A festa dele era na casa de campo da família, achei chique demais em saber que ele era rico. Aparentemente havia muitas pessoas ricas na nossa escola, mas não é como se fosse novidade, existiam apenas duas escolas na nossa cidade minúscula.
Quando estacionamos perto de alguns carros, conseguia enxergar a casa enorme, acredito que a família de Prismo podia ter sido monarcas alguns séculos atrás. A casa está decorada com enfeites de Halloween. Algumas pessoas estavam sentadas no gramado no quintal da frente, a porta da entrada da frente aberta desmascaradamente para as pessoas circularem em ir e voltar. Morning Glory do Oasis tocava no último volume. Quando entramos na casa, eu entendi o que ele queria dizer sobre essa noite ser épica.
Eram muitas pessoas diferentes, mas eu conseguia ver o time de futebol comemorando no fundo da sala de estar, meu irmão estava sendo levantado como se fosse um troféu pelo time dele. Quando ele me viu, seu sorriso se alargou tanto que pensei que podia chegar até atrás da sua cabeça, apenas acenei para ele. Não queria atrapalhar seu momento de glória.
Deixei meu casaco no guarda-volumes de Prismo. Cake, Edward e eu estávamos indo para o fundo da casa, em direção ao quintal. Tinha um barril enorme de cerveja, com várias pessoas em volta dele. Marceline e Bonnie estavam abraçadas perto dele, mas era o máximo que podiam fazer na frente de todos, o que eu achava injusto com elas.
— Aqui está uma loucura. — Cake chegou falando com Marceline e Bonnie.
— Ah, essa é a primeira vez na festa do Prismo, né? — Marceline olhou para nós. — Ele sempre gosta de exagerar.
— Exagero é um termo que está sempre no dicionário do Prismo. — Bonnie falou aquilo como se fosse óbvio. — Ele se enquadra muito bem nele.
— É, você também, Peebs. — Marceline brincou com Bonnie, logo em seguida lhe deu um beijo na bochecha dela quando fez uma careta.
Elas eram tão fofas, que eu tinha vontade de chorar em um cantinho por me sentir tão sozinha.
— Mas ele não se importa que as pessoas possam quebrar a casa dele? — Pergunto.
— Não, nem um pouco. — Marceline dá de ombros. — Vamos dizer que os pais dele não se importam muito, eles são muito ocupados para dar atenção no que o filho esteja fazendo.
— Nossa... Isso é um pouco triste, não é? — Cake olha para todos, como uma confirmação.
— É, mas o Prismo não parece se importar tanto assim. — Bonnie continua. — Única exigência que eles têm com o Prismo, é que ele vá para Princeton. Todos da sua família estudaram lá, ele só precisa seguir o legado.
— Uau... isso é tão coisa de rico, parece que estou assistindo a uma novela das nove. — Comento em um tom de brincadeira.
— Né? — Marceline riu, balançando a cabeça em confirmação. — Mas não se preocupem, ele mesmo já falou que gosta dessa dinâmica do relacionamento familiar. Ele é artista, sabe como é, gosta de situações dramáticas.
— Isso seria um bom repertório no futuro para seu documentário quando ele ficar famoso. — Digo.
Todos riram, concordando com a cabeça.
Só foi falar no diabo que ele apareceu sendo seguido por seus seguidores. Como posso dizer? O Prismo estava rodeado de pessoas do clube de teatro e também de outros artistas da escola. Estavam em uma roda, mas parecia mais uma seita na minha opinião. Pareciam que estavam debatendo sobre o cinema do século XX.
Cake me cutuca com o cotovelo para chamar minha atenção, ela direciona sua cabeça para eu olhar na direção que estava apontada.
Era Flame.
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Conquest Manual (with Execution Errors) - Fiolee
Teen FictionFionna Mertens só queria passar despercebida no ensino médio, ouvindo suas fitas cassete e evitando o caos social que acompanha seu irmão popular, Finn. Mas quando Marshall Lee - o garoto mais irritante (e estranhamente magnético) da escola - propõe...
13 - A Festa Épica de Prismo
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