Olá, meus amores!
Vocês acreditam em milagres de Natal? Pois bem, só com Jesus nascendo pra essa fic atualizar, não é mesmo? klajkdlasj
Antes de mais nada, eu quero agradecer pela paciência e impaciência de vocês, por não desistirem dessa fic (ainda), e que apesar de meus motivos pela falta de updates serem razoavelmente válidos, não justificam a quantidade de tempo que fiz vocês esperarem pelo capítulo 33.
Antes de mais nada, eu gostaria de recomendar a vocês que lessem os últimos 3 ou 4 capítulos, apenas pra lembrar o que aconteceu por último. Em especial, o final do capítulo 8 e início do capítulo 9, pois alguns acontecimentos desse capítulo irão fazer mais sentido pra vocês se estiverem com a memória fresca.
Sem mais delongas, espero que gostem, e espero que eu não tenha perdido o tempero da escrita. Apesar das duas revisões, errinhos de português são bem possíveis pois estou sem meus óculos.. De qualquer forma, vamos lá.
Boa leitura.
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"Você é uma aberração", cuspiu as palavras não demonstrando um pingo de remorso enquanto via a morena praticamente sufocar.
Eu estava sem chão.
"Me larga", Camila pediu em meio a tosse persistente. Calma demais. Serena demais. "Não faça nenhuma besteira, por favor", suas mãos praticamente penduradas no braço esquerdo do pai que envolvia seu pescoço igual uma jiboia prestes a dar o bote.
A arma colada na têmpora direita de sua cabeça não parecia assustá-la. Por um segundo, agradeci por Sofia não estar presente.
"Besteira?" O homem riu, claramente mostrando sinais de embriaguez. "Do tipo eu estragar minha família?" Gargalhou. "Ah.. Isso você já fez", baixou o cano da arma para a bochecha de Camila, apertando-a com força contra sua pele pálida.
Eu estava sozinha. Não conseguia acreditar que seria a pessoa a testemunhar isso.
Não conseguia conter minhas lágrimas.
Era aquilo? Nadar e nadar para morrer aqui?
Aqui!
Os olhos castanhos cruzaram com os meus por breves segundos. Um arrepio como nenhum outro percorreu o meu corpo inteiro antes de ver Camila se desvencilhar do pai de forma brusca e um tiro ecoar no hall. Estilhaços das janelas laterais estouraram ao meu lado, me fazendo cair no chão com o baque.
No segundo em que abri os olhos, os dois estavam no chão.
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Um mês antes:
"Você já ligou para a polícia?" Indaguei nervosa abraçando a mulher em prantos em minha frente. O soluçar do choro incessante fazia seu corpo tremer violentamente em meus braços.
Não conseguia me lembrar da última vez que havia visto alguém chorar daquela forma.
"Não", respondeu alcançando um saquinho transparente com três cubos de gelo dentro. Seus olhos estavam inchados e avermelhados. Estava trêmula também.
"Sofia.." Lancei um olhar incrédulo. Um terço de mim indignada, outra com pena, outro ainda tentando entender como aquilo foi acontecer. Deus, que situação. "Sinu, você precisa se acalmar."
"Fiquei com medo do que poderia acontecer com o divórcio se eu ligasse", tentou justificar. "Fora que não consegui sair do lado dela."
"Eu sei", suspirei fundo tentando desprender os braços trêmulos ao redor de minha cintura. "Sinu, eu preciso que você sente, ok?"

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Get Me Out
FanfictionNos últimos dois anos tudo o que eu mais queria era não ter que ir àquele manicômio todos os meses para visitá-la. O que é irônico, porque justo no dia em que ela finalmente saiu de lá eu encontrei uma razão para voltar. #3 5H (01/02/2020)