W'ell drive our ships to new lands
To fight the horde, and sing and cry
Valhalla, I am coming!
• Led Zeppelin - Immigrant Song
ANGEL
— Tem como você atender o seu telefone?
— Eu estou dirigindo, Angel.
— Então me deixe atender.
— Ninguém toca no meu telefone.
— Então enfia o seu telefone no...
— Tudo bem, eu vou atender! — Dorian ergueu o celular até a orelha enquanto conduzia o volante com a mão livre. — Fala, Jhonny. Já estamos a caminho. Sim, ela está comigo. Não! Você não pode dar em cima dela.
Ri e coloquei a cabeça para fora da janela. A corrente de ar esvoaçou meus cabelos. Depois de algumas outras trocas de palavras, ele finalmente desligou.
— Pronto, mulher! Feliz?
— O que ele disse?
— Que estamos atrasados.
— Vocês sempre vão lá?
— Não muito. Você vai gostar de lá. A casa é da cena underground da cidade, abrindo portas para que bandas novatas do cenário alternativo possam, finalmente, merecer atenção.
Eu estava animada para vê-lo tocar. Ele concordou cantar, já que um Alex gripado não poderia fazer isso. Os garotos disseram que o pobrezinho perdeu a voz devido a garganta inflamada.
Observei o perfil de Dorian e descobri que não conseguia olhar para as mãos dele sem imaginá-las passeando pelo meu corpo. Aquelas mãos de músico faziam coisas maravilhosas... Corei com a lembrança da noite passada. Não via a hora de estar sozinha com ele de novo no andar de baixo. O que fazíamos quando todos estavam dormindo...
Dorian estacionou na primeira loja de conveniências. Segui os passos dele até a caixa registradora, onde encontramos uma jovenzinha coreana girando na cadeira giratória. Parou com a nossa presença, corando assim que pousou os olhos puxadinhos e fofos no músico.
— Posso... a-ajudar?
Sorri um pouco, porque entendia o efeito que Dorian provocava nas garotas. Ela observou o torso nu exposto devido os botões da camisa negra estarem abertos e as tatuagens que escapavam da manga dobrada até o cotovelo. Lindo, daquele jeitinho todo desconcertado mesmo.
— Marlboro, por favor. Dois.
— C-claro!
Enquanto tirava a nota, a moça intercalou o olhar entre nós e sorriu tímida.
— Vocês são um belo casal.
— Não somos um casal. — Dorian foi quase rude.
A menina corou ainda mais, entregando os cigarros e o troco. Mas ela não foi a única a se sentir mal pelo corte.
— Vou esperar lá fora. — E caminhei apressada.
Entrei no carro, bati a porta com força e cruzei os braços, tentando acalmar os nervos. Não entendia bem porque me encontrava tão chateada... Dorian não falou nenhuma mentira. Porém o jeito que ele disse soou como se a ideia fosse... absurda.
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1994 - A canção Memória oculta LIVRO 1 (Privilegiados)
Romance☆ Livro 1 da série Privilegiados: Memórias Ocultas Enviada para passar as férias de verão na casa do pai, Angel Levi não está disposta a conviver com a nova família do homem que desapareceu quando ela tinha nove anos. A garota impetuosa só n...