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A viagem até a casa da mãe do Harry é longa e cansativa. Durante toda a viagem Ivy não parou de mexer-se sobre o meu colo, para tentar ir para o colo do Harry ou para tentar ver através da janela. Era encantador ver a atenção com que a ela observava o que passava pela janela.

Não posso negar que estou nervosa por, finalmente, conhecer a Anne. Eu não sei o que esperar.

-Não estejas nervosa.- o Harry diz enquanto desvia os olhos da estrada por meros segundos para focar em mim.

-Não consigo não estar nervosa.- suspiro e sorrio.

-A minha mãe já adora-te, não precisas de ter medo de que ele possa não gostar de ti.- ele ri-se. -Eu ainda lembro-me da tua mãe de pijama, teve muita piada. Por falar na tua mãe, como vão as coisas entre vocês?

-Melhor... ela parece ter superado o facto de eu não ter ir passado as férias com ela.- acaricio o pelo da Ivy, e tento desviar a conversa. Não gosto de falar sobre a minha mãe, não é um tema que me traga muita empolgação. -Vamos levar a Ivy para Paris?

-Acho que sim, podíamos deixa-la com a minha mãe, mas depois a minha mãe apegava-se demais e ela e provavelmente não a devolvia.

Passados alguns minutos ele estaciona o carro em frente da casa da mãe dele.

-Harry.- eu chamo-o.

-Sim amor?

-Eu preciso de fazer chichi, a minha bexiga vai explodir.- digo meio desesperada.

-Podes ir.- aponta para a porta da casa e eu arregalo os olhos.

-Estas a brincar comigo, certo? Queres que eu toque a campainha e diga que preciso fazer chichi?- saio do carro ao mesmo tempo que ele, e pouco a Ivy no chão. 

-Eu só vou pegar as malas e já vou ter contigo lá dentro.- ele diz e eu vou até a porta da casa, acompanhada pela Ivy que não descola dos meus pés com medo. Volto a ergue-la e beijo o focinho dela.

Antes que eu possa pensar em tocar a campainha, a porta abre-se a Anne aparece com um sorriso enorme a iluminar-lhe a face.

-Mariana! Estou tão feliz por finalmente conhecer-te.- ela sorri e acolhe-me nos seus braços, deixando-me um pouco incrédula e sem reação.

-Wow, a senhora ainda é mais bonita pessoalmente do que pelas fotos.- deixo escapar quando ela afasta-se de mim. (n.a.: A Anne é realmente linda! Tipo ela é WOW. Não é por ser mãe do Harry que eu estou a dizer isto, mas eu acho-a linda, muito mais do que muitas mulheres de 20/30 e tal anos.)

-Não precisas de chamar-me de senhora. Trata-me por Anne.- ela sorri-me e depois vai em direção ao seu filho. - Cresceste desde da ultima vez que te vi! 

-Ou então foste tu que encolheste mãe.

Entramos dentro de casa e o Harry indica-me onde fica a casa de banho. Coloco a Ivy no chão novamente, mas ela volta a pedir por colo. Depois de usar a casa de banho, volto até a sala e encontro o padrasto do Harry a cumprimenta-lo.

-Olá.- ele sorri para mim e eu sorrio de volta.

-Olá, é um prazer conhece-lo.- coloco-me ao lado do Harry, uma pouco mais atrás, de forma a "esconder-me". Porque é que eu sou tão timida as vezes?

Anne diz que vai acabar de fazer o almoço e eu pergunto se ela quer ajuda. Sigo-a até a cozinha e ela pede-me para fazer a salada. Começo a cortar os tomates e o silencio que preenche a cozinha é desconfortável, mesmo que um sorriso gigante esteja plantado da cara da Anne.

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