𝐂𝐚𝐩 𝟐𝟑

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Era sobre o Jungkook - eu solto sem arrodeio, encarando Jimin nos olhos. Eu observo sua expressão surpresa se transformar em raiva. Ele franze a testa e aperta os lábios, como se quisesse xingar.

Jungkook? O que raios você quer saber desse homem? Ele já não te machucou o suficiente? - ele diz irritado e passa a mão pelos cabelos, nervoso.

Jimin, você sabe que uma hora ou outra o Min-ho vai descobrir quem é o pai dele - eu falo, tentando manter a calma. - E você sabe que ele tem uma vaga lembrança do "homem" que deu aquele patinho pra ele.

Eu disse pra jogar esse brinquedo fora - ele diz e bufa.

Mas ele se apegou no brinquedo o quanto ele se apegou no ursinho que você deu - eu rebato.

Eu me levanto do sofá e vou até Jimin, segurando suas mãos. Ele me olha com uma mistura de amor e ódio, como se quisesse me abraçar e me empurrar ao mesmo tempo.

Jimin, eu sei que você ama o Min-ho como se fosse seu filho. E ele te ama como se você fosse seu pai. Você é o melhor pai que ele poderia ter. Mas você não pode negar a verdade. O Jungkook é o pai biológico dele. E ele tem o direito de saber - falo sem me arrepender

Por quê? Por que ele tem que saber? O que isso vai mudar? Você acha que o Jungkook vai voltar e pedir desculpas? Você acha que ele vai querer fazer parte da vida do Min-ho depois de tanto tempo? - ele diz, soltando as minhas mãos e se afastando de mim. Ele me olha com dor nos olhos - você ainda o ama?

Eu sinto um nó na garganta, sem saber o que responder. Eu amo o Jimin, com todo o meu coração e ele sabe disso, por mais que eu tenha me apaixonado por jungkook eu nunca que amei ele o quanto amo jimin agora. mas ele me deu uma parte de si, que eu nunca vou esquecer.

Jimin. Eu não sinto amor pelo Jungkook - suspiro - e me dói você duvidar disso - olho pra ele - Mas eu sei que sinto amor por você. E eu não quero te perder. Por favor, me entenda. Eu só queria fazer o que era certo pelo Min-ho.

Ele me olha.

Mas acho que não ser possível - eu falo, baixando a voz. Ele me olha para falar alguma coisa, mas eu o interrompo. - Deixa eu te explicar tudo - falo, implorando com os olhos para que ele me escute.

Eu me ajeito no sofá e ele se aproxima de mim. Eu suspiro e começo a contar tudo pra ele, desde o primeiro dia que o detetive veio aqui até o dia de hoje. Eu conto sobre a investigação, sobre o acidente, sobre o hospital, sobre o encontro. Eu não omito nada, nem mesmo os meus sentimentos.

Passamos por volta de meia hora conversando sobre esse assunto, Jimin ficou chocado quando eu disse que jungkook perdeu a memória em uma tentativa de suicídio, e assim como eu, ele também se sentiu culpado. Ele me abraçou e me consolou, dizendo que não era culpa minha, que eu não podia prever o que ia acontecer.

E por fim, resolvemos não contar a verdade para Min-ho e mudar de cidade. Eu sei, parece egoísmo, mas seria uma confusão, tanto para Min-ho como para Jungkook, que não sabe da existência do filho e nem a minha. Talvez um dia ele consiga recuperar a memória e venha atrás. Mas até lá, nós vamos viver a nossa vida, longe de tudo isso.

Eu olho para jimin e vejo o amor nos seus olhos. Ele me beija e me diz que me ama, que vai me apoiar em qualquer decisão. Ele diz que o Min-ho é o nosso filho, que ele não precisa de mais ninguém. Ele diz que nós somos felizes, que nós temos tudo o que precisamos.

Eu sorrio e agradeço a ele, por ser tão compreensivo, tão carinhoso, tão maravilhoso. Eu digo que ele é o meu anjo, que ele me salvou, que ele me deu uma nova chance.

Nós nos abraçamos e nos beijamos, esquecendo por um momento de todo o drama que nos cercava.

Agora deixa eu ir lá ver as crianças - eu digo a Jimin, levantando-me do sofá com um suspiro suave.

Enquanto você vai lá, eu coloco a comida na mesa - ele responde, e eu lhe dou um piscar cúmplice, um pequeno gesto que sempre compartilhamos em momentos mais leves.

Me afasto de Jimin e caminho até o quarto das crianças, onde a porta entreaberta convida um vislumbre de inocência. Entro e vejo Jin-ah, a pequena luz da casa, brincando no chão com uma boneca, sua imaginação a envolvendo em um mundo próprio. Min-ho está deitado na cama, absorto em desenhos animados em seu tablet, uma bolha de calma em seu rosto concentrado.

Crianças, vamos descer para almoçar - anúncio, e eles me olham com sorrisos que iluminam o quarto, refletindo a simplicidade da felicidade infantil. 

Jin-ah se levanta do chão e vem até mim, seus bracinhos se estendendo em um abraço que aquece a alma. Eu a levanto nos braços, sentindo o amor incondicional que só uma criança pode dar.

Min-ho desliza da cama e solta um sorriso, aquele tipo que sabe que é amado e seguro. Sem dizer mais nada, ele sai para a sala de estar, seus passos pequenos e decididos. Eu o sigo, com Jin-ah nos meus braços e o som dos risos das crianças preenchendo a casa, dispersando qualquer sombra que tenha se formado antes.

Descemos juntos, as risadas preenchendo o ar enquanto nos acomodávamos à mesa, os quatro unidos, irradiando a alegria de uma família que sempre fomos.

Jimin, com um sorriso gentil, servia as crianças com uma paciência angelical, enquanto eu me servia, saboreando a cena. Começamos a comer, nossas conversas entrelaçadas como melodias paralelas, cada uma com seu próprio ritmo e harmonia.

Jimin terminou de comer primeiro, sempre o mais rápido, e se voltou para Jin-na com carinho. Com gestos suaves, ele alimentava nossa pequena, que abria a boca em antecipação, seus olhos brilhando de amor.

Amanhã vamos ao parquinho que será inaugurado à tarde - Jimin anunciou, sua voz cheia de entusiasmo, capturando a atenção das crianças e até mesmo a minha, que desconhecia o plano.

Pai, eu ia mesmo pedir para a gente ir - Min-ho exclamou, sua boca ainda cheia, as palavras abafadas pela comida, mas seu entusiasmo era claro como o dia.

PARQUINHO! - Jin-na gritou, sua vozinha elevando-se acima de nossas conversas, a simples palavra desencadeando uma onda de risadas e sorrisos que se espalhava pela mesa.

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Eu espero que tenham gostado até aqui.

Curtam e comentem, isso vai ajudar a fanfic a chegar em outras pessoas.

Enfim, obrigada por ler, até logo!

Entre o amor e o ódioOnde as histórias ganham vida. Descobre agora