos bolsos do meu casaco.

"Hmmm, que interessante..." O rapaz comentou e encolhi os ombros. "Ainda estas chateado por eu ter magoado a Hiyori?" Resolvi perguntar mas ele disse que não com a cabeça. "Eu sei que não fazes por mal, mas não quero que a faças sofrer." O loiro explicou e suspirei.

"Eu compreendo, mas tens de controlar essas emoções. Hoje descobri que me tinhas manchado." Contei-lhe e ele parou de andar, aparentemente chocado com a minha afirmação. "M-Manchei-te?" Ele repetiu com os olhos arregalados e também parei de andar.

"Sim, um pouco pelo pescoço e pelas costas. A Hiyori tocou sem querem e também ficou manchada, foi só aí que reparei que me tinhas corrompido. Depois fomos retirar as nossas manchas com água benta e ficou tudo bem." Expliquei rapidamente e o Yukine olhou para o chão.

"Desculpa." Ele pediu e acabei por sorrir. "Não te preocupes, não foi nada de especial. Eu sei que não me vais corromper como da primeira vez, não precisas de te torturar mentalmente." Brinquei um pouco com a situação e ele deu-me um abraço, o que foi estranho mas fofo.

"Obrigado, Yato." Ele disse contra o meu casaco e acabei por passar uma das mãos sobre a sua cabeça. Voltamos à nossa caminhada e via ao longe uma tempestade, era de facto grande. "Deve ser esta a casa da cliente." O Yukine comentou e concordei com a cabeça.

Vi uma senhora de cabelos meios acinzentados correr até nós e quando ela olhou para o Yukine percebi que o conseguia ver, por isso só podia ser ela a nossa cliente. "Deus Yato, presumo." Ela disse e acenti em confirmação. "A tempestade que queria que destruíssem é aquela." Ela apontou para a tal grande tempestade.

"Com certeza." Acenti e ela deu-me 5 yenes, que eu guardei. O Yukine transformou-se em duas espadas e corri com ele até à tempestade. Assim que entramos naquela espécie de nevoeiro negro fiquei sem ver durante algum tempo, e quando recuperei a visão vi vários fantasmas por todo o lado: a caminharem pelas ruas, pelos prédios, à volta das pessoas que estavam a passear, em todo o lado. Eram todos bastante grandes e aparentemente fortes.

Noragami - Férias de NatalWhere stories live. Discover now