EXPLOSÃO DE SENSAÇÕES

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Boa tarde, meus dengos. Tudo bem? Esperamos que sim. Começando a nos encaminhar para a reta final da nossa estória, esperamos que estejam gostando. 





Após as duplas que estavam jogando anteriormente terminarem a partida nós quatro fomos para a volta da mesa. Eu organizei as bolinhas, escolhemos os tacos, eu disse que eles poderiam começar.

Tetê, que naturalmente era quem tinha mais força na mesa, jogou primeiro para espalhar o triângulo. As bolinhas rolaram pela mesa e meus olhos acompanharam. Identifiquei três possibilidades. Não estavam muito próximas da caçapa, mas era o suficiente.

- Deixa que eu jogo, amor - falei e ela assentiu.

Me posicionei, mirei na bolinha de número 06, bati com força e ela foi parar no fundo da caçapa, me ergui e vi Valentina rindo, dei uma piscadinha para ela e olhei novamente a mesa, bolinha de número 03, mirei e bati, ela encontrou a lateral da mesa e foi na diagonal exatamente como planejado, novamente ao fundo da caçapa. O pessoal a volta da mesa aplaudia e dizia: "uuh" em comemoração.

Olhei mais uma bolinha menor, aquela eu não acertaria, mas deixaria próxima. Joguei e deixei a bolinha posicionada perto da caçapa.

-Mas isso é uma médica ou uma botequeira? - Letícia perguntou rindo de nervosa.

-Uma médica carioca. Esqueceu? Além disso, conhecedora da mente humana, eu diria que você está disfarçando a insegurança com humor.

-Eu? Insegura? Tá bom - ela respondeu e retomou a pose.

Se posicionou na mesa e jogou, acertou. Deu uma risadinha vitoriosa e eu fiquei observando. Ela jogou novamente, mas errou.

-Vai, dengo. Naquela ali ó - mostrei para ela.

-Vou errar ein - Valentina alertou.

-Tá fácil, vai lá - encorajei.

Ela mirou, jogou e errou tirando a bolinha da caçapa.

-Merda! - esbravejou.

-Ih, Valentina. Já foi melhor de mira ein, quando estava comigo pelo menos era mais precisa - Valentina avermelhou de raiva.

Parei na sua frente e segurei o seu rosto nas mãos fazendo um carinho.

-Hey, não dá bola, não deixa ela te desestabilizar - falei e dei um selinho. Ela riu baixinho e balançou a cabeça.

-Que foi?

-Competitiva assim? Parece que estamos jogando a final da copa do mundo.

-Isso é muito mais importante que a copa do mundo - falei e me afastei.

Tetê jogou e errou. Era a minha vez, o jogo não estava me favorecendo. Ajeitei a bolinha e a posicionei perfeitamente na caçapa.

Letícia jogou e errou. Valentina me olhou apreensiva.

-Ali ó, deixa eu te ajudar - falei.

Me escorei na mesa e Valentina parou na minha frente e se inclinou sobre a mesa empinando a bunda que encostou em mim. Eu olhei por reflexo e suspirei, vamos ter calma, Luiza. Minha mente maléfica estava adorando aquilo.

Fiquei na ponta dos pés e escorei na mesa por cima dela e a outra mão no seu quadril, coloquei o meu rosto do lado do seu e falei no seu ouvido.

-Olha ali, é só um toquinho suave bem no centro, ela está na reta, sabe? E está bem na beirinha, se tocar ela cai - falei e ela arrepiou.

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