Capitulo 25 - As Melhoras

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Residência da Bishamon, 20h20...

Hiyori

"Olá, rapazes!" A Kofuku abriu a porta do quarto, com ela vinham o Daikoku, a Bishamon e o Kazuma. "Parece que já acordaram." O rapaz de óculos disse com um sorriso. "Isso quer dizer que já se podem ir embora." A Bishamon atirou agressivamente.

"Mas, Veena..." O Kazuma disse baixo e ela deu-lhe um "Tsc". "Amanhã de manhã quero-os fora daqui." Ela informou e eu e o Kazuma acabamos por sorrir. "Fica descançada que eu vou-me embora mais cedo que isso..." O Yato reclamou e a mesma desviou o olhar, no fundo ela é uma pessoa bastante bondosa.

"Obrigado, Bisha!" A Kofuku guinchou e abraçou a mesma pelo pescoço, o que fez os seus longos cabelos loiros abanarem um pouco. "Não me agradeças..." A mesma disse baixo, envergonhada por ter acolhido a pessoa que até à bem pouco tempo ela odiava.

"De qualquer forma, como se sentem?" O Kazuma perguntou aos 2 doentinhos. "Tenho a cabeça pesada e o nariz entupido, mas de resto sinto-me bem." O Yukine informou. "A mim é só o nariz entupido..." O Yato informou e o Kazuma pegou numa garrafa que tinha deixado antes num móvel da sala.

"Devem beber isto, é mais um remédio para vos deixar curados por completo." O rapaz dos óculos informou e atirou a garrafa ao Yukine, que por sua vez a apanhou e abriu-a, bebendo quase metade do liquido de uma só vez.

O Kazuma entregou uma outra garrafa com um liquido igual ao Yato, que também bebeu uma grande quantidade só de uma vez. "Trouxemos o teu corpo de volta, caso precises dele." O Daikoku informou-me, apontando para uma rapariga igual a mim que dormia calmamente no canto do quarto. "Oh, obrigado." Acabei por agradecer com um sorriso.

"Veena, podes vir lá fora comigo, por favor?" O Kazuma pediu à Deusa loira e a mesma arqueou a sobrancelha, tal como eu. "Tudo bem." A mesma acabou por concordar e ambos deixaram a divisão, fechando a porta. Este Kazuma anda com demasiados segredos para o meu gosto...

Kazuma

Assim que a Veena concordou abri a porta e saímos ambos do quarto, ficando a conversar à porta do mesmo. "Mostra-me o teu pescoço, por favor." Pedi, ainda com a mão sobre a maçaneta da porta. "O quê?" Ela perguntou com os olhos arregalados e ligeiramente corada, acho que não me tinha expressado bem...

"Só quero ver o teu pescoço, não vou fazer nada..." Acabei por também corar um pouco, como é que ela pode pensar este tipo de coisas de mim? A mesma afastou os seus cabelos loiros e compridos e aproximei-me, observando bem a sua nuca. Depois de muita procura encontrei uma pequena mancha roxa, quase não se via, mas era um sinal de corrupção...

"Tal como pensei... Estás manchada." Informei e ela arregalou os olhos. "Onde? Não é possível!" A mesma informou e afastei-me. "Onde está a Maki?" Perguntei e ela voltou a encarar-me, ainda com uma expressão de preocupação. "O que queres dizer com isso?" Ela perguntou, desconfiada e incrédula.

"Só quero saber onde é que ela está." Informei e ela desviou o olhar. "Não a vejo desde manhã..." Ela respondeu-me baixo. "Eu também não a vi e mais ninguém sabe onde é que ela está... Ela já foi uma Regalia do Yato, e por alguma razão poderia ter algo contra ele." Comentei e ela abanou a cabeça rapidamente.

"A Maki não iria fazer estas coisas, e muito menos matar o Yato, ainda que ele não tenha condições para cuidar de uma Regalia..." A loira reclamou e suspirei. "Tudo bem, tudo bem... Mas é melhor ires tratar dessa mancha." Pedi e ela acentiu, afastando-se rapidamente.

Atualmente, eu e a Maki é que cuidamos das feridas da Veena e lhe preparamos o banho, tal como o Kugaha fazia (a Regalia que tentou matar a Veena para que ela reencarnasse e não fosse tão bondosa).

Tal como ele fez, a Maki pode estar a entregar medicamentos que tornam as manchas invisíveis e fazem desaparecer os sintomas para enganar a Veena. Se não fosse este o caso, então ela teria sentido a dor da corrupção e não ficaria surpreendida por saber que estava manchada. Mas a verdade é que ela foi apanhada completamente desprevenida, ou seja, não sabia que estava manchada.

Não quero passar por esta situação outra vez, não quero que a Veena seja enganada e deixada à beira da morte mais uma vez, nem quero que mais nenhuma Regalia morra. Também não quero gerar confusão ao desconfiar da Maki, mas a verdade é que tudo indica que ela está envolvida no que aconteceu ao Yato e ao Yukine.

Também não vejo razões para ela ter guardado raiva ou rancor pelo Yato, além disso continua a dar-se muito bem com ele (ainda que isso possa ser só teatro), mas pode haver algo mais envolvido nesta história, e eu preciso de descobrir o que é...

Não vou deixar que tudo se volte a repetir, desta vez vou conseguir proteger a Veena e todos os outros, agora as coisas estão finalmente bem e não vou deixar que ninguém estrague os novos laços que criámos uns com os outros.

Acabei por suspirar e voltei a abrir a porta, voltando a juntar-me à Kofuku e aos outros no quarto. "Onde está a Bishamon?" O Daikoku perguntou-me. "Ela teve que ir tratar de uns assuntos..." Inventei e o mesmo acentiu.

"Vamos embora!" O Yato reclamou enquanto se mexia na cama como se fosse uma criança impaciente. Bem, no fundo ele acaba por ser uma criança, mentalmente... "Está calado..." O Yukine reclamou e acabei por sorrir, estes 2...

"Podíamos ir jantar todos fora hoje à noite." A Hiyori sugeriu, também com um sorriso. "A Veena precisa de descansar e eu não a quero deixar sozinha, por isso acho que nós ficamos por casa." Informei, a verdade é que ela precisava mesmo de descansar, visto que estava manchada...

"E eu não posso sair de casa." A Kofuku também interviu, como é a Deusa da pobreza onde quer que vá acaba por dar azar. "Oh..." A Hiyori acabou por dizer baixo. "Mas vocês os 3 podem ir, não há problema." A rapariga dos cabelos cor-de-rosa informou, referindo-se à Hiyori, ao Yato e ao Yukine. "Oh, mas assim não tem tanta graça..." A rapariga contrariou.

"Não faz mal, tenho a certeza que se vão divertir na mesma, a sério." A Kofuku sorriu e acho que a Hiyori ficou convencida.

"Tudo bem... O que dizem, rapazes? Ou preferem ficar em casa a descansar?" A mesma perguntou ao Yato e ao Yukine. "Já descansamos o suficiente, vamos mas é sair daqui e espairecer." O Yato informou com um sorriso triunfante e acabei por me rir, ele é tão idiota...

Noragami - Férias de NatalUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum