— Uau — Cake sussurrou do meu lado. — Essa garota nunca perde a chance de parecer uma boneca da vitrine da Saks.
-Sim...
Estava analisando o quanto ela era bonita. Realmente, ela era um ponto de luz que se destacava entre nós, meros mortais. Ela é a garota perfeita. Cumprimentava todos, uma rainha democrática, e parou para dar um abraço no Finn — mas logo franziu a testa, provavelmente porque a fogueira ainda não estava acesa.
É, não dava pra negar que ela tinha presença.
Como se tivesse sido programado, Marshall Lee apareceu vindo de trás de um dos carros. Cabelos ainda um pouco bagunçados pelo vento, jaqueta aberta revelando uma camiseta do Black Sabbath, e um pirulito pendurado no canto da boca. Ele caminhava devagar, quase em câmera lenta, cumprimentando algumas pessoas. E claro, algumas pessoas realmente notaram — ouvi risadinhas e sussurros vindos de um grupo perto da fogueira.
Quando seus olhos passaram pelo grupo em que eu estava (sozinha, diga-se de passagem), ele hesitou por um segundo. Como se estivesse lembrando algo, revirou os olhos e andou na minha direção. Quando nossos olhares se cruzaram, ele arqueou uma sobrancelha e deu um aceno discreto, como se dissesse: tá pronta, doninha?
— Olá, Cake... Edward? — Ele olhou para o garoto por um segundo e depois para mim. — Fionna.
— Marshall. — Respondi de volta.
— Preciso da Fionna por um segundo. — Ele passou os braços em volta do meu ombro, me puxando como se fôssemos grandes amigos.
Cake o olhou desconfiada, principalmente para o braço dele em volta do meu ombro.
— Isso tá me cheirando a encrenca — respondeu ela.
Belisquei o braço de Marshall, fazendo ele tirar imediatamente o braço de cima de mim e fazer uma careta de dor.
— Já volto — forcei um sorriso para Cake.
Eu e Marshall fomos para um lugar mais afastado, atrás de uns carros estacionados. Ele se encostou em um carro, cruzou os braços e olhou para mim, obviamente com um sorrisinho idiota.
-Então, hoje começa o primeiro dia da Operação: Fisgar o Flame... - Ele começou, como se estivesse apresentando um seminário.
Tremi só de ouvir o nome que ele deu para o plano.
- Eu espero comprometimento total da dupla, foco e talvez um pouco menos de sarcasmo vindo da senhorita Mertens. - Ele continuou.
Revirei tanto meus olhos que pensei que eles não voltariam mais.
Ele riu baixo, ainda encostado no carro, me observando com aquela cara de quem sabe que está se divertindo mais do que deveria.
— Tá, então qual é o plano genial? — perguntei, cruzando os braços também, tentando não parecer ansiosa. Mesmo estando. Bastante.
-Como eu disse antes: vai se misturar. Sorrir. Participar. Agir como se você existisse fora da sua cabeça. Isso já seria um milagre, diga-se de passagem. - Ele tirou o pirulito da boca e apontou para mim. - E eu vou estar ao seu lado para que você não estrague nada.
-Obrigada por confiar em mim. - Digo em um tom irônico, tentando esconder que não pensei nisso umas cem vezes do caminho de casa até aqui.
— Não é questão de confiança. A questão é que você se comunica pior que uma porta emperrada. Se deixar por sua conta, você tropeça nas próprias palavras antes mesmo do "oi".
— Muito obrigada pela parte que me toca. Minha autoestima está ótima!
— Disponha. — Ele deu um sorriso irritante.
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Conquest Manual (with Execution Errors) - Fiolee
Teen FictionFionna Mertens só queria passar despercebida no ensino médio, ouvindo suas fitas cassete e evitando o caos social que acompanha seu irmão popular, Finn. Mas quando Marshall Lee - o garoto mais irritante (e estranhamente magnético) da escola - propõe...
8 - Bonnibel's Fall Bash
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