In Your Only Memory of Me? Please, Never forget me!

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SABE ESSES CLICHÊS SATURADOS de filmes no qual o protagonista enxerga o mundo em câmera lenta enquanto uma sequência louca de eventos transcorrem bem diante de seus olhos? Diria que estava assim e posso afirmar com toda convicção: não tem nada de ...

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SABE ESSES CLICHÊS SATURADOS de filmes no qual o protagonista enxerga o mundo em câmera lenta enquanto uma sequência louca de eventos transcorrem bem diante de seus olhos? Diria que estava assim e posso afirmar com toda convicção: não tem nada de épico ou agradável na sensação de inquietude pelo medo de que aquilo fosse uma espécie de “chamada final” e tudo terminasse em tragédia, como ultimamente tem sido. Nem sequer me recuperei plenamente da loucura toda que Ace, aquele cretino mentiroso, tinha me feito passar. Se houvesse mesmo vida passada além do conceito ficcional — o que em teoria até combina com esse mundo que o sobrenatural coexistia com a humanidade —, devo ter sido uma pessoa bem ruim para ter tanta má sorte nessa.

Dividindo as inúmeras possibilidades e catalogando para as que realmente poderia se desdobrar como uma garantia, aquilo de “você tem vários percursos e somente alguns darão bom resultado”, para meu desgosto, nenhuma seria favorável para mim e acabaria tendo uma noite bastante agitada. Considerando minha posição atual, as chances de partir dessa pra melhor ou virar novamente alvo de sequestro eram consistentemente altas, o que dobrava a aposta de me dar mal não importava o que tentasse fazer para impedir.

Isso de ser uma pessoa do “mundo real” que reside temporariamente em um fictício perdeu todo propósito e a ilusão ingenuamente deslumbrada de outrora. Desejava pôr um fim naquilo e retornar a segurança da normalidade — ou o que acredito ser. Duvidava um pouco do que seria ou não meu “normal” naquele momento, dada as circunstâncias bizarras.

— Você precisa ocultar sua aura — a voz de Alexander me alertou do absoluto nada. O susto me desequilibrou, meus pés escorregaram no formato ligeiramente irregular do telhado, e meu corpo resvalou para trás. Riscaria da lista uma das formas de me dar mal: despencar de uma altura nada confortável.

Alexander reagiu de imediato esticando a mão fantasmagórica para aparar minha queda, no entanto, quem conseguiu, de fato, me salvar antes do inevitável foi Nero ao agarrar firmemente meu braço a tempo — o que estranhamente enviou uma leve descarga elétrica pelo meu corpo todo. O choque e o pânico me imobilizaram, quase em um transe ocasionado pelo incidente, enquanto ele se interpôs entre mim e a criatura hostil que se avizinhava de nós preparada para atacar, sedenta pela luxúria doentia de um predador.

Versado no que tange batalhas contra demônios, Nero apontou sem pestanejar a sua pistola assinatura, Blue Rose, e atirou. Para um bom entendedor da mecânica de combate do rapaz, essa arma possuía alterações e melhorias de desempenho, desenvolvidas pelo dito cujo, que atribuíam maior vantagem para destruir camadas mais grossas antes do abate. Resfoleguei entre arfadas sôfregas, aturdida com a rapidez em que tudo terminou após o surto inicial e a maneira como o caçador conduziu, um tanto improvisado, expandiu minha perspectiva a respeito da persona dele e seu indubitável caráter.

Claro, os percalços não faltariam se for levar em conta que Nero desconfiava de mim devido ao que Ace, no auge de sua megalomania, me manipulou a executar e, ainda assim, não hesitou em me proteger. Abri a boca para agradecê-lo, mostrar a dimensão da minha gratidão, contudo, nenhum som saiu, minha voz morreu antes de articular uma frase coerente para prestar meus votos sinceros apreciando o caloroso gesto.

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