☆ Livro 1 da série Privilegiados: Memórias Ocultas
Enviada para passar as férias de verão na casa do pai, Angel Levi não está disposta a conviver com a nova família do homem que desapareceu quando ela tinha nove anos. A garota impetuosa só n...
Nt:/ Gente, sempre imaginei o Alex como jesse rutherford. ☝ Ele é o meu amorzinho rs. Uma boa leitura! S2
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Tender is the day
The demons go away
Lord I need to find
Someone who can heal my mind
• Blur - tender
ANGEL
A banda usou a garagem da casa da avó de Leo para ensaiar e trabalhar emconjunto. Isso significava vozes altas trocando ideias e discutindo pela razão.Eu sempre assistia os caras com Jane e a Sam, e quando os rapazes seencontravam exaustos depois de longas horas, pedíamos pizza e trocávamos ideiasdepois de uma garrafa inteira de vodka.
A avó do Leo sempre aparecia para observar o que estávamos aprontando. Era uma velhinha fofa que repreendia palavrão e enchia todos de biscoitos. Em um desses momentos, ela viu Dorian engolindo alguns compridos e teve um surto. Muito brava, puxou a orelha dele e lhe deu um sermão sobre como as drogas eram prejudiciais à saúde. A verdade é que eram apenas vitaminas e ela só se acalmou quando ele mostrou o vidrinho para provar do que se tratava...
Tadinha da vovó. Ela bem que tentava disfarçar, mas era muito confuso para ela entender o que se passava naquela baderna de ensaio. Imagine só, o walking bass de Leo soando de forma assustadora e sombria, a bateria de Will explodindo as paredes, a guitarra de Jhonny chorando e Dorian uivando como se estivesse numa espécie de êxtase sexual hardcore.
Leo explicava: isso é Blues, vovó. Ela respondia: não, isso é barulho. É coisa do demônio.
Dorian já havia recitado algumas de suas letras para mim, mas ouvir a banda trabalhando em todo o instrumental era uma experiência muito mais profunda. A guitarra suja, o vocal selvagem e andrógino alternando entre o grave e o falsete, a técnica do baixo e a energia animal da bateria...
Essa rotina de ensaios se prolongou, e quando Dorian não estava perdido em algum lugar por aí dedilhando seu violão, jogava pedrinhas na minha janela. Meia-noite. Eu levantava para conferir e lá estava ele com um sorriso que iluminava o meu mundo inteirinho, escalando o muro até aterrissar dentro do meu quarto. Festejávamos a madrugada inteira...
Uma dessas noites, nós estávamos embolados nos lençóis, nus, quando Robert chegou repentinamente em casa. Dorian teve de escapulir pela janela com as calças em volta dos tornozelos e por sorte os arbustos suavizaram a queda. Eu lhe soprei um beijo e Dorian fingiu pegá-lo no ar, guardando em seu peito antes de partir.
