Às vezes invejo ele, como ele sempre sabe agir da maneira certa.

Mas eu não deveria ter provocado, não quero saber o que ele vai falar pra mim. Eu não quero ser rejeitada!

Precisa acalmar a minha mente, por isso entrei em um café.

O lugar era pequeno, com cheiro de pão quente e café recém passado. Escolhi uma mesa perto da janela e pedi um chocolate quente. Eu só queria silêncio, tempo pra tentar colocar tudo em ordem na minha cabeça.

Depois de alguns minutos, ouvi a porta se abrir e o sininho tilintar. Nem dei muita importância — até reconhecer a voz.

— Fionna?

Quando olhei pra cima, eu vi o Flame. Mas Jake e Gumball estavam atrás, todos bem agasalhados. Jake simplesmente se jogou, sentando no banco ao meu lado, bagunçando meus cabelos da forma "carinhosa" dele.

— O que tá fazendo sozinha aqui, pequena Mertens? — ele perguntou, rindo.

— Hora do almoço — respondi, tentando ajeitar o cabelo. — E vocês?

— Gumball tá viciado num café daqui — Jake respondeu, apontando pra ele, que apenas deu um sorriso culpado. — A gente veio pegar pra viagem.

— É o melhor da cidade, eu juro — Gumball defendeu, indo até o balcão com o Flame pra fazer o pedido.

Enquanto esperávamos, Jake ficou me contando uma história sobre como ele não conseguia parar de pensar em uma garota chamada Íris, não esperaria muito para pedi-la em namoro. Foi bom ouvir, por alguns minutos eu esqueci da confusão dentro da minha cabeça.

Quando eles receberam os pedidos, Gumball acenou.
— A gente se vê mais tarde, Fionna.

— Tchau, pequena Mertens — Jake disse, dando um leve empurrão no meu ombro antes de sair.

Flame ficou parado por um segundo, segurando o copo quente.
— Eu já vou — ele disse, mas não se mexeu. Depois, deu um pequeno suspiro. — Na real, acho que vou ficar mais um pouco.

Os meninos deram de ombros, se despediram e saíram do café.

— Por quê? — perguntei, levantando uma sobrancelha.

Ele deu de ombros, sentando na minha frente.
— Você tá com uma cara estranha.

Eu soltei um riso baixo, tentando disfarçar.
— Que tipo de cara estranha?

— Tipo "preciso conversar, mas não sei por onde começar". — Ele sentou no banco de canto na minha frente e bebeu um gole do seu café. —- Por favor, tente começar.

— Não sei o que quer dizer. — Dou de ombros, bebendo meu chocolate quente para disfarçar.

— Ah não começa, acha que nasci ontem? Eu já conheço essa desculpa, troca o disco. — Seu tom era divertido, mas também parecia que não tinha paciência. Ele se aproximou mais, colocando os cotovelos na mesa. — Eu prometo não contar a ninguém, qual é?

— É que... — engoli em seco. — Tem gente que complica as coisas.

— Gente tipo...?

— Não é nada. Só... — respirei fundo. — É estúpido, na real.

— Eu tenho tempo pra ouvir coisas estúpidas — ele disse, encostando no encosto do banco. - Deixa eu adivinhar, começa com "M" e termina como punk rock alternativo?

-É, tipo isso - Dou uma risada fraca. - É que a gente discutiu... Na verdade, não foi exatamente isso. Foi uma confusão.

— Confusão é quando você veste meias trocadas ou tenta abrir a porta do carro com a chave errada, Fionna. O que é que o Marshall Lee fez?

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⏰ Last updated: Oct 22 ⏰

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Conquest Manual (with Execution Errors) - FioleeWhere stories live. Discover now