A Vingança do Escorpião

Esse homem existe mesmo?

Respiro fundo entro na sala ele está ascendo as velas nos castiçais no centro da mesa. O ambiente está extremamente romântico, ele está jogando para ganhar. Já que eu estou aqui é melhor aproveitar o momento e foder muito com o Coelhão/Tiger. Ele olha de lado e sorri daquele jeito safado que toda a mulher ama. Ele está me devorando com olhar, o fogo toma conta do meu corpo que agora está em chamas.

- Você está linda! – ele fala.

- Obrigada, Thierry! – falo. – hoje eu vou explodir esse apartamento.

- Este vestido fico perfeito no seu corpo. – Tenho que confessar eu soube escolher muito bem o vestido, agora falta ver a parte de baixo, Rebecca. – ele fala. - o que? – MERDA! – será que ele encontrou?

- Espera, ai! – Você mexeu nas minhas coisas, Thierry? – falo. – a raiva está me consumindo. – ele conseguiu estragar tudo. – MERDA!

- Sim. – ele fala com uma naturalidade.

- Nunca mais faça isso. – Eu desteto que estranhos mexam nos meus pertences. – falo. – o meu tom de voz saiu extremamente frio.

- Wow! – Até parece que você está escondendo algo muito importante e que ninguém pode ver. – ele fala. – ele também mudou o tom de voz. – CARALHO! – pelo jeito vamos brigar feio.

- Eu não estou escondendo nada. – falo. – mantendo a minha postura de mulher forte. – mas quando estou perto dele, ela some e a outra aparece.

- Mas não o que está parecendo, Rebecca. – ele fala serio. – é melhor tentar fazer ele esquecer.

- Esquece! – falo. – ele me encara. – agora ferrou tudo que ver. – ele se aproxima de mim. – ele sussurra.

- Eu vou dar apenas um aviso para você. – Nunca minta para mim! - Nunca esconda nada de mim! – Pois quando eu descobrir acabo com tudo sem pestanejar. – Entendeu? – ele fala de um jeito que dá até um frio na espinha. – ele também não brinca pelo que percebi.

- Perfeitamente! – falo. – tento manter a minha raiva controlada.

- Vamos mudar de assunto por que temos um delicioso jantar para apreciar e depois uma deliciosa sobremesa experimentar. – ele fala.- a sobremesa deve ser eu.

- Claro. – falo. – agora o clima ficou pesado entre nós. – não era o que eu queria.

- Por favor, sente-se. – ele fala. – tem uma pequena mudança na sua voz.

- Obrigada. – falo. – ele puxa a cadeira para que eu possa me acomodar.

- Vou trazer o nosso jantar. – ele fala já saindo do sala de estar.

- Está bem. – falo. – ele me deixa sozinha com por alguns instantes, dá tempo de pensar.

Ele não pode ver e nem ler o meu diário de forma alguma. Eu tenho que esconder em outro lugar. Nesse diário está todas as minhas dores e ninguém pode ler. É nesse diário que a Samantha aparece. O Guilhermo e o Matheo nunca leram o meu diário. Eles sabem que existe, mas nunca tentaram ler.

- Rebecca! – No que está pensando? – ele fala. – ele está segurando os pratos. – ele pergunta de um jeito autoritário. – ele acha mesmo que pode mandar em mim e nos meus pensamentos. – coitado! – vai dançar conforme a minha música.

- Na morte da bezerra. – Com quantos paus se faz uma canoa. - falo com tom de deboche. – ele fecha a cara. – ele que perguntou e só respondi.

- Wow! – Rebecca! – Recolhe as ferraduras. Será que podemos ter um jantar calmo? – ele fala. – tem um leve sorriso em seus lábios.

- Claro! – falo. – vamos guardar as ferraduras como ele disse.