13 - A Festa Épica de Prismo

Начните с самого начала
                                        

— Tá, mas o que preciso fazer? — Me sentia quase desesperada.

— Não se preocupe, eu vou fazer tudo. Vá lá, doninha. Aproveite a noite. — Ele me deu um leve empurrão nas costas, me direcionando para me distanciar dele. — Quando a música tocar, é o seu sinal.

— Você é tão... Marshall. — Respondo, quase com irritação.

— Obrigado.

— Não foi exatamente um elogio.


(..)



O tempo passou tão rápido que eu nem percebi. A banda do Marshall já tinha tocado umas três músicas no palco improvisado, todas animadas o suficiente para manter o povo enlouquecido no quintal. As músicas eram boas, e eu me peguei balançando a cabeça no ritmo enquanto bebia meu refrigerante (Edward me entregou um, afirmando que era melhor eu ficar longe da cerveja do barril, pois ele tinha traumas de mim bêbada). Fiquei ao lado de Flame todo esse tempo, ele sempre trocando palavras gentis... Mas com todo mundo ao redor, então eu não era exclusividade.

Então, a música parou. Marshall se aproximou do microfone e as pessoas se acalmaram.

— A próxima é dedicada a um cara que não cala a boca quando quer algo... — ele fez uma pausa dramática, o público riu. — Prismo, essa é pra você. Pediu uma música romântica, e olha... você conseguiu.

Prismo deu um grito animado, levantando seu copo vermelho. As pessoas riram e algumas assobiaram.

A guitarra começou, inconfundível. Every Breath You Take de The Police.

Essa era o "sinal" que Marshall estava falando, mas eu não sabia o que tinha que fazer, sentia-me desesperar a cada segundo da música. Olhei para o Flame, que parecia confuso.

— Essa música? — ele murmurou para mim, rindo baixo. — Meio... intensa para uma festa, né?

Não tive tempo de responder. Marshall desceu do pequeno palco improvisado, ainda cantando. A multidão se abriu para ele, curiosa, rindo. Ele caminhou até onde eu estava, sem tirar os olhos de mim.

Meu coração disparou. Ele não ia... ia?

Quando chegou perto, estendeu a mão como se fosse parte da performance. Eu, atordoada, coloquei a minha na dele. O toque foi rápido — e logo ele virou, ainda cantando, e levou a minha mão até Flame.

Every move you make... — ele murmurava cada verso com uma ironia azeda, entregando minha mão na de Flame como se estivesse apresentando um par real.

Flame pareceu surpreso no momento, mas sorriu. Como se tivesse entrado na performance de Marshall, ele agarrou minha cintura, me puxando para perto, e nossas mãos se tocaram. Conseguia ver de relance algumas pessoas aplaudindo. E, de repente, como num efeito dominó, outros casais começaram a se formar ao redor, entrando na dança lenta.

Vi meu irmão encarar de braços cruzados com uma careta, como se não estivesse gostando de ver sua irmã mais nova com um dos seus amigos.

Marshall se afastou, voltando para o palco. Ele pegou o baixo e se inclinou para o microfone. A voz dele, que soava tão bem em músicas mais pesadas, agora era suave e melancólica, cantando a primeira estrofe:

Every breath you take 

(Cada suspiro que você der)

 And every move you make

 (E cada movimento que você fizer)

 Every bond you break

 (Cada laço que você quebrar)

 Every step you take

 (Cada passo que você der)

 I'll be watching you 

(Eu estarei te observando)

A melodia nos embalou e eu me senti estranhamente confortável. Minha mão estava na dele, e a outra no ombro de Flame, que segurava minha cintura. Eu sentia que não conseguia conter o sorriso bobo. Mas, enquanto dançávamos, a letra da música parecia um sussurro em meu ouvido, me fazendo sentir que algo estava fora do lugar, algo que eu não conseguia identificar.

Eu estava com o Flame, o garoto que eu idealizei por tanto tempo. Ele era gentil, divertido e eu me sentia bem com ele. Eu estava vivendo o momento de filme que eu tanto sonhei, mas, por algum motivo, eu não conseguia me concentrar nele. Meus olhos se desviaram para o palco, onde Marshall estava.

Ele estava cantando a música. Ele não sorria, podia ser coisa da minha cabeça... Mas o jeito como ele olhava pra mim entre os versos não tinha nada de divertido. Era intenso demais, sufocante.

Oh, can't you see

 (Oh, será que você não enxerga)

 You belong to me? 

(Que você pertence a mim?) 

How my poor heart aches

 (Como o meu pobre coração dói)

 With every step you take? 

(Com cada passo que você dá?)





Olá pessoal, acho que é a primeira vez que escrevo um capítulo tão comprido. Estava sumidinha, mas quis voltar com tudo. Espero que estejam bem! Por favor, comentem e favoritem se gostaram. É tipo um abraço virtual cada comentário que recebo 🧡

Fixei a música no capítulo. The police é ótimo para corações quebrados hehe.

 Detalhe: eu amo a parte 3.1 da música 

Estava pensando também fazer uma playlist no spotify com as músicas que eu cito na história, mas ainda estou analisando essa ideia.

Obrigada por acompanharem até aqui! 

Conquest Manual (with Execution Errors) - FioleeМесто, где живут истории. Откройте их для себя