𝐂𝐚𝐩 𝟐𝟏

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04/02/2024

Aproximadamente 6 anos depois

Min-ho tinha agora 8 anos e se tornou uma criança meia reservada enquanto crescia bem. Ele estava sempre sozinho e adorava brincar com seus brinquedos favoritos.

A filha que s/n e Jimin tiveram agora tinha 4 anos e seu nome era Jin-ah. Era uma garotinha fofa, pois herdou os lindos olhos de Jimin e seu cabelo era parecido com o da s/n. Ela era uma criança muito curiosa e adorava explorar o mundo ao seu redor. Quando ela via seu irmão brincando com seus brinquedos, ela corria para se juntar a ele.

s/n e Jimin estavam felizes por terem uma filha e um filho, o casal que eles sempre sonharam em ter. O ambiente era aconchegante e acolhedor, com muitas fotos da família nas paredes e brinquedos espalhados pelo chão.

À medida que Min-ho crescia, ele se tornava cada vez mais parecido com Jungkook. Era surpreendente, pois todas as suas características faciais e seu cabelo estavam começando a se parecer com a aparência de Jungkook. Ele tinha os mesmos olhos de jabuticaba, o mesmo nariz, os mesmos dentes de coelhinho e o mesmo cabelo preto e liso.

S/n ficou feliz em ver que Min-ho, estava crescendo e se tornando uma criança gentil e amorosa e diferente do pai em mentalidade. Ele aprendeu a ser responsável com sua irmã Jin-ah.

Os quatro formavam uma família feliz e unida.

...

MIN-HO, VOCÊ JÁ ARRUMOU SUA MOCHILA? ESTAMOS PRESTES A SAIR! - Grito da sala de estar enquanto eu arrumava a mochila da Jin-ah.

Não recebo nenhuma resposta. Será que ele está dormindo de novo? Suspiro e termino de fechar o zíper da mochila rosa.

Depois de alguns minutos, escuto passos no corredor. Olho para trás e vejo Min-ho descendo as escadas, segurando a mão da Jin-ah cuidadosamente. Ele está com uma expressão séria no rosto, como se estivesse preocupado com alguma coisa. Jin-ah, por outro lado, está sorrindo e pulando de alegria.

Já estou pronto, mãe - ele fala e vem em minha direção, pegando a mochila da Jin-ah e colocando nas costas dela. - Vamos?

Sim, vamos - eu digo, pegando minha bolsa e as chaves do carro. - Mas antes, me dá um abraço, meu filho.

Eu o abraço e beijo sua testa. Sinto seu corpo tenso relaxar um pouco. Ele é tão responsável e protetor com a irmã. Às vezes, eu acho que ele se esquece de ser criança.

Eu te amo, Min-ho - eu sussurro em seu ouvido.

Eu também te amo, mamãe - ele responde, me soltando e pegando a mão da Jin-ah novamente.

Saímos de casa e entramos no carro. O sol está brilhando e o céu está azul. É um belo dia para começar uma nova aventura.

Começo a dirigir e ficamos em silêncio. Só se pode ouvir agora o som do desenho que se passa no iPad que está com a Jin-ah no banco do passageiro. Paramos no semáforo.

Mãe? O papai vai nos encontrar lá? - Min-ho pergunta sem olhar pra mim. Sua atenção estava na rua que ele via pela janela.

Vai sim, filho. Só que ele vai chegar mais tarde. - Falo olhando para ele pelo espelho do carro, pois ele estava no banco de trás com sua irmã.

Ele dá uma bufada e coloca o braço na janela, apoiando seu queixo na mão. Ele parece entediado e triste.

Algo de errado, Min-ho? - Pergunto e o sinal abre e eu volto a dirigir. - Pode falar, eu estou dirigindo, mas estou prestando atenção.

Acho que a vovó Haewon não gosta muito de mim... Ela só fica legal quando o papai está por perto. - Ele termina de falar e eu fico sem reação. Eu queria olhar pra ele, mas eu precisava manter o foco na estrada. Sinto um aperto no peito e tento pensar em algo para consolá-lo.

Por que você acha isso, filho? A vovó Haewon te ama muito. Ela só é um pouco diferente de nós, mas isso não significa que ela não se importe com você. - Digo, tentando soar convincente.

Eu sei, mãe. Mas ela sempre me trata diferente da Jin-ah. Ela nunca me deixa fazer nada sozinho. Ela sempre me diz o que fazer, como falar... Ela é tão chata! - Ele reclama, fazendo uma careta.

Ela só quer o seu bem, Min-ho. Ela cresceu em uma época diferente da nossa, e ela tem os costumes dela. Mas ela te respeita e te admira. Ela só quer que você seja feliz e educado. - Insisto, tentando acalmá-lo.

Tudo bem, então mãe - ele diz com um suspiro e volta a olhar para a janela.

Mas isso me incomodou um pouco. Será que a dona Haewon trata o Min-ho diferente por que ele não é seu neto verdadeiramente? Não... eu espero que eu esteja errada, porque senão, eu nunca mais piso naquela casa. Vou começar a prestar atenção nisso!

Horas depois

Já faz um bom tempo que chegamos aqui, na casa da senhora Haewon. No momento, eu estou na varanda com ela, observando Min-ho e Jin-ah brincando no gramado.

A cada três minutos, o Min-ho vem atrás de mim e me pergunta se Jimin já está perto de chegar. Ele está ansioso para ver o pai, que foi trabalhar. Eu sorrio e digo para ele "ele está vindo, filho", "Não demora muito". Ele acena com a cabeça e volta a correr com a Jin-ah.

Não notei nada de diferente no diálogo entre Min-ho e sua avó.

Meus pensamentos são interrompidos pelos gritos das crianças, que correm até Jimin, que acabou de sair do carro. Ele está com um sorriso no rosto e uma pasta na mão. Eles correm até ele, e Jimin se agacha e os abraça com força. Eu sorrio, vendo a cena. Jimin pega os dois no colo e traz até nós.

Ele os coloca no chão e se aproxima de sua mãe. Ele a cumprimenta com um abraço e um beijo na bochecha. Ela sorri e pergunta como foi o trabalho. Ele diz que foi bem, mas que está cansado.

Olá, amor - ele se aproxima de mim para me dar um selinho, mas é puxado pelo Min-ho.

Papai, vamos jogar bola, vamos! - ele grita, puxando-o pela mão.

Jimin me lança uma careta de "desculpa aí, mas eu prefiro meu filho" e logo depois me dá uma piscadela, me fazendo rir. E vai jogar bola com as crianças.

Eu fico na varanda, observando-os. Eu sinto uma felicidade no peito.

Mas de repente vem de novo aquela lembrança, a lembrança da última vez que eu vi Jungkook. Eu não sei por que ultimamente eu estou tendo esses déjà vu.

Eu então olho para Min-ho que estava longe brincando e rindo. Ele tem os mesmos olhos puxados, o mesmo sorriso largo, o mesmo cabelo preto. Sem dúvidas, por mais que eu queira esquecer dele, é impossível. Min-ho é a cópia dele.

Eu me pergunto, onde ele está agora? Já faz seis anos, e ele nunca nem deu sinal de vida desde aquela noite. Ele realmente não se importa. Será que ele ainda pensa em mim? Será que ele ainda lembra do filho?

Mas meus pensamentos estão me deixando louca. Eu não o acho, nem mesmo uma rede social dele. Eu já procurei em todos os lugares, mas nada. Ele simplesmente sumiu do mapa.

Me pergunto como ele está hoje, após seis anos. Ele já construiu uma família? Ele já tem alguém que o ama? Ele já é feliz?

Meus pensamentos são interrompidos pelo Jimin.

Amor, vamos pra casa? - ele diz, trazendo as duas crianças nos braços. Ele me olha com carinho e me dá um beijo na testa. - Estou morto, mãezinha. - Ele diz para sua mãe, que estava sentada do meu lado. E todos nós rimos.

Eu sorrio, tentando esconder a dor que sinto no peito.

Por que eu ainda lembro dele?

.・。.・゜✭・.・✫・゜・。.

Eu espero que tenham gostado até aqui.

Curtam e comentem, isso vai ajudar a fanfic a chegar em outras pessoas.

Enfim, obrigada por ler, até logo!

Entre o amor e o ódioWhere stories live. Discover now