🍁CAPÍTULO 07🍁

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🔸️Magnus

Saio da Capital em busca dos vestígios dos orcs que haviam passado pela muralha ao Norte e feito maldades ao povo de lá, pelo que soube eles estavam procurando por algo, as notícias mais recentes que temos é que eles atacaram um vilarejo fraco perto das floretas que ficam bem mais distantes do Castelo do Senhor Do Norte.

Os pequenos vilarejos e cidades eram alvos fácil por causa da pouca proteção e preparo dos soldados que os guardavam, seja lá o que estejam procurando está nestes lugares mais simples do reino e esse era o nosso dever se investigar e ajudar o que precisavam de segurança.

Meu Imperador, estamos chegando a cidade de Midler, onde podemos passar a noite. Um da guarda real me falou e eu disse que sim, então nos dirigimos a uma casa mais próxima e ficamos lá, não dissemos que éramos nem o que vínhamos fazer nestas terras, apenas que estávamos de passagem e nada mais que isso.

Meu Rei, já terminamos de providenciar o jantar. Falou um soldado de minha confiança.

Fique a vontade, Davi. Estou indo a floresta para ver algumas coisas, não me atrapalhem. Eu disse rígido, aprendi que quando se lida com a guarda real é assim que temos que falar, pois pela vontade deles eu seria escoltado até quando eu vou ao banheiro. Por isso eu aprendi a deixar claro que não quero segurança em alguns momentos, pelo menos para me ver livre.

Vou entrando na floresta que é bem fria a noite, ando e ando pensando em mil e uma coisas, em breve eu me casaria, teria filhotes, uma família e minha vida mudaria... mas eu não consigo sentir nada por aquela menina, sem um simples amor de amizade fraterna, nada. Isso me deixa culpado, por que eu estava preso a necessidade de firmar uma aliança com a família dela e viver para sempre com uma pessoa que não gosto.

Se você estivesse viva poderíamos ser uma família de verdade... tudo seria diferente. Eu falei me sentando em uma das pedras do rio que cortava a floresta verdejante. Fixo meu olhar na água e me deito olhando as estrelas dos céus, me lembro dos meus pais e como eles poderiam me ajudar neste momento.

Qual seria o seu roto? Eu falei divagando em meus pensamentos, sinto um cheiro doce, mas não enjoativo chegar aos meu nariz, bem de leve e quase imperceptível com o ar da floresta.

Preciso tomar cuidado. Pensei comigo mesmo enquanto eu olhava as estrelas em um lugar esquisito, pois era de noite e tudo estava muito escuro, havia apenas a luz da noite iluminando a estrada de terra batida a minha frente e um lampião que eu carregava junto, nem sei por que, pois eu via no escuro muito bem, acho que me acostumei de mais com os betas.

Por que eu tenho que ser tão sozinho? Sabe, eu tenho o que eu quero, mas, existe uma falta tão grande dentro de mim, eu sei de tanta coisa, tenho tantas posses, exércitos e dinheiro, porém é como se tudo isso fosse apenas um acessório cujo principal não existe. Desabafei com os céus.

Me sinto solitário e sem motivos para viver, minha maior distração é angariar poder, mas de resto não há nada que supra minha vontade de ter o que eu quero. Na verdade, não é o que, mas quem... Cheguei ao resultado final.

Me levanto e então retiro todas as roupas e mergulho no seu interior do rio, sinto a água limpar o meu suor e retirar todas as impurezas, uma pena que junto delas não se possa ir a minha dor. Nado até o fundo do imenso gigante de água fria, eu tinha um velho comportamento, sempre que eu entrava em rios ou lagos eu sempre tinha de ir ao fundo tocar a terra e retornar o mais rápido possível e essa não seria a última vez.

Quando se passa tempo o suficiente e sinto meus pulmões arderem então eu sinto vontade de retornar a superfície e assim o faço. Noto que algo está diferente de antes, eu estou do outro lado da orla do rio, apesar de a poucos instantes atrás eu pensar que estivesse no mesmo lugar de onde parti.

Sem medo então eu resolvi relaxar, foram dias bem corridos e desgastantes, fiquei por ali há alguns momentos quando vejo surgir de dentre as árvores um rapaz e puta que pariu, como ele era perfeito. Mergulho mais uma vez e saio em frente a algumas pedras que ficam na orla do rio.

De lá pude ter uma visão privilegiada do rapaz, ele era baixinho, cabelos bem pretos mesmo, pele branca como a neve e seus olhos eram negros que nem uma jabuticaba. Ele usava roupas desgastadas pelo tempo e que revelavam que ele era um plebeu, seu corpo era normal como de um rapaz de quinze anos talvez.

Me escondo por entre as pedras de modo a conseguir vê-lo por trás. O jovem anda e parece observar com atenção o ambiente. Ele ficou olhando e olhando, mas pareceu desistir e então vai desabotoando a sua camisa.

Quando termina da para ver suas costas desnudas, sua pele é leitosa, sua cintura bem fina e suas costas um tanto largas o dando um ar de masculinidade... olhei por alguns minutos até que ele então para. Ele se direciona ao rio e começa a se lavar como eu estava fazendo há alguns instantes. Ele era delicado e bem calmo, se lavava gentilmente e parecia tão dócil e inofensivo. Não sei o que houve mas eu fiquei fascinado pelos seus olhos, sua boca carnuda e seu corpo gostoso.

O rapaz fica por um tempo imerso na água olhando as estrelas dos céus e eu continuo olhando aquela perfeição, tentei gravar cada detalhe de seu corpo delicado de puro. Sinto de imediato um cheiro sexual sair dele, ele deveria ser um ômega e estava respondendo aos meus feromonios de maneira extremamente agressiva e necessitada.

Porém eu não poderia o ajudar e vejo que ele parece não estar sabendo lidar com a situação aparente por que então ele sai da água praticamente correndo, quando chega a areia do rio ele coloca a mão dentro da calça e quando a retira ele está úmida.

O garoto parece estar muito nervoso com tudo por que agora vai perto de uma árvore e se senta, ele parece ofegante e vermelho. Eu sei o que está acontecendo, eu acabei ativando o cio do rapaz e o deixei em uma situação embaraçosa, não posso mentir que tive vontade de ir tê-lo para mim, mas a julgar pela sua gentileza ele não merece alguém como eu, ele é bom e eu sou mal, a distancia é a melhor coisa entre nós.

Rapidamente ele cata as roupas dele e vai embora do rio, estava assustado pelo que ocorreu, eu o sigo pela floresta esperando que ele chegue em segurança na sua casa, quando o tempo passa eu vejo ele chegar em uma cabana simples de madeira, abriu a porta dos fundos e a trancou. Vejo que um tempo depois as luzes da cabana apagam e o silêncio se instala... o coração dele desacelera e dorme como um belo ômega.

Quem é você? Eu me pergunto intrigado por ele ter me fascinado, seus olhos e seu cheiro me fizeram sentir coisas que nunca senti por ninguém na vida e isso era novo, fico algumas horas vigiando a sua casa, quando o sol ameaça nascer eu volto para meus companheiros.

Continua...

MEU ALFA É UM VIKING (ROMANCE GAY)Where stories live. Discover now