Is Love Or Not? |H.S|

Capítulo 37

Acordei em uma cama de hospital. A claridade que entrava pelas janelas de vidro faziam meus olhos doerem. Eu escutava o apito constante das máquinas que estão registrando meus batimentos cardíacos. Minha boca está seca e eu me sinto dopada, aquela sensação de corpo pesado, pouca sensibilidade e mente confusa. Olhei ao meu redor e vi Harry adormecido no sofá bege, bem embaixo das grandes janelas de vidro. As cortinas pretas estavam fechadas - provavelmente, Harry esqueceu de fechá-las -, a porta para o banheiro estava aberta, numa mesa ao lado do sofá, estavam duas bolsas, imagino que havia pertences meus e do meu noivo nelas. Eu queria muito um copo de água, porém, não queria acordar o homem de expressão cansada, imagino que a exaustão tomou o seu corpo e ele adormeceu, do contrário, eu duvido que isso teria acontecido. Tentei várias vezes me levantar da cama, mas parecia que meu corpo pesava uma tonelada e bufei de frustração.

- Claire. - ouvi a voz rouca de Harry do outro lado e virei-me para ele, que limpou a garganta antes de coçar os olhos e caminhar na minha direção. - Está acordada há muito tempo?

- Não, faz poucos minutos. - respondo.

- Como se sente?

- Uma droga. - suspiro. - Meu corpo está pesado, não consigo me levantar e daria um milhão de dólares por um copo de água.

- Eles deram antibióticos e um remédio para que você pudesse dormir bem.

Ele ri e se aproxima para beijar meu cabelo, soltando um suspiro de alívio.

- É tão bom vê-la bem. - sorri. - Vou chamar a enfermeira.

Uma enfermeira, mais ou menos com a idade da minha mãe, apareceu e conferiu meus sinais vitais, me fez perguntas sobre o que eu sentia e ajustou o soro que pingava lentamente nas minhas veias. Não tinha me dado conta disso até agora. Ela fez algumas anotações e disse que o médico me avaliaria em poucos minutos. Saiu rapidamente e trouxe uma jarrinha com água, Harry serviu num copo e me ajudou a tomar depois de ajustar a cama, deixando minhas costas apoiadas na cabeceira com dois travesseiros.

- Foi tão difícil ficar longe de você todos esses dias. - sussurra, apertando minha mão direita entre as duas.

- Foi muito difícil. - concordo, deixando as lágrimas descerem pelo meu rosto. - Achei que nunca mais veria você, inúmeras vezes isso se passou pela minha cabeça.

- Eu nunca desistiria de você, Claire. - beija o dorso da minha mão.

- Eu sei, mas é que nós estávamos brigados, não nos falamos muito depois que você deixou a Inglaterra e imaginei que poderia pensar que eu tivesse deixado você. - contei, controlando meu choro. - Eu nunca faria isso, Harry. Fiquei com mais medo de perder você do que de enfrentar qualquer coisa que Ryan estivesse disposto.

- Você nunca me perderia. - garantiu. - Eu amo você, eu sentia que algo estava errado. Confesso que, por um momento, pensei que você tivesse fugido de mim, no entanto, as coisas foram ficando mais estranhas, Kendall também tinha sumido e, no fundo do meu coração, eu tinha certeza que você nunca faria isso comigo.

- Eu não faria mesmo. Tinha saído com ela para começarmos a avaliar as empresas que fariam nosso casamento, em nenhum momento, nem por um segundo, passou pela minha cabeça desistir de você. - disse, olhando-o nos olhos. - Eu amo você. Nossa discussão foi boba e eu prometo nunca mais deixar o meu ou o seu trabalho interferir na nossa relação.

- Claro, eu prometo a você também. Se preciso for, eu mudo de gerenciamento, procuro outra equipe e faço o que estiver ao meu alcance para que não interfiram entre a gente. Vamos deixar o mundo saber que estamos noivos, que nos casaremos em breve e, doa a quem doer, que eu estou imensamente feliz ao seu lado. Não me importo se diminuirão as vendas ou qualquer merda de publicidade, eles que cuidem disso, mas eu quero ser feliz com você sem precisar me esconder.