Capitulo 39 - Dor

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Pessoal! Portugal ganhou o Euro! E como recompensa pelo nosso grande jogo, aqui está mais um capitulo! Espero que gostem, e quero um comentário de cada um de vocês a dizer "Grande Portugal!".

Hamburgueria, 15h20...

Hiyori

"Foi um almoço muito bom!" A Yama disse assim que acabou de comer o seu hambúrguer. "É verdade, foi bastante agradável." Concordei com ela e a Ami voltou com os gelados que lhe tínhamos pedido para ir comprar. O meu era de chocolate, o da Yama era de morango e o da Ami era de limão.

"E têm planos para o fim-de-semana?" A mesma perguntou. "Eu cá não tenho." A Yama respondeu enquanto comia o seu gelado de forma satisfeita. "Eu também não." Informei e a Ami sorriu em resposta.

"Eu tenho uns amigos muito fixes que querem sair connosco este fim-de-semana. Vocês não querem ir?" A Ami sugeriu e desviei o olhar, da última vez que saí com rapazes não correu lá muito bem, visto que o Fujisaki me beijou, na Cappyperlandia.

"Depende... Eles são giros?" A Yama perguntou enquanto eu comia o meu gelado bem caladinha. "Sim, por acaso até são." A Ami informou e olhei para ela, rapazes giros? Por alguma razão isso despertava-me algum interesse.

"Então eu vou!" A Yama informou e desviei o olhar. "Então e tu, Hiyori? Também vens connosco?" A Ami perguntou-me e voltei a olhar para ela. "Bem... Então eu vou..." Acabei por dizer e elas sorriram-me. "Ainda bem! Prometo-te que vais gostar!" Ela sorriu e acenti.

Depois de terminarmos aquela conversa, acabamos de comer os nossos gelados e foi cada uma para sua casa. "Já cheguei." Informei os meus pais assim que abri a porta da rua. "Oh, bem-vinda, Hiyori." A minha mãe sorriu-me e vi que o meu pai não estava em casa, provavelmente estava no hospital, a trabalhar.

Subi para o meu quarto e atirei-me para a cama, tinha ficado cansada depois deste almoço tão animado com a Ami e a Yama.

E aquele rapaz... Ele olhou para mim como se já me conhecesse à muito tempo. Talvez ele estivesse apenas confuso por ter ficado tonto, ou então por eu ter atravessado a rua sem sequer olhar para os carros, mas isso não explica a reação dele e do rapaz loiro quando me viram esta manhã.

Casa da Kofuku e do Daikoku, 15h40...

Yato

Assim que abri a porta de deslizar encontrei a Kofuku e o Daikoku sentados junto à mesa da sala, pareciam estar a beber chá. Olhei para a Kofuku e vi que os seus olhos não estavam vermelhos, o que queria dizer que ela não tinha estado a chorar. Menos mal... Sentia-me mais aliviado.

"Bem-vindos." Ela saudou-nos, mas sem toda aquela animação habitual. "Como correu o trabalho?" O Daikoku perguntou enquanto fumava. "Correu muito bem, até recebemos um extra e por isso fomos almoçar fora!" O Yukine disse de forma animada, ainda bem que ele se tinha esquecido da nossa situação com a Hiyori durante algum tempo.

"A sério? E foram onde?" A Kofuku perguntou, parecia curiosa e um pouco mais animada. "Fomos a uma hamburgueria muito conhecida, e eu escolhi o maior hambúrguer que havia!" O Yukine contou com bastante emoção.

"A sério? E era bom?" A Kofuku pareceu-me ainda mais animada. "Sim! Era mesmo bom!" O Yukine confirmou as suas expectativas. "Ah... Que inveja! Daikoku, também quero um hambúrguer." Ela choramingou, puxando a manga da camisa do mesmo.

"Já sabes que não podes sair de casa." O mesmo relembrou-a, o que a fez fazer beicinho. "Mas eu posso ir comprar um para o jantar..." Ele acrescentou e a Kofuku deu-lhe um grande sorriso, parecia uma criança que tinha acabado de receber um chupa-chupa.

"Yey!" Ela guinchou e acabei por sorrir, tendo em conta a nossa situação com a Hiyori, acho que raramente iria ver o Yukine, a Kofuku ou o Daikoku a sorrirem outra vez, por isso tinha que aproveitar bem estes momentos.

"Muito bem, eu vou dar uma volta." Informei e levantei-me do chão enquanto via a Kofuku servir mais chá ao Daikoku. A mesma inclinou demasiado a caneca do chã e a mesma acabou por abrir, espalhando chá por todo o lado.

"Vais onde?" Ela perguntou, ignorando a asneira que tinha acabado de fazer. "Vou só apanhar ar..." Informei, saindo de casa.

Na verdade ia ao templo mais próximo para tentar limpar a grande mancha que já cobria as minhas costas. O Yukine não me tinha corrompido mais nenhuma vez desde aquele acidente na hamburgueria, mas acho que a mancha estava a avançar demasiado depressa. Esse é que era o problema...

Assim que cheguei à fonte de água benta mais próxima tirei o meu casaco e também a camisola, observando as minhas costas o máximo que podia. Mas não me precisava de esforçar muito para encontrar a mancha, pois ela já estava bem visível em todas as minhas costas.

A mesma avançava em direção às minhas pernas e barriga, e também se preparava para subir para o meu pescoço e rosto se eu não a parasse rapidamente.

Peguei em toalhas e baldinhos que haviam junto à fonte de água benta e comecei a molhar as minhas costas, sentindo assim fortes dores vindas das mesmas. Mesmo assim, continuei a atirar água enquanto a dor me consumia, isto doía mesmo.

Fiz uma pequena pausa para descansar e observei de novo as minhas costas, mas apenas uma pequena parte da mancha tinha desaparecido. Não acredito que toda aquela dor não tinha servido para limpar nem metade da mancha...

Voltei a atirar água para as minhas costas e mais uma dose de dor surgiu, desta vez não me consegui conter e deixei escapar alguns gemidos de dor. Da última vez que tive que fazer isto tive a ajuda da Hiyori, ela estava comigo precisamente nesta fonte e ajudou-me a limpar-me.

Apesar de ter sido bastante doloroso, tinha sido muito melhor só por ter a companhia dela. E quando deixei que fosse ela a molhar as minhas costas com a água benta senti-me ainda melhor... Depois de tudo isso ela abraçou-me pelas costas, o que foi o melhor de tudo. Sinto tanto a falta dela...

Parei de atirar água benta para as minhas costas e olhei mais uma vez para as mesmas, aparentemente já metade da mancha tinha desaparecido. Suspirei e voltei a vestir a minha camisola e o casaco, por agora ia deixar a mancha assim, conseguia controlá-la desta maneira.

Voltei para casa da Kofuku e do Daikoku e fui diretamente para o andar de cima, estendendo a minha cama no chão e deitando-me na mesma.

Só esperava que quando acordasse toda a dor tivesse passado. Não me referia à dor da corrupção, mas sim à dor de ter perdido a Hiyori...

Noragami - Férias de NatalWhere stories live. Discover now