🍁CAPÍTULO 11🍁

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🔸️Louis

Já haviam se passado mais de horas e eles permaneceram escondidos nas moitas, minhas carnes tremiam tanto que eu batia meia meus dentes quase o quebrando. Minha voz estava rouca e inaudível, olhei para as minhas mãos eu a vi totalmente enrugadas pela água fria, olhei para a superfície dela e já se formava bem timidamente uma camada de gelo, o inverno havia chegado.

Sentia a todo o momento a secura na minha boca, apesar se estar em um mar de água, sentia uma coisa úmida sair se mim e eu estava com uma dor insuportável na minha coluna, era como se estivesse a quebrando ou mil facada estivessem me acertando no final da minha bunda ao final da minha nuca.

Havia um oco na minha barriga, era como se faltasse algo dentro ou como se meu corpo estivesse se esticando. Esse era o peso de um cio, de ser a pora, a merda de um ômega. Passaram-se alguns minutos e eu já estava quase perdendo a minha razão então decidi aceitar meu destino. Aos poucos fui me arrastando para o raso do lago e os orcs saírem de seus esconderijos.

Terá o que quer seu diabo, mas não hoje nem com ninguém, morra! Disse aquilo o surpreendendo com uma flechada no olho, ele saiu doido de dor, gritava como se estivesse morrendo e eu saquei uma adaga da minha cintura, já via os outros orcs entrando dentro da água para me ter, saquei a adaga e a encostei no pulso.

Estou com medo, mãe. Por favor me dê coragem nesse momento, que nem a senhora teve... -. Disse chorando ao sentir a adaga rasgando o primeiro filete de carne do meu braço. Olhei para os céus e vi o sol quebrando a barra, era uma bela vista para se ver uma última vez.

Fecho os olhos e sinto os os raios esquentarem meu rosto, mas o que me esquentou mais ainda o coração foi os estrondos que davam indícios que uma besta violenta estava para invadir aquele lugar. Abri os olhos e me virei para o alto da cachoeira, foi no fatídico momento que eu vi, junto aos raios do sol que rompiam a noite de uma madrugada de pesadelos, o que mais parecia um sonho.

Um grande lobo de pelagem negra como a noite uivou tão alto que senti quase meus ouvidos estourarem e todos os animais da floresta fizeram silêncio, as folhas voaram e os orcs se urinaram com medo. Eu pensei que ele iria descer nas pedras, mas o seu pulo foi tão forte que ele caiu de muitos metros em meio aos monstros.

A luta estava dada, alguns orcs recuaram em medo, no entanto os demais pareciam sair de muitos cantos, eram muitos para ele, mas parecia que aquele ser não era deste mundo, pois quanto mais apreciam ele os matava. Seus dentes eram do tamanho de uma cabeça humana e partiam ao meio qualquer ser.

Com uma aura pesada de dominância ele era veloz que nem um raio, vi quando um orc pulou em cima de suas costas e mordeu seu pescoço, mas o grandão o pegou pela cabeça e esmigalhou com seus dentes, mais e mais apareciam e ele com apenas uma pata os partia ao no meio.

A luta não durou mais que três minutos, foi tudo muito rápido e quando tudo estava acabado restou aos demais monstro fugirem e a besta violenta andar em meio ao território e brandir como quem afirmava que aquele território era dele, a sua propriedade.

Ele uivava marcando território e eu fiquei ali olhando para ele como se aquilo fosse uma visão, será que eu estava morto e não sabia? Ele se virou para o rio e bebeu um pouco de água, parecia sedento, seus olhos se concentravam em matar a sua sede, mas quando se deu por satisfeito ele foi erguendo lentamente os olhos e os meus se encontraram com aqueles vermelhos escarlate.

Foram poucos milésimos de segundos até que eles mudaram de cor para um azul absolutamente deslumbrante, era imponente, másculo, forte, violento e frio. Aquele olhar me atingiu em cheio como se me conhecesse e isso era recíproco. Ele me lembrava alguém, mas não me vinha à memória.

Por mais que aquele lobo gigante de não sei quantos metros tivesse acabado de matar mais de meia centena de feras ele me parecia confiável, não sei o que me deu, mas eu comecei a andar. O dito cujo apenas ficou ali paralisado me olhando da margem, minhas pernas tomaram o caminho próprio e eu apenas aceitei.

A cada metro a dor que antes eu tinha foi embora. Senti que a água puxou minhas vestes e lá ficaram, sai finalmente da água e se apresenta despido para aquele animal selvagem. Ele nem era gente, não tinha problema, incrivelmente quando eu saí da água ele abriu a boca toda e eu tive medo dele querer me matar assim como fez com os outros.

Porém eu continuei a andar e o vi girando a cabeça conforme eu andava e me ditanciava dele, o grande lobo ficou para trás e não parava de olhar para mim, parecia estar tranquilo. Tomei o caminho até minhas coisas e tentei sair de fininho, mas eu não contava que minhas pernas estivessem inchadas e vermelhas como um pimentão pela água fria do rio.

Só não caí de cara nas pedrinhas da orla pois me apoiei em uma árvore, eu minhas forças estavam esgotadas e nem mesmo conseguia abrir meus olhos, mas na ver que os abri vi que meu pulso sangrava muito, agora que meu corpo estava quente meu corte sangrava que nem um riacho, talvez pela água fria do lago o corte estivesse estancado.

Fiquei ali que nem um idota pedindo a deus que aquele bicho violento não me comece. Por mais que ele agora parece dócil, não parava de olhar para o meu traseiro, ou ele era um tarado ou estava se preparando para me desossar que nem fez com os bixos das trevas. Fechei meus olhos porque não aguentava mais a fraqueza.

Incrivelmente eu senti uma pelagem macia passar por debaixo da minha cintura e me erguer, aquele bixo me estava levando para um canto aleatório da floresta em suas costas, elas eram macias e seu cheiro era delicioso, uma mistura de maresia com cheirinho de carvalho e baunilha.

Obrigado por me salvar, eu lhe devo minha vida. Disse com o pouco de força que ainda tinha, o lobo nada fez, parecia muito focado em nos levar para perto de uma grande árvore que ficava há alguns metros da cachoeira.

Eu fechei meus olhos por um momento e me aconcheguei naquela pelagem macia, porém eu senti que ele estava também machucado, o grande lobo já estava ferido desde antes de chegar aqui e parecia fraco para continuar a sua jornada.

Ele parou perto da árvore e me depositou em uma grande pedra, logo em seguida ele se deitou perto de mim e me aconchegou em sua pelagem cuidadosamente, acho que se ele não agisse assim com certeza eu seria esmagado pelo seu peso.

Ele então virou sua cabeça para mim e com delicadeza abocanhou meu pulso o colocando sobre sua barriga, ali ele o lambeu e magicamente o mesmo parou de sangrar, as carnes se fecharam e tudo se fez novo, parecia que nunca havia tido nada ali. O olhei nos olhos e agradeci pela ajuda, ele apenas virou a cabeça como se estivesse magoado com algo, ele parecia gente, só faltava falar.

Ei, senhor lobo, acho que preciso partir... agradeço por salvar minha vida, lhes serei grato por toda a vida. Eu disse e ele olhou para mim com uma cara de quem não havia gostado nada daquilo, abriu sua boca e mostrou seus dentes me demonstrando força e controle. Fechei os olhos pois pensei ser o meu fim, mas não era.

Continua...

MEU ALFA É UM VIKING (ROMANCE GAY)Место, где живут истории. Откройте их для себя