Capitulo 29 - Acidente

954 96 17
                                    

Casa do Cliente do Trabalho, 16h00...

Hiyori

"Encontrei a papa!" Informei o Yukine, mostrando-lhe uma embalagem plástica com pó amarelo lá dentro. O loiro acentiu depois de ver a embalagem e abriu o frigorífico, tirando de lá um pacote de leite. O mesmo pegou numa tigela para cereais e colocou lá algum leite, aquecendo-o no microondas durante 1 minuto.

Assim que o leite estava bem quentinho comecei a misturar o pó amarelo dentro da taça para cereais, formando assim uma mistura que mostrava que o que eu tinha encontrado era mesmo papa (por momentos pensei que tivesse misturado com o leite qualquer outra coisa esquisita...).

"Vamos lá, pequenino." A voz do Yato aproximava-se da cozinha, vinda do corredor. "Vamos, muito bem. É isso mesmo!" O Yato continuou a dizer e espreitei para o corredor de onde a sua voz vinha, encontrando-o com o bebé a dar pequenos passos pelo chão. O Yato agarrava os seus pequenos bracinhos, apoiado assim o seu corpo, enquanto o bebé se impulsionava para a frente, colocando os pés no chão cuidadosamente e muito devagarinho.

"Olhem só para vocês." Comentei enquanto os via, cada um deles ficava ainda mais fofo com a presença do outro. "Quem é um bebé grande? Quem é?" O Yato disse enquanto o bebé se abanava e tentava andar rapidamente ao mesmo tempo que fazia sons esquisitos, típicos dos bebés. "Já arranjei uma babete." O Yukine informou e segui o Yato e o bebé até à cadeira da mesa de cozinha mais próxima.

"Vamos lá papar." O Yato disse e acabei por sorrir de forma estúpida, adoro ouvi-lo dizer palavras fofas. O Deus sentou-se na cadeira e colocou o bebé no seu colo, que começou a mexer as mãos na minha direção. Peguei numa outra cadeira da mesa de cozinha e coloquei-a em frente à que o Yato estava sentado.

"Diz "ah"..." O Yato disse enquanto abria a boca para o bebé fazer igual. Enchi a primeira colher com papa e a criança (o bebé, não o Yato) abriu a boca, permitindo-me enchê-la e deixando-a suja nos cantos. Os bebés são mesmo fofos (quando não estão a chorar).

Por sua vez o Yukine também pegou numa das cadeiras da mesa e colocou-a ao meu lado e ao do Yato, ficando a ver o bebé abrir a boca ao máximo para ter mais comida de uma só vez. Pelos vistos é um goloso...

"Vocês parecem os pais dele." O loiro comentou enquanto apoiava a cabeça nas mãos e prendi o ar, acabando por corar bastante. Ele não devia dizer essas coisas à minha frente, visto que estou apaixonada pelo Yato (embora o Yukine não saiba isso).

"Vocês são os pais, eu sou o filho mais velho, e o bebé é o filho mais novo." O loiro continuou a sua análise e corei ainda mais com a ideia de o Yukine ser nosso filho, isso queria dizer que eu tinha tido filhos com o Yato... Pensar nestas coisas só me faz mal!

Senti as minhas bochechas aquecerem cada vez mais enquanto eu tentava não olhar para o Yato, apenas para o bebé cheio de papa à volta da sua pequena boca.

"Estou mesmo feliz por vos ter conhecido." O Yukine acrescentou e deu-nos um sorriso rasgado, numa situação normal eu também iria sorrir, mas estava demasiado envergonhada para o poder fazer. "Nós também. Não é, Hiyori?" O Yato disse e saltei na cadeira assim que o ouvi pronunciar o meu nome.

Olhei para o rapaz em causa e o mesmo tinha um pequeno sorriso no rosto, o que me fazia corar mais. "É..." Acabei por concordar e olhei para a tigela com papa.

O bebé tentou iniciar um pequeno choro mas o Yato começou a embalá-lo e a distraí-lo com alguns brinquedos. "Será que está com cólicas?" Perguntei enquanto via a criança ficar mais agitada enquanto choramingava. "Acho que não..." O Yato respondeu-me enquanto o bebé começava a chorar, ele tinha belos pulmões para gritar.

Noragami - Férias de NatalOnde as histórias ganham vida. Descobre agora