— Já tô meio molhado mesmo — Gumball deu de ombros.
Enquanto eles se organizam. Vou correndo pra cima com Fionna, Cake correndo atrás em pânico. Chega ser cômico essa cena, com certeza jamais na minha vida imaginaria que estaria nessa situação por causa dessa pequena doninha.
Coloquei a Fionna de pé com cuidado. Por um segundo, achei que ela fosse tombar feito um galho seco, mas ela se equilibrava... de algum jeito. Respirei aliviado.
Desvio o olhar para ver Cake que fechava a porta atrás de mim, mas quando volto pra frente. Ela começa a mexer no zíper da saia.
No. Maldito. Zíper. Da saia.
— Fionna, o que você tá fazendo? — pergunto, mesmo já sabendo que não quero a resposta.
Ela murmura alguma coisa sem sentido e continua tentando abrir como se estivesse tirando. E o pior: ela consegue.
Senti minha alma sair do corpo.
— Cake... — minha voz falha. — Cake, PELO AMOR DE DEUS!
Não esperei. Segurei os ombros dela, empurrei como se ela fosse meu escudo humano e saí do quarto em completo choque. Fechei a porta atrás de mim e fiquei ali, parado no corredor, segurando a maçaneta com tanta força que minha mão começou a doer.
Era só a Fionna. A irmã do Finn. A garota desastrada, meio nerd, com um jeito irritante de corrigir as pessoas.
Por que eu me senti tão... nervoso?
— O que você tá fazendo segurando a maçaneta do quarto da minha irmã?
E, claro, como o universo gosta de me ferrar com força, a situação consegue piorar. Finn aparece no corredor, com os cabelos bagunçados e um grande olhar de dúvida.
Preciso de uma desculpa. Rápido. Onde estão aqueles três malditos?
— Um casal idiota queria invadir o quarto da sua irmã pra usar ele — falo, num impulso. — Tô só de guarda, me certificando de que não voltem. Você sabe como ela ficaria uma fera, contaria tudo pra sua mãe e a gente nunca mais ia ter uma festa dessas.
Finn franze a testa. Ele claramente não estava esperando por essa resposta. Cruza os braços, analisando a porta atrás de mim como se conseguisse enxergar através da madeira.
— Que casal? — pergunta, desconfiado.
Droga.
— Uns desconhecidos. Sei lá, acho que nem eram convidados direito. - Eu invento na hora, apontando pro corredor como se isso validasse a história.
Finn me encara por um segundo a mais do que eu gostaria. Dá aquele suspiro dramático típico dele, como se tivesse mais o que fazer do que lidar com mais problemas por ser anfitrião.
-Entendi, obrigado Marshall!
-Disponha, irmão! - Dou um sorriso.
Quando vejo ele se afastando e descendo as escadas. Dou duas batidinhas na porta.
— Já posso entrar ou a cena para maiores de 18 ainda não acabou?
A porta se abriu e fui sugado rapidamente para dentro por Cake. Fionna parecia que estava de banho tomado e deitada na cama com o seu pijama de patinhos, adorável. Ela descansava a cabeça tão meigamente no travesseiro que nem parecia que tinha mobilizado cinco pessoas para esconder seu estado.
-Acho que ela vai ficar bem... não vai? - Cake parecia insegura, acredito que ela nunca cuidou de ninguém em um estado de embriaguez.
-Consegue só trazer um balde por via das dúvidas? - Perguntei.
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Conquest Manual (with Execution Errors) - Fiolee
Teen FictionFionna Mertens só queria passar despercebida no ensino médio, ouvindo suas fitas cassete e evitando o caos social que acompanha seu irmão popular, Finn. Mas quando Marshall Lee - o garoto mais irritante (e estranhamente magnético) da escola - propõe...
5- Desajustados
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