13 - A Festa Épica de Prismo

Start from the beginning
                                        

Enquanto isso, Cake me olhava como quem já sabia exatamente o que estava acontecendo dentro da minha cabeça.

— Como foi sua viagem? Finn me disse que fez uma viagem para a Índia no último trabalho. — Marshall sorriu para ela.

— Foi ótimo, querido. — Ela retribuiu o sorriso, ajeitando a bolsa no colo como se estivesse contando algo muito íntimo. — Uma cultura riquíssima, sabe? Pretendo voltar um dia para visitar.

— Imagino. — Ele inclinou a cabeça, interessado, como se realmente quisesse ouvir todos os detalhes. — A senhora sempre parece ter boas histórias de viagem.

Minha mãe praticamente derreteu no assento. Cake segurou uma risadinha ao meu lado, provavelmente pensando em quantos pontos extras ele tinha acabado de marcar sem esforço nenhum.

— E você, Fionna? — minha mãe se virou para mim de repente. — Não vai cumprimentar direito o Marshall?

Olhei de canto de olho para ele. Ele ainda estava ali, relaxado demais para o meu gosto, com aquele sorriso que parecia feito sob encomenda só para me irritar.

— Já cumprimentei. — murmurei, enfiando as mãos no bolso da jaqueta.

— Hm. — Minha mãe estreitou os olhos para mim, mas logo voltou a atenção para Marshall, toda radiante. — Precisa aparecer em casa qualquer dia, jantar conosco. Vou preparar algo especial.

Eu quase engasguei com a minha própria saliva.

— Eu adoraria. — Marshall respondeu sem perder a compostura, como se estivesse completamente confortável com a ideia.

Enquanto minha mãe falava animada sobre a Índia, Marshall respondia educado, sorrindo do jeito que só ele sabia sorrir — o suficiente para fazer qualquer adulto acreditar que ele era um anjo. Eu, obviamente, sabia a verdade.

Foi só quando o barulho da torcida explodiu em outro touchdown do Finn que ele se inclinou levemente para o meu lado.

— Então... — ele disse baixo, só para que eu ouvisse. — Vai na festa depois do jogo?

— Festa? — repeti, fingindo desinteresse.

— É. Depois do jogo, na casa do Prismo. — Ele deu uma risadinha curta. — Todo mundo vai estar lá.

Fiz menção de perguntar "quem exatamente é todo mundo", mas não precisei. Ele virou o rosto rápido, e com aquele meio sorriso que eu já estava começando a odiar, acrescentou:

— Inclusive o Flame.

O nome bateu como um tambor no meu peito. Eu me mexi desconfortável no assento, tentando manter a expressão neutra para não levantar suspeitas da minha mãe ou da Cake.

— Não sei se vou. — murmurei.

— Qual é, Fionna? Estamos cansados de saber que você sempre nega no começo, mas acaba indo. — Ele dá um sorrisinho sabido. Ele cruzou os braços, ainda olhando pro campo.

— Tá... tá legal, eu vou! — Falei em um tom um pouco mais exagerado.

Ele se ajeitou do meu lado, com um sorriso que já sabia. Passou mais alguns minutos, a torcida indo à loucura e faltando alguns segundos para acabar o jogo. Estávamos ganhando, óbvio. Finn e Jake faziam uma dupla dinâmica, nada conseguiria impedi-los.

Quando Jake passou a bola pro Finn: touchdown. Fim do jogo.

Bonnibel, que já estava animando na líder de torcida, como uma boa capitã, fez as animadoras fazerem uma coreografia já ensaiada e com o gritinho da vitória:

Conquest Manual (with Execution Errors) - FioleeWhere stories live. Discover now