Capítulo 5

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Já havia se passado cinco semanas desde que os meninos e suas namoradas haviam partido. Nós continuamos conversando por mensagens e ligações de vídeo o tempo todo e, nesses momentos, eu percebia o quanto tinha cultivado bons amigos em tão pouco tempo. Todos eles eram incríveis. Eu e Harry não conversamos nada além do velho "oi, tudo bem?" e o que ele me disse no aeroporto ficou por lá. Não sei se terei coragem para tocar no assunto quando nos vermos, mas, por ora, não precisarei me preocupar, pois, eles estão no Japão.

Hoje, um dia chuvoso, típico de Nova York, eu, Rebeca e Ed saímos para almoçar. O restaurante que adorávamos frequentar é muito acolhedor, perfeito para um dia como esse. Os sofás que servem de assento envolta das mesas deixa-nos mais à vontade, o ambiente composto por tons claros, plantas e quadros nas paredes dava uma sensação de estar em casa, sem estar em casa. É muito apropriado para um domingo.

- O que vai fazer nas suas férias? - Edward me pergunta.

- Primeiro eu quero passar um tempo com os meus pais. Estou com saudades de casa. - respondo e tomo um pouco da água a minha frente.

Minhas férias começariam em poucas semanas e eu estava realmente ansiosa por isso. Foi um ano longo, cansativo e produtivo também. Eu precisava de um pouco de descanso antes de continuar, por isso, meu primeiro passo será passar uma semana na Carolina do Sul, minha terra natal, com os meus pais. Eu sai de casa há pouco mais de quatro anos e, desde então, não tive muitas oportunidades de voltar lá. Meus pais, sempre que podem, vêm até Nova York me visitar nos feriados, porém, dessa vez eu quero respirar o ar que sentia quando era mais nova e podia sempre contar com eles para me ajudar com os problemas. É algo que eu, definitivamente, sinto saudade.

Cheguei a Gaffney num sábado à noite. Um táxi me levou até a casa dos meus pais, pois, eu decidi fazer uma surpresa a eles. Havia dito que chegaria apenas no domingo pela tarde, porém, pude antecipar a viagem e achei que seria interessante surpreendê-los. Desci as duas malas que trouxe, paguei o motorista e segui para a entrada da casa. Daqui eu consegui visualizar que a luz da cozinha estava acesa e, pelo horário, isso indica que a minha mãe está terminando de pôr a mesa do jantar. Apertei a campainha e, segundos depois, meu pai apareceu.

- Filha. - sorriu e me puxou para um abraço. - Achei que chegaria só amanhã.

- Eu consegui adiantar e achei que deveria fazer uma surpresa. - contei, puxando, com a ajuda dele, minhas malas para dentro de casa.

- Fez muito bem! Sentimos muito a sua falta. - puxou-me para mais um abraço. - Carol!

Ele chama minha mãe que logo aparece, vindo da cozinha e abre um enorme sorriso antes de me abraçar apertado. Ela corre para terminar o jantar após eu contar que estou com saudades de sua comida e também que estou faminta. Meu pai - George. - me ajuda a carregar as malas para o segundo andar da casa e deixa-as no meu antigo quarto que, por sinal, continua o mesmo desde o dia em que sai. Eu tomo um banho rápido e visto uma roupa mais confortável para ficar em casa e minha mãe sobe para avisar que o jantar está pronto. Nós jantamos conversando sobre tudo o que aconteceu com eles e o que aconteceu comigo desde a última vez que nos vimos.

- Aparentemente, eu estou namorando. - conto tudo o que aconteceu e seus queixos faltam atingir o chão de tão absurdo que acharam a história toda.

- Isso é ridículo. - meu pai murmura.

- Esse rapaz pelo menos é legal? - minha mãe pergunta.

- Às vezes. - dou de ombros. - Mas eu conheci muitas pessoas legais a partir disso.

No meu terceiro dia em casa, no início da tarde, recebi uma mensagem do senhor Smith. Meu corpo sofreu um arrepio quando a vi, ignorei, momentaneamente, e me sentei em uma das mesas da lanchonete dos meus pais.

Is Love Or Not? |H.S| Where stories live. Discover now