ENTREGA

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Boa tarde, meus anjos de luz, como estamos? Capítulo novinho no grau pra gente ler, curtir, se divertir e boiolar junto com VaLu. 


Valentina voltou uns trinta minutos depois e sentou conosco, portando uma caipirinha na mão.

Terminei de beber com ela e disse que pararia de beber para não ficar bêbada mais tarde. Ela informou que haveria um violão no camping que ficava perto dali. Assim que anoiteceu todos fomos nos arrumar para ir ao local. Trocamos alguns beijos na volta, mas logo nos despedimos para não atrasar o pessoal.

Valentina nos guiou até o camping, era realmente perto. Quando chegamos já haviam algumas pessoas sentadas em troncos de árvores no chão em volta de uma fogueira.

Sentamos lado a lado, dividindo uma long neck de cerveja. Duda estava entretida com o rapaz que havia ficado na noite anterior enquanto eu e Valentina ficamos curtindo o clima e cantando de mãos dadas encostadas uma na outra para evitar o frio.

-Eu também senti a sua falta hoje - ela sussurrou.

-É? Te procurei o dia inteiro - respondi no mesmo tom.

-Minha mãe pediu para eu resolver umas coisas da pousada e não consegui te achar para avisar.

-Provavelmente estava no quarto. Inclusive, falando sobre a sua mãe, acho que dei bandeira hoje.

Ela começou a rir tentando se conter.

-Sim, você deu, mas não tem problema, eu também estava ansiosa para chegar e te ver.

-Ela sacou?

-Sacou tudo.

-O que ela disse?

-Aí já é assunto de mãe e filha. Ela já sabia.

-Sabia?- me surpreendi com a informação.

-Sim, eu contei para ela.

-O que você disse? - ela me olhou com cara de: já sabe - Tá, conversa de mãe e filha.

- Eu queria muito te beijar agora, sabe? Mas acho que aqui no meio do pessoal fica ruim.

- Então eu vou precisar contratar os seus serviços de guia e te pedir para me mostrar o camping - me aproximei do seu ouvido - Principalmente os lugares mais reservados - Valentina deu um sorriso extremamente safado, eu amei aquilo.

Ela levantou e me estendeu a mão ainda me olhando do mesmo jeito. Peguei a sua mão e ela saiu me puxando para longe das pessoas. O camping era cheio de árvores e não era longe da praia. Conforme íamos nos afastando a música ficava mais baixa e o som do mar começava a se fazer presente.

Bem ao fundo se misturando com o som do mar eu ouvia o grupo cantando "Tropicana de Alceu Valença".


"Da manga rosa quero gosto e o sumo

Melão maduro, sapoti, juá

Jaboticaba, teu olhar noturno

Beijo travoso de umbu-cajá"


A alcancei e abracei por trás, afundei o rosto na curva do seu pescoço e inalei o seu perfume lentamente. Ela colocou as mãos sobre as minhas e continuou caminhando no breu do camping entre as barracas vazias.

- Aqui é a parte que ninguém te vê no escuro, atrás dessa árvore é um lugar muito especial - dizia ainda em tom baixo.

Comecei a distribuir beijos leves na sua pele quente e ela suspirava em cada um deles.

Mundo de IlusõesWhere stories live. Discover now