2 - Balada dos Anos 80

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-Juntem-se a nós. - Os dois falaram em sintonia.

Quando terminaram de distribuir os panfletos, o refeitório voltou ao normal. O som ambiente de várias pessoas falando.

— É sempre assim todo ano — sussurrou uma voz no meu ouvido.

Levei um susto tão grande que quase pulei da cadeira. Maldito Marshall Lee.

— Clássica reação, Mertens. Próxima vez, seja mais criativa. Acho que teatro não combina com você — disse ele, com aquele sorriso sacana.

— Você não tem nada melhor pra fazer, Marshall?

— Na verdade, não — respondeu, com cara de santo. Ele se encostou na minha cadeira, tão perto que eu sentia o seu corpo inclinado, encostando na minha cabeça. Pegou meu bolinho da bandeja.

— Meu bolinho!

Mas já era tarde demais, pois aquele ladrão de bolinhos deliciosos estava longe suficiente para eu ter preguiça de ir atrás e apenas aceitar que tinha perdido minha sobremesa

Cake ria, divertida.

— Não começa...

— Vocês parecem um casal — disse ela, maliciosa. — Igual criança apaixonada que implica pra chamar atenção.

— Vai se fuder — falei rindo. — Vamos lá fora, preciso de ar.



(..)



Quando cheguei em casa, estacionei a bicicleta e fui direto até o correio. Finalmente: o novo CD do Oasis. Mal podia esperar pra colocá-lo no meu walkman enquanto pintava alguma coisa no quarto. Entrei em casa num pique quase feliz, até ser puxada de volta à realidade por uma voz familiar:

— E aí, versão feminina do Finn Mertens — disse Jake, bagunçando meu cabelo.

Ergui a mão e bati de volta, fazendo aquele estalo clássico. — E aí, rapazes.

— Fionna, vem cá — Gumball me chamou com tapinhas no sofá.

— Lá vem... — revirei os olhos, fazendo os garotos rirem.

— Agora sério — Gumball parecia aflito. — Tô ainda me envolvendo com aquela garota da faculdade, mas...

— Não! Chega de conselhos amorosos — cortei. Gumball estava se relacionamento com uma garota da faculdade, ela estava apenas o enrolando. Apensar, que nunca tive uma vida amorosa, apenas leio muitos livros de romances e tento aplicar meu conhecimento literário na vida real. Eu particularmente me considero uma expert no amor. — Gumball, você é um romântico incurável.

Gumball apenas bufa, enquanto Jake ri da sua cara.

— Eu saio pra pegar cerveja e volto pra descobrir que minha irmã roubou meu posto — disse Finn, entrando com uma caixa de Budweisers.

Hoje era dia de Dallas Cowboys vs San Francisco 49ers — o grande evento da semana. Marshall ainda não tinha chegado (provavelmente ensaio de banda), e Flame tinha um ensaio fotográfico hoje (sim, ele era modelo nas horas vagas).

— Vou pegar uns salgadinhos. E Gumball, não senta no meu lugar! — gritei.

Fui até a cozinha rapidamente antes que começasse o jogo, coloquei os salgadinhos em uma vasilha para ser mais fácil para todo mundo conseguir pegar.

Ouvi a porta dos fundos abrir.

— E aí, começou? — perguntou Marshall, já pegando salgadinhos.

— Você precisa aprender a usar a porta da frente — disse, cruzando os braços.

Conquest Manual (with Execution Errors) - FioleeWhere stories live. Discover now