🍁CAPÍTULO 28🍁

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🍁Louis

Senhor, vamos fazer uma parada na cidade de Porto para que possa comer e descansar. Um dos soldados da escolta me disse. Bem, as coisas haviam mudado muito, depois do surto que o Magnus teve ao descobrir que eu sou o ômega dele basicamente ele me prendeu.

Me lembro de ir dormir de novo e quando acordei as terras da Casa de Oscar não se conseguia ver mais neve, era cavalo e homens por todo lado, carnes assando, gente falando e tudo mais, era os soldados dos Lamark e dos Wolf. Magnus veio falar comigo e disse seus termos, eu deveria seguir com ele, eu não tinha opção nenhuma a não ser aceitar isso.

E cá estou eu, tive que me despedir dos meus amigos e partir, fui o caminho todo chorando, escoltado por dez soldados de elite que dava para ver apenas os olhos de tanto ferro que vestiam. Magnus estava a frente do pelotão dando ordens e nos guiando ao Castelo dos Lamark.

Tudo bem, Senhor? Um dos homens me perguntou ao me ver chorando de novo.

Está sim... Foi tudo que disse, eu sentia os olhos deles sobre mim, olhos de pena. Quando já estávamos bem longe da minha casa, vejo se erguer ao horizonte uma cidade grande e forte, muros altos e cheia de gente.

Chegamos Senhor! Falou o soldado e estávamos quase entrando na cidade, havia bastante gente, alguns nós achavam com interesse e outros com medo, talvez pela quantidade de homens que nos levavam. A gente parou em uma fortaleza, acho que era a casa de alguns nobres, os cavalos param e um dos soldados me dá a mão para eu descer.

Obrigado, mas eu sei descer de um cavalo. Eu disse descendo e tomando meu caminho para ir ver a paisagem, a fortaleza era alta e dava para ver muitos dos terrenos do Norte, a neve nesta região não estava mais caindo, deveríamos estão bem distante de casa, enquanto olhava a paisagem noto que o troglodita está conversando com um dos generais dele, parecia dar um sermão, coitado daquele homem.

Parece que está totalmente perdido, não é? Uma voz paira sobre atrás de mim e quando me viro vejo tratar de um homem mais velho, vestia uma armadura dourada.

Impressão sua! Eu disse.

Sou Lord. Selmy, seu guarda real agora. Ele disse olhando o horizonte, parecia que aquilo não é nada.

Meu mesmo não, você é um subordinando daquele brutamontes ali, monte de músculos burro! Digo com raiva, eu tava com ódio do Magnus.

Você só está com raiva, acredite. Maguns não tem culpa nesta história toda, ele veio ao Norte em uma missão e do nada encontra o ômega dele, um plebeu e sem nome importante, ele vai ter que enfrentar a Aristocracia de Roma por sua causa. O velho disse e aquilo me fez pensar em como as coisas mudaram.

Eu não queria isso, ele me forçou, me colocou entre soldados e está me levando para sabe-se Deus lá onde! Eu disse dizendo o que para mim era verdade.

Está certo, ele fez o certo, Louis. Ou você queria enlouquecer pela distância do seu alfa, matar a todos que ama? Ele disse triste, muito triste.

O que? Eu perguntei interessando na história.

Louis, um ômega Lúpus quando fica distante de mais do seu destinado passa por um processo de degradação físico e psicológica e no final ou se mata ou mata todos que ama. Queria matar seus amigos lá no extremo norte, ver seu sangue lavar o chão? Claro que não! Agora trate de pelo menos ser educado com a família que vai nos receber, eles não sabem de nada e assim deve permanecer. Falou o velho me fitando com autoridade, aquilo me pegou de surpresa, não tinha parado para pensar por esse lado da história.

Eu sinto muito, não sabia... Eu disse com um ar de constrangimento.

Vamos entrar, os Lords nos aguardam. Disse Selmy e fomos andando, alguns nos olhavam diretamente, acho que estavam me julgando pelas roupas de plebeu. Fomos entrando nos salões até que um grupo de empregados nos param e guiam até um quarto, onde ei fico sozinho, claro, com dois guardas na porta.

Sento já na cama macia e sinto o conforto que havia naquele lugar, mas a saudades de meu lugar, dos meus amigos bate e então eu choro de novo, eu estava com muito medo, medo de ser descoberto, medo de ser preso, medo de prejudicar quem eu amava, medo do homem que era meu Alfa.

No que eu fui me meter, me ajude meu Deus. Falei indo até a sacada da janela e olhando para o horizonte, não sei de onde viria meu socorro, mesmo em frangalhos a minha alma se negava a não ter esperança e fé, fé em quem eu resolvi me tornar. Seja no Norte, seja na Capital, seja onde for, eu serei eu mesmo e cuidarei daqueles que precisam. Instantes depois de pensar nisso eu ouço a porta ser aberta, sabia de quem se tratava.

O que quer? Pergunto nem mesmo olhando para ele.

Vim trazer suas novas roupas, tome banho e vista-se adequadamente, não é mais um plebeu. No almoço não fale com ninguém, se perguntar deixe que eu fale, seja obedinete, não saia do olhar dos soldados, nem tente fugir por que tem três centenas de homens no seu encalço. Ele disse, se tratava de uma caixa de papel bem embalada, olhei no fundo dos olhos dourados dele que me vasculharam por inteiro.

Saia... Eu disse não querendo conversar mais com ele, eu estava me controlando para não jogar minha magia contra ele, seria um completo desastre.

Aproveite enquanto estamos na casa dos outros, Louis, pois quando chegar na Capital, na minha casa, não vai poder fazer o que bem entende. Ele disse pegando em meu braço, mas sem violência, parecia que tocava em uma porcelana frágil.

Pare com suas ameaças! Já não chega dessa baboseira de ômega e destinado? Eu disse irritado, por que no fundo eu sabia que ele jamais faria mal a mim, sempre soube.

Seja homem Louis, não é mais um menino, um pequeno agricultor ou oleiro da plebe do Norte... você é um homem agora, seja um homem. Ele disse olhando no fundo dos meus olhos, tinha medo neles.

Me deixe ir... Falei quando ele tocou na maçaneta da porta, ele se virou antes de partir e olhou para mim de volta.

De novo não. Disse e saiu. Como assim de novo não? A gente nunca se conheceu antes... ou será que sim?

Continua...

MEU ALFA É UM VIKING (ROMANCE GAY)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora