🍁CAPÍTULO 09🍁

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🔸️Louis

Passaram-se alguns dias desde o roubo em minha casa, não havia ido mais a cidade por que parece que as estradas estão ficando perigosas, não sabem ao certo o que seja, mas só sei que Oscar veio com seu pai aqui há alguns dias e disseram que estavam comentando isso na cidade.

Por isso eu fiquei mais em casa, o tempo se passavam devagar e o clima estava constantemente chuvoso pela noite. Ouvi falar que haviam soldados recém chegados estavam acomodados em lugares da cidade, ao que parecem vinheram da Capital em busca de sabe-se lá o que.

Na verdade eu evitei ir a cidade por causa disso, era impossível algum bruxo escapar dos farejadores, eles são soldados especiais do Império capazes de rastrear sangue bruxo, qualquer um que possa canalizar é posto em perigo quando eles estão por perto. Então permanecer em casa era a melhor coisa que eu poderia fazer neste momento, permanecer no meu cantinho.

Nesse momento eu estou trabalhando na horta, desde que cheguei eu foquei em colher o máximo de coisas possíveis para economizar no que preciso comprar, eu plantava frutas e verduras, mas precisava de madeira e carnes para comprar e isso era caro em comparação ao que tinha no bolso.

Dou um leve tapinha do meu lindo amigo touro, eu o dei o nome de sorriso, ele era um grande touro que usava para arar a terra e depois plantar. O meu amigo não gosta que o batam tão forte pois isso o machuca, então eu dou apenas tapinhas em suas ancas para que ele faça seu serviço, tudo sem violência.

Vamos amigão... Eu disse e ele me olhou nos olhos, parecia que estava tentando se comunicar ou algo do tipo, isso acontecia constantemente. Olho uma vez para o lado onde estava a estrada e vejo uma carroça passando com um casal de velhinhos.

Passam-se as horas e eu já estava cansado de tanto trabalhar, o sol se punha e com ele um Louis totalmente acabado de suor e calor. Me sento em um banquinho de madeira debaixo da sombra de uma árvore centenária e fico olhando a paisagem por um tempo, até que escuto o uivo de lobos ao longe, era alto e muito forte e isso era incomum.

Comecei a olhar para os céus, tanta beleza há neles, imagina, tanto poder para fazer tudo isso... tal perfeição me deixava maravilhado. Fui sentindo um vento forte e impetuoso descer dos montes e vir até mim com um aroma suave de flores, as flores passaram por mim e vi a silhueta de uma mulher dando seus cumprimentos a mim, eu a dei retorno, isso era comum para mim, o nome dela era Elendil, a senhora da paz. Eu a dei esse nome, desconhecido do nada? Sim, eu gostei dessa aparição e a dei o nome que achei na cabeça.

Os ventos foram trazendo mais aromas e sinto o formigar das minhas mãos deixar evidente que precisava esvaziar as reservas... me concentrar nos meus pensamentos me faz controlar a vontade pulsante de esvaziar o poder que de mim emana, as vezes eu não conseguia mais e ia para a floresta nas madrugadas para deixar o poder sair na forma de rios de águas ou em tempestades de pétalas de flores, os animais vinham a mim e com eles eu poderia curar suas feridas e dar origem a plantas. Ninguém nunca me descobriu e assim deveria ser, para sempre.

Sou tirado dos meus pensamentos quando os primeiros pingos de chuva caem dos céus com força, descido tomar um banho de chuva bem gostoso para me refrescar do dia quente que passei hoje, dançar na chuva sem ter ninguém para lhe julgar era uma das coisas melhores que poderia haver.

Pego um pingo de água e o manipulo no ar dando um formato de um pequeno animal, já bem animado eu pego minhas ferramentas de trabalho e as guardo por que está escurecendo, vejo os animais e tranco meu local de trabalho para que nada seja roubado de novo.

Depois de tudo feito retiro minhas roupas e as coloco no varal para que de manhã elas estejam secas de novo. Entro em casa e deixo uma das janelas da frente abertas para a estrada que estava deserta. Pego uma panela de barro e coloco no fogo como de costume, guio minha magia para a madeira que logo pega fogo aquecendo a panela com água.

Hoje o que eu farei? Eu disse em voz alta, talvez pata me sentir menos sozinho, pois eu era muito.

Uma sopa de novo? Não estou com vontade... que tal uma carne assada com pão. Eu disse pensando bem e logo começo a colocar a manteiga para assar a carne e amasso a massa do pão para colocá-lo no forno de barro.

...

Vou ao alpendre e apago todas as lamparina em casa para que não fique visível no escuro, ninguém nunca se sabe quem espreita nas trevas, poderiam ser pessoas ruins. Fecho as janelas e as tranco, apago o fogo a lenha e depois me deito na minha caminha, fico acordado com medo. Viver sozinho ma zona rural era uma coisa bem ruim, tinha seus pós, mas os contras também pegavam bastante, se eu não tivesse magia eu com certeza optaria por morar com outras pessoas.

Mas tendo o dom que eu tenho viver só era necessário, as vezes não consigo usar ou controlar meus poderes e podem ficar visíveis e isso era complicado. Enquanto tento pegar no sono ouço uivos ao longe rosnados de algumas coisas bem estranhas, aquilo era animalesco.

Lobos? Eu falo bem baixinho para mim mesmo. Pego uma faca que fica na minha cabeceira e me levanto em ponta de pé, vou até a janela e ouço as madeiras rangendo com o meu peso, paraliso na hora e me sento em uma cadeira que fica perto da janela que dá para a estrada...

Fico ali olhando tudo que está fora, nada vejo e um silêncio aterrador toma conta do ambiente, nem os ventos ousavam fazer presença, seguro firme a minha adaga afiada e fecho os olhos e me concentro nos pontos de vista que tenho na floresta.

Uma magia complexa que me permite saber quem está a espreita, ouço passos rápidos de coisas pesadas com armaduras e armas, eles quebram os galhos das plantas e as folhas secas, correm com muita rapidez. Com muita delicadeza sinto uma borboleta pousar no meu ombro e a olho assustado, ela havia vindo me dar informações quando era algo que incomoda a floresta.

Quem são, minha amiga? Eu falei baixo para a pequena que sobrevoo meu ouvido.

Seres das trevas, que há muito não víamos... se esconda Louis, se esconda, rápido! Ela disse e escuto passos ficarem mais audíveis.

Continua...

MEU ALFA É UM VIKING (ROMANCE GAY)Where stories live. Discover now