Is Love Or Not? |H.S|

Capítulo 39

Olhei para o lado e Harry ainda estava dormindo agarrado ao meu corpo. Virei para o outro lado, vendo as horas na tela do celular na mesa de cabeceira e suspirei. Eu teria de me levantar agora ou estaria completamente atrasada para o teste.

Depois de toda a confusão do sequestro, da entrevista que dei para acalmar os ânimos, de acabar os meus remédios e finalmente não me sentir mais como uma pessoa atropelada por um caminhão, eu me sentia pronta para voltar a trabalhar. Esse teste estava agendado há pouco mais de uma semana e eu estava ansiosa para lutar com unhas e dentes por essa personagem.

Tirei, lentamente, o braço de Harry de cima do meu corpo e sai da cama silenciosamente. Corri para o banheiro, tomei um banho rápido e comecei a me arrumar. Penteei o cabelo, dispensei a maquiagem, porque um teste significava que eles queriam me ver ao natural, para saber se eu me encaixaria na personagem em todas as formas, e vesti uma calça jeans rasgada, blusa amarela de mangas longas com amarração na frente e calcei sapatilhas pretas. Olhei para a cama e vi Harry abraçado ao meu travesseiro, um sorriso se abriu no meu rosto e eu fiquei tentada a beijá-lo antes de sair, mas não queria acordá-lo. A casa estava vazia, pois minha mãe, Anne e Gemma já haviam retornado para suas atividades e suas casas após semanas verificando Harry e, depois, eu. Despejei café quente em uma xícara e me encostei a mesa, rolando a tela do celular. Sentei-me na cadeira e comi algumas frutas e panquecas com mel. Meu celular vibrou nas minhas mãos e eu sorri ao ver o nome de Edward brilhando na tela.

- Oi, Ed.

- Amada, se prepare, porque eu estou chegando! - disse.

- Como assim? - perguntei, terminando de engolir o líquido quente.

- Estou reservando um voo para Londres nesse instante.

- Sério? Que ótimo! Estou morrendo de saudades.

- Eu também estou, querida. Sinto muito por não ter ido quando você mais precisou. - suspira. - As coisas estavam uma loucura, final de gravações e campanhas para divulgação. Sinto muito mesmo.

- Não se preocupe. Eu entendo. - tranquilizo-o. - Você logo estará aqui e nós poderemos colocar toda a conversa em dia.

- Não vejo a hora!

- Eu também. - sorrio. - Bom, eu preciso desligar. Tenho um teste agora, estou empolgada e ansiosa há dias. Torça por mim!

- Você vai conseguir, tenho certeza! Boa sorte!

Despedimo-nos e eu confiro o relógio, levantando-me da mesa e correndo para o andar de cima. Escovo meus dentes e, quando volto para o quarto, Harry está se mexendo na cama.

- Bom dia, dorminhoco. - sorrio, parando ao seu lado na cama. - Estou saindo para o teste.

- Quer que eu acompanhe você? - pergunta com a voz totalmente rouca.

- Não, eu ficarei bem. Descanse mais um pouco.

- Ok. - ele abre um olho e sorri para mim. - Boa sorte. Não que você precise, tenho certeza que vai arrasar e ninguém mais terá chance, mas mesmo assim...

- Obrigada. - abaixo-me e beijo seus lábios. - Até mais tarde.

- Amo você.

- Eu também amo você.

O motorista de Harry que me levou, era o jeito de eu me sentir segura e deixar meu noivo tranquilo também. Ainda estávamos um pouco assustados com os últimos acontecimentos, mesmo que já tivesse quase um mês que tudo foi resolvido e que Ryan estava preso. No fim das investigações, a polícia descobriu que uma mulher o ajudou com toda a história do sequestro. Ela se entregou dois dias depois que eu sai do hospital e descobriram que ele o chantageou com fotos e vídeos íntimos de uma época em que namoraram. Soube que ela estava prestando serviços comunitários, porque provou que não teve escolha ao colaborar com a loucura dele.