Dear Whispers

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AS CARÍCIAS FAMINTAS e o beijo voraz pareciam tão naturais, quase como se ressoássemos na mesma frequência e buscássemos saciar uma vontade primitiva — com nossos corpos destinados a conectarem

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AS CARÍCIAS FAMINTAS e o beijo voraz pareciam tão naturais, quase como se ressoássemos na mesma frequência e buscássemos saciar uma vontade primitiva — com nossos corpos destinados a conectarem. Lentamente qualquer resquício de ansiedade desapareceu sendo substituído por um instinto desconhecido que desejava experimentar o que aquele contato nos conduziria.

O ar escapou pelos meus lábios junto de um gemido — longo e melífluo. Meu corpo tremia e o coração saltava com as emoções que germinavam a medida que os toques se tornavam mais desprovidos de pudor e o calor irradiava para o ventre, uma impressão estranhamente relaxante.

Incerta sobre o que fazer, permiti que minha curiosidade tivesse maior influência sobre minhas mãos; toquei cada centímetro da tez quente dele, apertando os músculos, mapeando os contornos tonificados de seu corpo que agora não tinha vergonha nenhuma em acariciar. Dante riu baixinho da minhas tentativas de apalpá-lo, tendo paciência para explorar os cantos mais sensíveis meus por baixo da roupa que vestia que logo saiam do alcance.

Quanto mais envolvida estava, mais peças de roupa escapavam e mais agitado ficava.

O sofá parecia pequeno demais para caber nós dois, mas não queria que ele parasse somente para mudarmos de um lugar a outro. Na verdade, pelas fantasias que estavam brotando na minha cabeça já imaginava fazendo coisas em qualquer recanto da agência.

— Que cara é essa, doçura? — o tom mordaz denunciava que ele sabia a razão, mas que gostava da ideia de me deixar constrangida.

Vendo-o praticamente nu, não resisti muito a admirar como a umidade em sua pele, da chuva que ele tomou, se aderia aos músculos dele que, sob a luz fraca, brilhava de um jeito que lembrava uma peça de arte muito mais onírica que algo próximo a realidade. Com Dante pairando acima de mim, me encarando com uma intensidade cativante, despertava um sentimento borbulhante que me encorajava a me entregar ao que ele queria.

Ele enterrou desleixada mente o rosto em meu pescoço, beijando e mordiscando com delicadeza. Fechei os olhos por um segundo ignorando a autoconsciência martelando em minha cabeça sobre precisar me cobrir e quão vulnerável estava por estar seminua, sendo devorada e subjugada pelas mãos gastas do caçador.

Não sei se minhas percepções confusas se tratavam de um efeito evidente da minha inexperiência, mas sentir Dante se apropriar, figurativamente, do meu corpo ao morder cada área sensível, quase revirei os olhos com a sensação intensa que se acumulou em meu ventre. Faminto, o caçador se ocupou de beijar e sugar a pele da minha barriga, descendo lentamente para minha virilha. Ele parou, como se fosse um pedido mudo para prosseguir se certificando que estava confortável com tal ousada empreitada: cerrei aos pálpebras tanto de vergonha quanto de estranhamento e êxtase com o modo ágil e assertivo que a boca e língua dele estimulavam minha intimidade. Era quase se ele conhecesse as terminações nervosas que triplicavam a impressão de algo vindo que preencheu cada átomo do meu corpo com um prazer quase inebriante demais para formular em palavras. Tudo que escapava por meus lábios entreabertos era o seu nome, um mantra que não cansava de repetir.

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