MAKE YOU FEEL MY LOVE

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Bom dia, meus dengos, tudo bem com vocês? Bora feriadar com mais um capítulo cheio de dengo e coisinhas a mais. Leiam com calma, esperamos que gostem.




Valentina e eu estávamos conversando a um tempo sobre a vida, sobre fofocas da vila, ela me contou que Marcos não ficou nada feliz com a sua decisão de vir para o Rio, mas graças a Catarina não se tornou uma grande discussão. Ele apenas a fez prometer que voltaria para casa. O sol já estava mais suave, ouvíamos uma música aleatória na caixinha, resolvi entrar na piscina de novo.

- Vamos comigo? - convidei.

- Não sei, já está ficando frio.

- Eu te esquento. Eu sei que não é o mar de Moreré ou as piscinas naturais, mas é o que temos hoje.

- Tá bem, vamos - ela cedeu.

Eu já tinha tirado as roupas e pulei na água, coloquei a cabeça para fora e a percebi tirando as roupas dela. Linda, como sempre. Ela sorriu ao perceber meu olhar e continuou o processo de se livrar das peças.

Ela entrou na piscina, nadou até perto de onde eu estava e fez uma careta.

-Está muito fria - reclamou e eu ri.

-Vem aqui - chamei.

Ela se aproximou de mim e me abraçou pela cintura enquanto eu passei os braços pelo seus ombros.

- Eu já disse que seus olhos são a coisa mais linda que eu vi na vida? - perguntei a olhando de perto.

- Eu já disse que te ouvir falando isso é a coisa mais linda que eu já vi na vida? - respondeu no mesmo tom.

- Eu estou muito apaixonada por você. Eu sinto medo desse sentimento - confessei.

- Porque medo?

- Porque nós nunca falamos sobre isso. Você teve uma experiência relativamente recente, terminou pela distância.

- O que a gente tem, não tem nada a ver com o que eu tive com a Letícia.

- Mas você disse que a amou.

- Acho que eu não sabia o que era amor.

- Agora sabe?

- Eu li uma vez uma citação de Platão que dizia que todo coração canta uma música incompleta, até que outro coração sussurra de volta. Quando a gente se conheceu eu te senti sussurrar para mim a música que eu até então cantava pela metade de um jeito tão natural, era bonito, era honesto, era puro. Quando eu percebi estávamos cantando juntas. Tinha um milhão de questões, mas estar com você era como conversar com alguém que falasse a mesma língua que eu, eu não preciso traduzir, você simplesmente sabe e eu nunca tive isso com ninguém além de você.

- Eu te amo, eu te amo muito, obrigada por me deixar cantar com você - falei como se fosse a maior certeza que eu já tive na vida, ela abriu um sorriso enorme e me beijou profundamente.

- Te amo, dengo, te amo - sussurrou passando o nariz no meu com um tom de emoção.

Eu a beijei novamente com todos aqueles sentimentos, aquelas palavras, cravando o meu interior. Eu nunca soube o que era um beijo que refletisse amor, aquele beijo era uma mistura da paixão, do carinho, do desejo, tudo misturado, era a entrega do que eu tinha de melhor. Eu queria dar a ela tudo que eu tinha de bom e o que fosse ruim, queria que não existisse para que nada no mundo fosse capaz de machucá-la.

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