MEU ALFA É UM VIKING (ROMANCE GAY)

🍁CAPÍTULO 18🍁

🔸️Louis

Dormi como um bebê a última noite, me levanto da cama já bem disposto para mais um dia de trabalho, ao passar para a sala de casa eu noto algo estranho, a lareira estava apagada e uma coisa branca caia em cima das cinzas. Chego mais perto de lá e me abaixo pegando os farelos com cuidado, os mesmos se desfazem em minhas mãos.

Que lindo... digo sentindo um frio passar pela casa, que estava muito mais fria que o normal. Abro a janela e me assunto com o que vejo, todo o jardim e bosques estavam abarrotados de neve, muita neve, o inverno havia chegado.

Saio de casa com um casaco de couro que havia feito há alguns anos, quando coloquei o pé fora da cabana senti a frieza me pegar em cheio, logo fico batendo os queixos de tanto frio. Mesmo assim eu tomo o caminho para ver como os meus bixinhos estão, assim vou para os fundos da casa.

Ainda bem que vocês estão bem, pensei que estariam mortos. Disse ao notar que meus animais estavam com saúde mesmo com a frieza, mas quando olho para o galinheiro vejo que elas não deram tanta sorte, estavam mortas, todas elas, pego todas elas para tratar e poder comer depois.

É bom colher alguns cogumelos enquanto ainda tem... Eu disse pensando alto e me ponho a ir para dentro da floresta, depois de alguns minutos caminhando pela neve eu avisto uma grande árvore e nela havia muitos cogumelos.

Esses são perfeitos para comer com sopa, uma delícia. Eu digo sorrindo em alegria, a vida seria mais difícil agora, teria que caçar, aproveitar todo tipo de planta e até mesmo pescar, que não era nada o meu forte.

Louis, Louis, parece que ficou mais difícil... Eu disse pensativo, se pelo menos eu houvesse acolhido o convite de Oscar para ficar junto a sua família provavelmente não precisaria ter que lidar com tantas dificuldades, porém isto não mudaria em nada a essa altura do campeonato.

Vou me aproximando do rio que corre perto de minha cabana e chegando ao local eu tomo um susto, pois está tudo destruído, as plantas estão chamuscadas e os troncos queimados a ponto de ficarem parecido com carvões.

O que aconteceu aqui? Eu falo me abaixando ao chão e vendo o sangue que lava a neve como uma marca enorme. Levanto o meu olhar seguindo o caminho do sangue na neve, vou caminhando lentamente até que paraliso em meu lugar...

Por Eros. Eu digo colocando as mãos em minha boca, havia um homem jogado aos pés de uma grande árvore, o chão tinha uma possa de sangue. Ele estava quase todo coberto por neve, eu rapidamente pego meu casaco e coloco nele esperando que o mesmo se aqueça o mais rápido possível.

Olá, pode me ouvir? Eu disse, mas ele nem ao menos abriu os olhos, uma vontade de chorar passou pra mim, um desespero imenso, por isso eu retiro a neve de cima dele e o chacoalho para que ele acorde.

Acorda homem!!! Eu disse ao gigante que abriu um pouco os olhos, mesmo que bem pouquinho.

Louis... Ele disse baixo, como assim esse homem sabia meu nome? Ele dorme de novo e eu resolvo ir em casa pegar alguma coisa para carregá-lo, corro até lá e pego uma porta velha que já nem prestava mais, porém ela serviria como uma maca improvisada, quando volto ele está no mesmo canto.

Aguenta firme! Vou lhe salvar pequeno gigante. Eu falei tentando deixar as coisas menos piores, a neve começou a cair de novo e mais forte, os ventos me deixaram com muito frio, eu estava apenas de calças. Com muita dificuldade eu coloco a porta ao seu lado e tento o colocar em cima, mas ele era muito pesado e grande.

Por favor me ajude. Eu disse depositando a mão em seu rosto e ele abriu os olhos de novo, ele estava ouvindo tudo, mas estava muito cansado e debilitado. Então, com suas últimas forças o homem se deita em cima da porta. Com isso o casaco que o havia cobrado caiu e ele ficou despido e eu nunca havia visto nada daquilo... era grande! Tomei um susto, eu e ele éramos homens, mas ele tinha algo diferente. Rapidamente eu coloquei de novo o cobertos nas suas vergonhas.

Vamos, é perigoso ficar aqui. Eu falei amarrando cordas na maca e fui puxando, ele nem saiu do canto, quando penso em desistir meus dois touros vem me ajudar. Amarro as cordas nele e vamos puxando o homem até a entrada da minha cabana, onde eu consigo o empurrar até o meu quarto e colocá-lo na minha cama, eu quase morro de tanta força que fiz.

Ele estava ferido e sangrava muito, haviam cortes em seu corpo inteiro e um em especial me chamou atenção, ele estava necrosado e muito feio. Vou a cozinha e coloco um tacho de água para ferver e depois eu volto ao quarto para limpar o corpo dele, menos a parte de baixo que eu não podia.

Você está seguro agora, não precisa ter medo... Falei quase chorando, aquilo doía em mim também, ele estava muito distante em sua alma, eu sentia isso pelo meu espírito, ele tinha uma aura pesada, tinha sido alguém bom, mas não sei o que houve com ele.

Depois de limpar suas feridas e fazer um curativo melhor na ferida do peito eu o cubro com dois cobertores bem grossos e ponho uma fralda morna em sua testa e deixo ele sozinho no quarto, me sento na cadeira da sala e fixo os olhos nos homem que dorme profundamente.

Ele tinha cabelos loiros e grandes, um corpo alto, muito alto, forte e robusto, ele com toda certeza era um homem lobo e eu sabia que eu estava assinando minha sentença de prisão quando ele acordasse e soubesse que eu era um bruxo. Mas eu tinha que ajudá-lo de alguma forma, não poderia deixar ele morrer sem nem mesmo ajudar.

Em seu sono profundo eu volto aos meus afazeres diários e faço comida para quando ele acordar, arrumo a casa, cuido dos bixos e por começo a trabalhar como oleiro para distrair a mente, de vez em quando eu ia lá o olhar, como ele era lindo, charmoso e com certeza um homem muito forte quando com saúde.

Eu não poderia negar que meu coração ficava mais quente junto dele e minha cabeça virava do avesso só de imaginar ele em minha frente, aquele estranho de cabelos negros e porte de um touro estava em minha casa como um desconhecido e meu coração já ficava batendo forte só de pensar nele.

Continua...