I didn't mean to fall in love tonight

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Quando eu tive a oportunidade de conversar com você pela primeira vez, o meu mundo meio que parou. Minha pessoa preferida tirou cinco minutos de seu tempo e falou comigo de volta. Usou carinhas felizes nas frases curtas que me respondeu, e me deixou com borboletas no estômago quando disse que me admirava há tempos. Era de uma delicadeza, uma fofura descomunal, fora do meu padrão de normal.

Era o tipo de pessoa que eu precisava proteger. E talvez, talvez fosse um pouco pessoal e eu quisesse te proteger apenas por você ser você, mas acho que dá pra entender onde eu quero chegar.

Pediu minha opinião em algo e achei a coisa mais perfeita do mundo o fato de ter considerado meu ponto de vista um dos mais viáveis dentro de todos que já havia escutado. Fiz a mesma coisa dias depois, e descobri que além de extremamente culta, tinha opinião de sobra e que "queria muito me ajuda".

Eu senti que algo era diferente. A aproximação foi incomum, os interesses eram os mesmos e a única coisa que havia nos aproximado fora duas estórias. De amor, de ódio, seja lá como queiram classificar. Nos aproximou. E eu amei cada segundinho daquilo.

O primeiro "eu te amo" chegou, e com isso as coisas ficaram frias de repente. Me dei conta que havia te assustado com a responsabilidade do meu amor, e te dei tempo. Te acalmei. E mal sabia eu, que semanas depois eu ouviria as três palavras. O medo ainda presente, mas dessa vez acompanhado da coragem de "fazer valer a pena" ou de apenas dançar conforme a música. Já era tarde demais. Já pertencíamos uma a outra.

E se passaram meses e meses e as coisas se desenrolaram. Graças a Deus. E agora falta pouco. Meses se transformaram em semanas, e agora, dias. Não é uma coisa louca? Pensar que o tempo que costumávamos dizer que andava tão devagar, passou tão depressa que nem percebemos. Dizer que não sinto ansiedade seria a mentira do século. Mas... Você sabe.

O que me conforta, é saber que em pouco tempo eu vou poder te olhar nos olhos e falar essas três palavras novamente. Sabe o que mais me conforta? Não ter dúvida alguma de que o efeito delas vai ser diferente. E vai ser a sensação mais maravilhosa do mundo.

Eu te amo — e nove dias não importam mais.

~~

Dia 1. Terraço do hospital.

"Eu não faço a menor ideia do que nós vamos fazer aqui."

A morena sorriu mostrando a carreira perfeita de dentes. Colocou as mãos no bolso do casaco e balançou os ombros.

"Também não faço a menor ideia de onde vou começar com você", admitiu.

Permaneci sentada na cadeira de rodas no canto direito no mini pátio enquanto observava atenta a qualquer movimento que Camila ou Normani pudesse executar. Senti meu celular vibrar contra minhas coxas e pesquei o aparelho entre os dedos.

"Acabei de sair de casa. O trânsito está um inferno por aqui. Não deixe as duas bruxas começarem sem mim." — D

Sorri largo com a autenticidade da frase. E apesar das duas estarem prestes a começar, eu decidi não interrompê-las. Afinal de contas, eram apenas oito dias e não tínhamos nem mais um segundo a perder.

Pelo bem de Beth.

Pelo bem de Camila.

"Você tem medo de alguma coisa?" Escutei a mais velha indagar. A Cabello franziu o cenho com a pergunta.

"Tipo altura, animais perigosos ou...?" Coçou a nuca apoiando o peso do corpo sobre a outra perna.

Normani riu.

Get Me OutOnde as histórias ganham vida. Descobre agora