Capitulo 51

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Hello, hello, hello

With the lights out, it's less dangerous

Here we are now, entertain us

• Nirvana - Smells Like Teen Spirit 



DORIAN

   Estiquei o braço para tirar uma mecha do seu rosto. A bonequinha do mal se mexeu e abriu os olhos.

— Bom dia. Você é absurdamente linda, sabia disso?

Ela sorriu preguiçosa e entrelaçou as pernas nas minhas. A camisa, que abraçava seu corpo deliciosamente, estava erguida exibindo a calcinha. Eu era um cara de sorte. O único filho da puta com privilégio de vê-la acordar tão íntima e próxima assim.

— Você dormiu bem?

— Sim, amor.

— Isso é bom. — Deslizou a mão em meu peito. — Que horas deve ser agora?

— São exatamente... — Estreitei os olhos para o relógio. — Não surta, tá?

— Por quê?

— São quase sete horas.

— Oh meu Deus! — Pulou para fora da cama. — Eu estou atrasada!

— Não surta.

— Como não surtar? Eu tenho tanta coisa para fazer hoje de manhã!

— Você pode só relaxar e ficar aqui. Eu posso cozinhar para você.

— Você é um doce, mas não posso. Preciso fazer compras porque Robert está no trabalho e De... — Ela travou, corando. Tirou a camisa e exibiu os seios fartos antes de cobrir com o sutiã. Maldade. — Você vai me levar?

— É claro que vou. Eu te deixo em casa e mais tarde te busco. Quer ir ao cinema?

Eu sabia que estava implorando semelhante a cão carente, abanando o rabinho, louco por petiscos. Mas eu não podia evitar.

— Lembra que combinamos de dar um tempo? — Puxou as calças pelas coxas. — Eu não vou conseguir me concentrar nisso com você por perto. A gente sempre acaba transando e distrações é tudo o que eu não preciso no momento.

— Como assim? Eu posso ser um santo!

Desviei do travesseiro que ela tentou jogar em mim. Eu ri.

— Você não vai me distrair. — Ela desceu os olhos pelo meu torso nu e gemeu, literalmente.

— Volta para cá depois que você terminar as coisas essa manhã. Por favor, eu ainda sinto dor na mão. — Ergui a tala e fiz beicinho.

— Eu acho que você vai ficar bem. — Ela sorriu.

— E se doer mais?

— Você tem analgésicos.

— E se...

— Tá bom, eu volto! Posso dormir aqui de novo, mas depois disso vamos nos manter afastados. Por que você ainda não está se arrumando?

— Posso tomar um banho antes?

— Rápido!

Eu levantei e me espreguicei, observando como a bunda dela ficava maravilhosa naquele jeans. Ainda tentei beijá-la na esperança de um amorzinho rápido, mas fui expulso apara o banheiro. Atravessei o corredor sorrindo. Eu adorava aquela mulher.

1994 - A canção Memória oculta LIVRO 1 (Privilegiados)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora