Is Love Or Not? |H.S|

Capítulo 29

A correria se instalou nas últimas semanas. Eleanor precisava dar conta dos últimos detalhes do casamento, do futuro marido, do bebê e da família que estava chegando a Londres para a cerimônia. Quando eu a encontrei encolhida no canto da sua sala de estar, chorando com a cabeça enfiada nos joelhos, eu tomei algumas tarefas para mim. Há alguns dias, eu havia perguntado a ela se estava precisando de ajuda, mas ela respondeu que tinha tudo sob controle, por isso não insisti. Bom, dessa segunda vez ela aceitou a minha ajuda e eu puxei Rebeca em suas horas livres também. Harry está prestes a finalizar o seu álbum e já tocou algumas músicas para mim, amei cada uma delas, mas uma que ele diz chamar de Ever Since New York tem todo o meu coração.

- Onde você está? - pergunta quando atendo o telefone na manhã de terça-feira, faltando poucos dias para o casório de Eleanor e Louis.

- Estou saindo do local da festa, precisei fazer alguns ajustes que a noiva pediu. Por quê? - atravesso a rua e jogo o copo de café vazio na primeira lixeira que vejo para desocupar um pouco das mãos.

- Consegue me encontrar no estúdio em meia hora?

- Consigo. - abro a porta do carro que ele me emprestou por esses dias. - Você vai almoçar comigo?

- Se pudermos comer aqui mesmo, sim.

- Tudo bem. Pede a comida, estou a caminho. - coloco a bolsa no banco do passageiro e ligo o carro, após afivelar o cinto. - Não esqueça a minha sobremesa.

- Eu já tenho uma maravilhosa em mente.

Com um enorme sorriso no rosto, saio da vaga em que fiquei estacionada pelo menos duas horas e vou ao encontro do homem que faz meu coração acelerar com um simples olhar ou sorriso ou qualquer palavra. O trânsito colabora comigo e eu entro com o carro no estacionamento com dez minutos de antecedência.

- Harry. - chamo, ao encontrar o local vazio e silencioso.

- Aqui. - diz e eu sigo a sua voz, vendo-o caminhar até mim por um corredor. - Arrumei a mesa para nós naquela sala, vem.

Pego sua mão e entramos numa sala, aparentemente, usava para reuniões, pois a mesa de vidro escuro é enorme e rodeada por cadeiras. Harry dispôs nosso almoço em duas cadeiras próximas e puxou uma delas para que eu pudesse me sentar.

- O que você queria? - pergunto, espetando meus vegetais com o garfo.

- Vou mostrar depois que terminarmos. - assinto. - Como Eleanor está?

- Uma pilha de nervos. - respondo. - Bom, não posso culpá-la, acho que estaria na mesma situação se fosse comigo. É uma situação grande e importante, ninguém quer que algo dê errado.

- Acho que descobriremos quando for com você. - sorri.

- Esse estúdio é seu? - tomo um pouco do suco.

- Não, eu o aluguei. - ele olha ao redor. - No entanto, eu penso, sim, em ter um na minha casa. Facilitaria a minha vida.

- E por quê não tem?

- Estou esperando um corretor de imóveis me mostrar algumas casas ou projetos em construção.

- Não sabia que estava planejando se mudar.

- Estou com esperança de que você se mude comigo. - abre um sorriso tímido.

- Harry...

- Não precisa me responder agora, ainda temos tempo até ele apresentar os projetos. Vou comunicá-la quando o corretor me contatar e poderemos escolher juntos. - explica-se. - Se você quiser, é claro.